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Na semana em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer (27 de novembro), o programa "Meu Prato Saudável", do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do Incor, unidades da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostra que a alimentação tem papel fundamental na prevenção de vários tipos de tumores.
O câncer é uma doença perigosa, mas que, em muitos casos, pode ser evitada com a ajuda de hábitos saudáveis. Alguns alimentos como frutas, legumes e verduras auxiliam na prevenção do câncer, pois são fontes de fibras, vitaminas e minerais, contendo antioxidantes.
As vitaminas, fibras e outras substâncias ajudam as defesas naturais do corpo a destruírem agentes cancerígenos antes que eles causem danos graves às células. Esses tipos de alimentos também podem bloquear ou reverter os estágios iniciais da formação de um tumor.
Outras substâncias anticancerígenas são encontradas em alimentos como brócolis, tomate e soja, que devem ser consumidos de forma moderada. "Existem três hábitos fundamentais para levar uma vida saudável e prevenir-se contra o câncer: ter uma alimentação equilibrada, manter um peso adequado e praticar atividades físicas", explica Elisabete Almeida, diretora-executiva do programa "Meu Prato Saudável".
Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, de sal, carnes gordurosas ou processadas (embutidos, enlatados e defumados) e alimentos ricos em açúcares também ajuda a evitar a doença. "Esses alimentos contêm altas taxas de gordura, que prejudicam o organismo e aumentam os riscos de câncer", afirma Elisabete.
De acordo com a nutricionista, deve-se preencher metade do prato com verduras e legumes (crus e cozidos), variando bastante a qualidade dos legumes e verduras, ingerindo alimentos de cores diferentes. Para a outra metade, a dica é colocar 1/4 de alimento rico em proteínas (carne de boi, frango, peixe, ovos, com pouca gordura), que pode ser complementada com leguminosas (feijão, grão-de-bico, soja, lentilha); e o outro 1/4 com alimentos ricos em carboidratos, de preferência em sua forma integral, rica em fibras (arroz, massas, batatas, mandioca, mandioquinha, farinhas).
Confira outras dicas da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo:
• Aumentar o consumo de frutas e vegetais para pelo menos cinco porções ao dia. Esses alimentos proporcionam diversos componentes preventivos, incluindo fibras, antioxidantes (betacaroteno, vitaminas A, C e E), e uma variedade de fitoquímicos (em alimentos como o alho, cebola, soja, chá-verde e gengibre).
• Aumentar o consumo de alimentos preventivos do câncer, como brócolis, pimentão, cebola, alho, chá-verde, rabanete.
• Aumentar o consumo de fibras para 25g a 35g por dia. O consumo de seis porções diárias de grãos integrais e pães e cereais ricos em fibras ajudará a atingir este objetivo.
• Reduzir o consumo de gorduras, dando preferência a preparações naturais, assados, grelhados ou cozidos.
• Limitar o consumo de carnes vermelhas para menos de três vezes por semana, e mesmo assim dar sempre preferência a carnes magras. As carnes brancas, como filé de peito de frango, filé de peito de chester ou filé de peixe, são boas opções.
• Evitar o consumo de alimentos em salmoura, curados, em conservas e defumados.
• Evitar ou moderar o consumo de bebidas alcoólicas.
• Acumular 30 minutos de atividades físicas por dia, cinco dias por semana.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
O Inca (Instituto Nacional de Câncer) e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), com o objetivo de proteger crianças e adolescentes dos malefícios do cigarro, lançaram um jogo on-line, destinado a crianças de 10 a 14 anos. O jogo, chamado "Agentes da Saúde: por um mundo livre do cigarro", aborda de forma lúdica a influência da indústria do tabaco na sociedade.
Ele trata de assuntos como os malefícios causados ao meio ambiente, ao agricultor, ao fumante e à população em geral. Também são tratados assuntos como a influência da indústria sobre os jovens e a venda de cigarros com aromas e sabores em locais frequentados por eles.
"É um desafio muito grande lutar contra o tabaco no Brasil. Por mais que tenhamos tido redução no número de fumantes e um grande avanço em campanhas contra o cigarro, se comparado a outros países, precisamos melhorar. O jogo é simples e espero que possa educar as crianças a respeito do cigarro, para que não exista a iniciação do uso por elas", disse o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini.
O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, afirmou que "as estratégias da indústria do cigarro são muito sinuosas e continuam presentes. O fumo é exibido em filmes e novelas, uma apologia que se reduziu muito, mas ainda continua. A nossa função ao lado do Inca é combater, por meio de campanhas, a proporção que o tabaco tenta alcançar".
O jogo foi financiado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), está hospedado no portal do Inca e disponível para qualquer plataforma com acesso à internet. Desenvolvido em HTML 5, que não pede a instalação nem atualização de outros programas, poderá ser jogado em PCs, Macs e em breve será adaptado para tablets, celulares e iPhone.
Fonte: Inca
Um estudo feito pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria da Saúde de São Paulo, constatou que um em cada cinco homens entre 20 e 35 anos usam medicamentos para disfunção erétil sem indicação profissional.
A unidade, que atende mais de 300 homens por mês com problemas sexuais, afirma que as explicações são sempre as mesmas: curiosidade, vontade de aprimorar a "performance" sexual e, claro, o receio de falhar na "hora H".
No entanto, o médico chefe do serviço de urologia do hospital, Joaquim Claro, explica que os comprimidos não apresentam resultados para grande parte dos homens. "A medicação não é instantânea e muito menos mágica como acreditam os pacientes. Se o indivíduo já é saudável, o pênis dele não vai ficar ainda mais rígido após o consumo. Portanto, não vai haver mudança no desempenho."
Ele alerta que os estimulantes sexuais podem causar efeitos colaterais, como dores de cabeça e musculares, diarreias, alergias, visão dupla e, em casos mais graves, até cegueira. Outro fato que merece atenção é que pacientes cardiopatas não podem ingerir esse tipo de medicamento, considerado um vasodilatador, principalmente sem supervisão médica. Apenas um especialista pode diagnosticar a necessidade de uso e o melhor método, conforme critérios como díade, histórico familiar e condição financeira. "Os efeitos colaterais são perigosos, mas há ainda o risco da dependência psicológica. O homem passa a supervalorizar a droga e liga o seu próprio desempenho sexual ao uso do remédio. Essa atitude gera um grau elevado de ansiedade e o paciente fica com medo de não ter mais relações satisfatórias se não contar com a ajuda medicamentosa", destaca Claro.
Segundo os médicos, a prática de atividade física é uma maneira saudável e eficaz de melhorar a atuação na hora do sexo, já que ela contribui com o condicionamento físico, melhora a circulação sanguínea e aumenta a resistência, trabalhando as regiões do peito, ombros, braços e pernas, além de elevar a autoestima.
Conheça outras atitudes importantes para manter uma vida sexual ativa e segura, segundo sugestões de especialistas do "Hospital do Homem":
- Proteja o seu corpo
Use camisinha nas relações sexuais e evite o contato com as doenças sexualmente transmissíveis. Não deixe de visitar o médico pelo menos uma vez ao ano para realização de check-up e dos exames preventivos.
- Converse sobre sexo
Tenha um bom diálogo com o seu parceiro. A confiança é importante para que o sexo satisfaça plenamente o casal.
- Prepare o ambiente
A pressão psicológica e os problemas do dia a dia podem atrapalhar o desempenho. É importante escolher o local e o momento ideal propício para a relação.
- Esqueça as lendas
De acordo com estudos, o tempo médio de uma relação é de 15 a 20 minutos e é importante saber disso, pois esse é um dos primeiros passos para que o casal consiga diminuir as suas próprias expectativas.
Fonte: Secretaria da Saúde de São Paulo
O Conselho Federal de Medicina (CFM) declarou ontem (12) apoio às iniciativas que possam melhorar a qualidade da formação de estudantes de medicina. Uma das medidas destacadas é a do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que aplica há oito anos provas aos formandos antes da concessão do registro profissional.
A partir de 2012, o teste de avaliação dos formandos de medicina passou a ser obrigatório. Porém, na última edição, realizada no domingo (11), parte dos estudantes que discordavam da exigência e do modelo de prova optou pelo boicote, marcando a alternativa "b" em todas as questões do exame.
"Enquanto não temos uma lei para implantar outro tipo de avaliação, o conselho federal vai apoiar essas iniciativas. Não só em São Paulo, mas também em outros estados que queiram fazer. Qualquer medida que busque a qualidade da formação é bem-vinda", destacou o conselheiro e primeiro secretário do CFM, Desiré Carlos Callegari.
Apesar das críticas, Callegari ressaltou que o modelo de avaliação a ser defendido pelo CFM ainda não foi definido pelo plenário do conselho, mas que a opção por um exame gradativo tem a preferência de vários adeptos. "Pensamos que a melhor forma de avaliar, tanto a universidade como o aluno, seria uma prova no segundo, no quarto e no sexto ano de faculdade. As deficiências seriam corrigidas progressivamente", afirmou.
Além de destacar o modelo gradativo, Callegari ressaltou a necessidade de exames práticos e cognitivos, que também foi alvo de críticas por parte dos estudantes que optaram pelo boicote ao exame em São Paulo no último domingo.
Qualidade dos cursos
Segundo dados do CFM, o Brasil conta atualmente com 197 escolas médicas, ficando atrás apenas da Índia, que tem 272 cursos, mas com uma população consideravelmente maior (1,2 bilhão de pessoas). De 2003 para cá, foi autorizado o funcionamento de 69 novas escolas de medicina, sendo que 78% dessas foram privadas.
Para o conselheiro do CFM, a abertura indiscriminada de faculdades seria uma das causas que explicam a baixa qualidade dos cursos de medicina do país, além do aumento de denúncias e de processos relacionados a erros médicos. "Não temos professores e hospitais escola suficientes. Não tem como pensar um curso de medicina sem um hospital de referência", justificou Callegari.
Fonte: Agência Brasil
O poder dos fitoterápicos e das plantas medicinais está mais do que comprovado pela comunidade científica como importantes meios de prevenção de doenças e tratamento de alguns sintomas. A fim de facilitar o acesso a esse tipo de medicamento, o Ministério da Saúde passará a disponibilizar alguns desses fitoterápicos na rede pública.
Atualmente, 12 medicamentos com essa característica são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre eles, estão a Rhamnus purshiana (cáscara-sagrada), planta utilizada para a prisão de ventre, além do Aloe vera (babosa), popularmente utilizado para o alívio de queimaduras e no tratamento da psoríase.
Para que possam ser manipulados e industrializados, os fitoterápicos devem possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por fiscalizar a eficácia e segurança desses produtos. Eles são financiados com recursos da União, dos estados e dos municípios e são oferecidos hoje em 14 estados: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.
Segundo Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, os investimentos em pesquisas para medicamentos desenvolvidos a partir da flora brasileira contribuem para o acesso da população e o seu uso racional. “O desenvolvimento dos fitoterápicos no Brasil incorpora as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental, numa mesma iniciativa”, opina.
Assim como outros medicamentos, os fitoterápicos também precisam de receita médica para serem retirados na rede pública. Para ter acesso, o usuário deve procurar um médico legalmente habilitado na prescrição de fitoterápicos em uma das unidades dos 14 estados que disponibilizam esses medicamentos. Após o atendimento médico gratuito, o paciente deve procurar uma farmácia das unidades básicas de saúde, munido de documento de identificação pessoal e a receita atualizada.
Confira a relação dos fitoterápicos oferecidos pelo SUS:
Nome popular |
Nome científico |
Indicação |
Espinheira-santa |
Maytenus ilicifolia |
Auxilia no tratamento de gastrite e úlcera duodenal e sintomas de dispepsias |
Guaco |
Mikania glomerata |
Apresenta ação expectorante e broncodilatadora |
Alcachofra |
Cynara scolymus |
Tratamento dos sintomas de dispepsia funcional (síndrome do desconforto |
Aroeira |
Schinus terebenthifolius |
Apresenta ação cicatrizante, anti-inflamatória e antisséptica tópica, para uso ginecológico |
Cáscara-sagrada |
Rhamnus purshiana |
Auxilia nos casos de obstipação intestinal eventual |
Garra-do-diabo |
Harpagophytum procumbens |
Tratamento da dor lombar baixa aguda e como coadjuvante nos casos de osteoartrite. Apresenta ação anti-inflamatória |
Isoflavona-de-soja |
Glycine max |
Auxilia no alívio dos sintomas do climatério |
Unha-de-gato |
Uncaria tomentosa |
Auxilia nos casos de artrites e osteoartrite. Apresenta ação anti-inflamatória e imunomoduladora |
Hortelã |
Mentha x piperita |
Tratamento da síndrome do cólon irritável. Apresenta ação antiflatulenta e |
Babosa |
Aloe vera |
Tratamento tópico de queimaduras de 1º e 2º graus e como coadjuvante |
Salgueiro |
Salix alba |
Tratamento de dor lombar baixa aguda. Apresenta ação anti-inflamatória |
Plantago |
Plantago ovata Forssk |
Auxilia nos casos de obstipação intestinal habitual. Tratamento da síndrome do cólon irritável |
Fonte: Ministério da Saúde