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Um estudo desenvolvido na Universidade Purdue, nos Estados Unidos, e divulgado no Journal of Nutritional Biochemistry revelou que a inclusão do suco de melancia na alimentação diária pode ajudar a reduzir o peso e os níveis de colesterol, assim como a placa arterial.
Segundo a pesquisa, a melancia contribui com a saúde do coração e auxilia no controle do ganho de peso devido à presença de um composto denominado citrulina, responsável por desempenhar um papel ativo na saúde cardiovascular.
"Nós estávamos interessados na citrulina porque estudos anteriores mostraram que ela pode reduzir a pressão arterial. Nós não constatamos redução da pressão arterial, mas as outras mudanças são promissoras", analisou Shubin Saha, pesquisador da universidade.
Para desenvolver o estudo, os pesquisadores utilizaram dois grupos de camundongos, que foram alimentados com dietas ricas em colesterol e gordura saturada. Enquanto um dos grupos recebeu água contendo 2% de suco de melancia, o outro recebeu a mesma quantidade de água, suplementada com solução equivalente ao conteúdo de hidratos de carbono do suco de melancia.
De acordo com os resultados, em relação ao grupo de controle, os camundongos que consumiram o suco da melancia ganharam 30% menos peso e apresentaram 50% menos colesterol LDL, também chamado de "mau colesterol". Além disso, o grupo que consumiu a melancia obteve níveis elevados de citrulina e redução de 50% nas placas arteriais.
A partir dos resultados promissores do estudo, os cientistas agora pretendem encontrar um mercado secundário para a melancia dentro dos nutracêuticos, que são os alimentos que apresentam benefícios para a saúde que vão além dos seus valores nutricionais.
Fonte: Purdue University
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta quinta-feira (25), no Diário Oficial da União, quatro resoluções que definem a apreensão, inutilização e proibição da divulgação de cinco produtos naturais voltados para o emagrecimento, fabricados por três diferentes empresas do país. A medida é válida em todo o Brasil.
De acordo com a Anvisa, estão proibidos de ser comercializados os seguintes produtos: "Emagrecedor Sem Dieta Dulopes", do fabricante Dulopes Comércio de Produtos Naturais; "30 Ervas Emagrecedor", "Engordar" e "Uxi amarelo e Unha de gato", da empresa Flora Brasil Produtos Naturais; além do "Chá misto 37 ervas", da Farmacopeia Brasileira.
A agência ressalta ainda, por meio de nota, a necessidade de tomar tal medida para garantir a saúde dos consumidores, já que os produtos referidos eram clandestinos, tinham origem desconhecida e não possuíam registro na Anvisa. "Isso significa que os produtos não possuem nenhuma comprovação de eficácia e segurança", alertou.
Para conferir a lista completa, com outros 14 produtos sem registro que foram suspensos e apreendidos, confira a tabela divulgada pela Anvisa:
Fonte: Anvisa
Uma pesquisa realizada na Universidade de Edimburgo, na Escócia, mostrou que a atividade física regular na terceira idade pode prevenir o encolhimento do cérebro e outros sinais associados à demência.
O estudo analisou dados de 638 pessoas com 70 anos que foram submetidas a exames cerebrais. Os resultados mostraram que aqueles que eram fisicamente mais ativos tiveram menor retração do cérebro do que os que não se exercitavam.
Por outro lado, aqueles que realizam atividades de estimulação cerebral, como ler um livro ou fazer palavras cruzadas, não tiveram efeitos positivos em relação ao tamanho do cérebro, constatou o estudo.
Deterioração - Já é comprovado cientificamente que a estrutura e o funcionamento do cérebro se deterioram com o tempo e são inúmeros os registros na literatura médica de que o cérebro tende a encolher com o envelhecimento. Esse encolhimento estaria ligado, segundo pesquisas, a uma perda de memória e das capacidades cerebrais.
Os estudos têm mostrado que as atividades sociais, físicas e mentais podem contribuir para a prevenção dessa deterioração.
O médico Alan Gow e sua equipe pediram aos participantes que levassem um registro de suas atividades diárias. Após três anos, quando completaram 73 anos, os participantes passaram por scanners de ressonância magnética para analisar as mudanças no cérebro.
Considerando fatores como idade, sexo, saúde e inteligência, os resultados mostraram que a atividade física estava "significativamente associada" com a menor atrofia do tecido cerebral. "As pessoas de 70 anos que fizeram mais exercício físico, incluindo uma caminhada, várias vezes por semana, apresentaram uma retração menor do cérebro e outros sinais de envelhecimento da massa cerebral do que aquelas que eram menos ativas fisicamente", explicou Gow.
De acordo com o pesquisador, a atividade física foi também associada a um aumento no volume de massa cinzenta, parte do cérebro onde se originam as emoções e percepções.
Quando os cientistas analisaram o volume de substância branca, responsável pela transmissão de mensagens no cérebro, descobriram que as pessoas fisicamente ativas tinham menos lesões nessa área do que as que se exercitavam menos.
Causas - Ainda não estão claros os motivos pelos quais a atividade física previne ou retarda a demência. Os pesquisadores acreditam que as vantagens podem estar associadas ao aumento do fluxo de oxigênio no sangue e de nutrientes para o cérebro. Porém, uma outra teoria é a de que, como o cérebro das pessoas encolhe com a idade, elas tendem a se exercitar menos e, assim, acabam tendo menos benefícios.
"Embora não possamos dizer que a atividade física é o fator causal deste estudo, nós sabemos que o exercício na meia-idade pode reduzir o risco de demência futura", disse Simon Ridley, da entidade Alzheimer's Research no Reino Unido.
Fonte: BBC
Um dos estudos do Saúde Brasil edição 2011, publicado pelo Ministério da Saúde, revelou que a mortalidade feminina caiu 12% nos últimos 10 anos no Brasil. Segundo a publicação, entre os anos de 2000 e 2010, houve uma redução da taxa de mortalidade entre as mulheres de 4,24 óbitos para 3,72.
"Essa redução mostra que o país tem qualificado a assistência à mulher, mas também demonstra que temos de continuar priorizando as causas dos óbitos das mulheres, como o câncer de mama", ressaltou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
De acordo com o levantamento do ministério, houve redução da mortalidade em todas as regiões do país. A maior redução foi verificada na Região Sul (14,6%), seguida pela região Sudeste (14,3%). Já as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte tiveram redução de 9,6%, 9,1% e 6,8%, respectivamente.
Consideradas as principais causas da mortalidade feminina, as doenças do aparelho circulatório, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), apareceram em primeiro lugar na pesquisa, representando 34,2% dos óbitos. Apesar disso, as doenças isquêmicas e cerebrovasculares apresentaram redução nos últimos 10 anos.
A taxa de doenças cerebrovasculares em mulheres, como o AVC, caiu de 43,87 para 34,99 entre 2000 e 2010. Em doenças isquêmicas do coração, como o infarto, a redução foi de 34,85 para 30,04 no mesmo período. "A melhoria na assistência à saúde, o aumento da expectativa de vida aliado à ampliação do acesso à informação, assim como a redução do tabagismo, contribuíram para termos um impacto positivo nas mortes de jovens", explicou a diretora de Análise de Situação em Saúde, do Ministério da Saúde, Deborah Malta.
Alguns dos principais fatores de risco apontados para as doenças isquêmicas e cerebrovasculares são as dietas ricas em gordura saturada, que consequentemente aumentam os níveis de colesterol e hipertensão. Para impedir que os índices voltem a crescer, o ministério tem investido em medidas de prevenção, além de medicamentos para o tratamento.
Neoplasias
As neoplasias representam a segunda maior proporção de mortes de mulheres em 2010, no total de 18,3%. Dentro dessas neoplasias, o câncer de mama lidera os índices, com 2,8%, enquanto o câncer de pulmão e o de colo do útero vêm logo em seguida, com 1,8% e 1,1%, respectivamente.
Quanto à prevenção das neoplasias, o Ministério da Saúde buscou investir no Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, lançado em 2011. Entre as medidas do plano, estão os investimentos em novas unidades de radioterapia em todo o país, além da incorporação do Trastuzumabe, um dos mais eficientes medicamentos utilizados no combate ao câncer de mama.
Fonte: Ministério da Saúde
Um novo teste para a identificação rápida da tuberculose será oferecido no SUS (Sistema Único de Saúde) até o segundo semestre do próximo ano. O GeneXpert – testado experimentalmente em Manaus (AM) e no Rio de Janeiro (RJ) – diagnostica a doença em duas horas e com risco mínimo de contaminação, já que a análise é totalmente automatizada, sem que os profissionais de saúde tenham que manusear as amostras. O teste também identifica a resistência ou não à rifampicina, que é o antibiótico usado no tratamento da tuberculose, o que facilita a prescrição também mais ágil e correta do tratamento da doença.
"Quanto mais rápido é o diagnóstico da tuberculose, mais rápida também é a cura e menor é o risco de sequela ao paciente e de disseminação da doença", explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Depois de Manaus e do Rio de Janeiro – onde começou no último mês de fevereiro, com um total de 13.307 testes realizados – o projeto segue para as demais capitais do país. "O GeneXpert é totalmente automatizado. É uma máquina que identifica fragmentos do DNA da micobactéria no escarro. Por isso, ele é bem mais seguro para o profissional de saúde", destaca o ministro.
SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE - No exame tradicional, são necessários 60 dias para realizar o cultivo da micobactéria e outros 42 dias para se obter o diagnóstico de especificidade e sensibilidade (à rifampicina), que não ultrapassam 60% de precisão. Com o novo teste, os índices de sensibilidade e especificidade chegam a 92,5% e 99%, respectivamente.
CENÁRIO - Em 2011, o país registrou 71.337 casos de tuberculose. A publicação Saúde Brasil, apresentada pelo Ministério da Saúde na última semana, aponta uma queda média da taxa de incidência da tuberculose de 1,3% por ano, entre 2001 e 2011, totalizando uma taxa de 37,1/100 mil habitantes. Nesse período, a quantidade aproximada de óbitos pela doença foi de 4,6 mil.
Aproximadamente 66% dos casos de tuberculose notificados no ano passado são do sexo masculino. A frequência é maior entre homens de 25 e 34 anos e a incidência é maior entre 45 e 54 anos. Para o sexo feminino, tanto a frequência quanto a incidência são maiores entre 25 e 34 anos.
RECONHECIMENTO - O Brasil conquistou, no ano passado, o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo alcance antecipado do Objetivo do Milênio no controle da tuberculose. A meta estipulava a reversão da incidência e da mortalidade da doença até 2015, em comparação com os casos registrados em 1990. A OMS reconheceu que a meta foi atingida quatro anos antes do previsto, já que o país apresentou uma redução de 50% na taxa de mortalidade, segundo estimativas da própria Organização, e tendência de queda da taxa de incidência, na comparação de dados entre 1990 e 2011.
AÇÕES - Desde 2002, o investimento do Ministério da Saúde no controle da doença foi ampliado em 17 vezes. Há uma década, foram destinados 5,2 milhões de dólares para o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT). Em 2011, os recursos chegaram a 87,7 milhões de dólares.
Como a tuberculose atinge principalmente populações carentes, com dificuldade de acesso aos serviços de saúde e baixa prioridade para o desenvolvimento de novas tecnologias em saúde, o Ministério da Saúde buscou aproximar as ações estratégicas de maneira mais integrada a outros programas, como Saúde da Família. O PNCT também passou a incorporar o escopo do Plano Brasil Sem Miséria, que tem por objetivo alcançar as famílias extremamente pobres que não estão incluídas nos programas de transferência de renda, e viabilizar o acesso aos serviços públicos na área de educação, saúde, saneamento básico, assistência social, segurança alimentar, entre outros.
Fonte: Ministério da Saúde