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Um relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês), agência ligada à ONU, afirmou que, nos próximos dez anos, o número de idosos no planeta vai aumentar em quase 200 milhões, superando a marca de um bilhão de pessoas. Em 2050, os idosos chegarão a dois bilhões de pessoas, o que representaria 20% da população mundial.

De acordo com o documento, a tendência é que os idosos se tornem cada vez mais numerosos em relação às pessoas mais jovens. Em 2000, o número de idosos no planeta superou pela primeira vez o número de crianças com menos de cinco anos. A entidade prevê que, em 2050, a população idosa mundial supere também a de jovens com menos de 15 anos.

Segundo o UNFPA, o envelhecimento da população será mais perceptível em países emergentes, que abrigarão cerca de 80% dos idosos, contra os 66% atuais.

O aumento da expectativa de vida é um sinal positivo, porém a agência da ONU faz um alerta para alguns riscos econômicos. "Se não forem tomados os devidos cuidados, as consequências destes temas provavelmente surpreenderão países despreparados", afirma o documento.

BRASIL - No Brasil, a previsão é que o número de idosos triplique até 2050 – passando de 21 milhões para 64 milhões. Por essas previsões, a proporção de pessoas mais velhas no total da população brasileira passaria de 10%, em 2012, para 29%, em 2050.

DISCRIMINAÇÃO - Segundo a ONU, um dos problemas enfrentados pelos idosos é a discriminação. De acordo com o relatório, apesar de 47% dos homens idosos e 24% das mulheres idosas estarem no mercado de trabalho, as pessoas mais velhas continuam sendo vítimas de "discriminação, abusos e violência" em diversas sociedades. O documento traz depoimentos de 1,3 mil idosos em 36 países do mundo, inclusive do Brasil.

MITO - De acordo com o relatório, existem mitos comuns sobre idosos que nem sempre são amparados pelos números. Um deles, por exemplo, é o de que os mais jovens sustentam economicamente os mais velhos através do sistema de previdência. Segundo o relatório, em muitos países, inclusive no Brasil, o caso contrário ainda é bastante comum. "Em termos econômicos, ao contrário da crença popular, um número grande de pessoas mais velhas contribui com suas famílias, ao amparar financeiramente gerações mais jovens, e com as economias nacional e local, ao pagar impostos", diz o relatório.

 

Fonte: Ministério da Saúde

Um balanço feito pelo Ministério da Saúde e divulgado ontem, quando foi comemorado o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, mostra que a realização de transplantes no Brasil aumentou em 12,7%. Segundo o balanço, no primeiro semestre deste ano foram feitos 12.287 transplantes, contra 10.905 realizados no mesmo período do ano passado.

O transplante de pulmão foi o que mais cresceu, tendo um aumento de 100%. O segundo maior avanço percentual foi o de transplante de coração, com 29% a mais quando comparado ao ano passado. Também cresceram os transplantes de medula óssea (17%), rim (14%), córnea (13%) e fígado (13%). "Esse crescimento reforça o aumento do desejo de doação e confiança da população no Sistema Nacional de Transplantes. Essa combinação é fundamental para que a gente mantenha um crescimento sustentável da doação e reduza as filas de espera por órgãos", destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Os estados que mais se destacaram em aumento percentual foram o Acre (1.033%), Amazonas (217%), Pará (104%) e Pernambuco (74%), além do Distrito Federal (76%). Em números absolutos, São Paulo se destaca com 4.754 transplantes realizados, sendo a maior parte de córnea (2.935). O segundo estado com a maior quantidade de transplantes realizada é Minas Gerais – 1.097. Seguido por Paraná (937), Rio Grande do Sul (777) e Pernambuco (767).

De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, a cirurgia de córnea atingiu 7.777 cirurgias nos primeiros seis meses de 2012, contra 6.891 no mesmo período de 2011, representando aumento de 13%. Nesse período, alguns estados já eliminaram a lista de espera para esse tipo de transplante. São eles: Acre, Paraná, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e São Paulo.

Na sequência, as cirurgias com rim totalizaram 2.689 nos primeiros seis meses de 2012, 14% a mais que no mesmo período de 2011. O terceiro maior volume foram os transplantes de medula óssea – 862 no primeiro semestre de 2012. Os transplantes de fígado chegaram a 801, representando aumento de 13%.


CAPACITAÇÃO - Durante a solenidade, o ministro assinou uma portaria que institui a atividade de tutoria em doação de órgãos e transplantes no País. O objetivo do Ministério da Saúde é investir na capacitação e fortalecimento da rede brasileira de transplantes.

Um dos critérios para a habilitação de centros de excelência é fazer parte da rede pública ou ser entidade sem fins lucrativos que atenda de forma complementar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Outros critérios são: ter experiência de dois anos ou mais na área; realizar, no mínimo, três tipos de transplantes, sendo dois de órgãos sólidos e/ou um de tecido ou, ainda, transplante de medula óssea alogênico não aparentado; desenvolver estudos e pesquisas na área, entre outros.


AÇÕES - Neste ano, com o objetivo de aumentar o número de doadores, foram realizadas diversas ações. Uma delas foi a parceria com o Facebook, que permite que o usuário da rede social se declare doador de órgãos. Após um mês da parceria, mais de 80 mil pessoas já tinham se declarado doadoras. Para expressar a sua opinião no Facebook, basta ir à Linha do Tempo e clicar em "Evento Cotidiano". Depois é preciso selecionar a opção saúde e bem-estar e clicar em doador de órgãos.

O Ministério da Saúde definiu, em julho deste ano, que os hospitais habilitados para a realização da cirurgia de transplante de rim podem usar o medicamento imunoglobulina em pacientes que apresentarem rejeição. A iniciativa possibilita uma rápida recuperação, além da melhoria na qualidade de vida do paciente.

Também foram criados novos incentivos financeiros para hospitais que realizam cirurgias na rede pública. Com as novas regras, os hospitais que fazem quatro ou mais tipos de transplantes podem receber um incentivo de até 60%. Para os hospitais que fazem três tipos de transplantes, o recurso será de 50% a mais do que é pago atualmente. Nos casos das unidades que fazem dois ou apenas um tipo de transplante, será pago 40% e 30% acima do valor, respectivamente. O impacto para 2012 é de R$ 217 milhões.


REDOME - O REDOME é hoje o 3º maior registro mundial de doadores voluntários de medula óssea. Atualmente, são mais de 2,9 milhões de doadores cadastrados – em 2000 eram 12 mil voluntários inscritos. O salto se deve em grande parte a campanhas publicitárias e ações de sensibilização do Ministério, estados e municípios.


CAMPANHA - O Ministério da Saúde lançou uma campanha publicitária para estimular a doação voluntária de órgãos no País. Com o slogan "Seja um doador de órgãos. Seja um doador de vidas." e protagonizada pelo ator José de Abreu, essa ação conta também com a participação de uma transplantada de coração, Nívea Maria Castro Alves, de 12 anos. Serão distribuídos 200 mil cartazes, 500 mil fôlderes, anúncios em jornal e revista, outdoors, peças para internet e redes sociais (Facebook, Orkut, You Tube), entre outros. A campanha ficará no ar durante 15 dias.

 

Fonte: Ministério da Saúde

Começou nesta quinta-feira (27) uma audiência pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que irá debater restrições à compra de medicamentos de tarja vermelha. A proposta do órgão é criar meios de fiscalização e educação que alertem sobre os riscos da automedicação, estimulando o consumo racional de medicamentos.

Atualmente, os remédios de tarja vermelha correspondem a aproximadamente 65% do mercado de medicamentos. Para adquiri-los, segundo a legislação sanitária vigente, o consumidor precisa apresentar a receita apenas no ato da compra, sendo que as farmácias não são obrigadas a reter as receitas.

Segundo o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, a falta de controle na veda desse tipo de medicação representa uma falha no sistema, considerada danosa ao consumidor. "A regularização tem sido muito eficiente na produção, distribuição e pesquisa na área de medicamentos. Tudo isso tem regras rigorosíssimas, mas quando chega na etapa de fechamento, quando o medicamento vai para o paciente, o sistema foge de todos os padrões. O mesmo cuidado tomado na produção tem que ser tomado na chegada do medicamento ao paciente", ressaltou.

Chefe do Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária, Maria Eugênia Cury afirma que existem estudos indicando que 44% dos remédios adquiridos para automedicação são de tarja vermelha. No entanto, para Barbano, a retenção da receita não é o melhor caminho para o controle. "Seria necessário criar um prédio ao lado das farmácias para guardar as receitas retidas", afirmou em tom de brincadeira.

Entre as sugestões apresentadas pelos representantes da indústria farmacêutica, a que mais ganhou força foi a formação de uma espécie de "grupo de trabalho", responsável por propor ideias que tragam avanço e que vão além de mostrar ou não a receita, como a criação de um sistema eletrônico de controle. Representantes sugeriram ainda a criação de uma nova classificação que inclua medicamentos indicados por profissionais da área.

 

Fonte: Agência Brasil

A aplicação de vacinas contra a dengue, aliada ao desenvolvimento de uma nova bactéria que contamina o mosquito transmissor (Aedes aegypti), pode ajudar a erradicar a doença no Brasil num período de cinco a dez anos. A previsão foi feita na última segunda-feira (24) por Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Presente no anúncio do novo método de controle do mosquito da dengue, realizado durante o 18º Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, Barbosa falou sobre a utilização da bactéria Wolbachia. "Em um cenário otimista, se tudo der certo, talvez em cinco anos a gente tenha uma vacina antidengue. O teste da [bactéria] Wolbachia também levará cerca de cinco anos. Quando estas novas tecnologias estiverem comprovadamente disponíveis, a gente vai ter condições de dar um pulo. E talvez pensar não só no controle da dengue, mas em uma futura eliminação da doença como problema de saúde pública", afirmou.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existe a estimativa de que ocorram, por ano, de 50 a 100 milhões de novos casos em todo o mundo. No Brasil, em 2010, o número de novos casos foi de aproximadamente um milhão, gerando aos cofres públicos um custo de R$ 800 milhões, de acordo com o secretário.

Recentemente, uma vacina testada mostrou-se efetiva contra três dos quatro subtipos da dengue, o que acabou inviabilizando o seu uso imediato para a população. "A vacina conseguiu proteger para três dos sorotipos da dengue, mas não protegeu contra o tipo 2. Ao mesmo tempo, começam no Brasil os primeiros ensaios clínicos da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo", completou Barbosa.

 

Estudos com a Wolbachia

O estudo que utiliza a bactéria Wolbachia no controle do mosquito Aedes aegypti começou em 2006, na Austrália, liderado pelo professor Scott O´Neill, que esteve presente no anúncio do novo método. Além de pesquisadores australianos, o trabalho conta ainda com pesquisadores de outros países, como Brasil, China, Vietnã e Indonésia.

De acordo com o cientista da Fundação Oswaldo Cruz, Luciano Moreira, os testes com a bactéria estão previstos para serem realizados no Brasil em 2014, trazendo uma perspectiva otimista para o controle da dengue. "A vantagem desse método é que ele é natural, pois a bactéria já ocorre na natureza. Além disso, é seguro e autossustentável, pois no momento em que a bactéria vai para a natureza ela se espalha e não precisa ficar colocando mais desses mosquitos", afirma Moreira.

 

Fonte: Agência Brasil

O Ministério da Saúde vai incorporar ao SUS (Sistema Único de Saúde) mais seis medicamentos para pacientes que sofrem com a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). São eles: budesonida, beclometasona (corticoides inalatórios), fenoterol, salbutamol, formoterol e salmeterol (broncodilatadores).

Atualmente, alguns deles já estão disponíveis no SUS, mas para outras finalidades, como o tratamento da asma. O SUS tem até 180 dias decorrentes do dia da publicação da portaria (prevista para hoje – 26 de setembro) , para começar a ofertar os produtos à população.

Outros cuidados para tratar a doença também serão incluídos, como a vacina contra a influenza, a oxigenoterapia domiciliar e os exames diagnósticos para deficiência de Alfa-1 (caracterizada por níveis muito baixos no sangue ou inexistentes de uma proteína produzida pelo fígado). A DPOC é uma doença frequente, que afeta boa parcela dos brasileiros. A medida permitirá a melhora na qualidade de vida dos pacientes, além de contribuir para a economia nas finanças das famílias", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A DPOC está relacionada ao tabagismo e à exposição passiva ao fumo, à poeira e à poluição. Ela causa falta de ar, fadiga muscular e insuficiência respiratória. Sendo mais comum em adultos acima de 40 anos, ela é considerada como uma das principais causas de mortalidade no país.

ESTIMATIVAS - No Brasil, estima-se que cerca de 5 milhões de pessoas tenham a doença. Em 2010, foram 116.680 mil internações por DPOC no Brasil, que custaram ao Ministério da Saúde R$ 83,6 milhões. Em 2011, o número de internações subiu para 116.707, custando R$ 87,1 milhões aos cofres públicos. Até julho deste ano, já são 57.881 registros de internações, que custaram ao governo R$ 45,1 milhões. O número de mortes vem aumentando nos últimos anos. Em cinco anos, cresceu 12%, passando de 33.616 em 2005 para 37.592 em 2010.

PROTOCOLO - Com o objetivo de melhorar a assistência médica e farmacêutica no tratamento da doença, o Ministério da Saúde está elaborando um protocolo clínico para a DPOC. Ele irá estabelecer critérios de diagnósticos de doenças, de análises de tratamentos com os medicamentos e doses adequadas, criar mecanismos para o monitoramento clínico quanto à efetividade do tratamento e supervisão de possíveis efeitos adversos e para a garantia da prescrição segura e eficaz.

O documento já passou por consulta pública e, após contribuições, será publicada portaria para criação do protocolo.

 

Fonte: Ministério da Saúde

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