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A organização Consenso e Ação sobre o Sal e a Saúde (Cash, na sigla em inglês) alertou a população mundial para as excessivas quantidades de sal utilizadas na produção de diferentes tipos de queijo, o que pode ser prejudicial a quem sofre de pressão alta.

O grupo analisou 772 queijos disponíveis em supermercados do Reino Unido e descobriu que alguns deles continham mais sal que um pacote de salgadinhos. Os tipos mais salgado foi o roquefort, com 1,06g de sal a cada 30g. Os dois próximos da lista são o feta e o halloumi.

De acordo com o estudo, o cheddar é o mais popular, mas uma porção apresenta mais sal do que um pacote de batata fritas, com 0m52 gramas de sal por porção de 30 gramas.

Durante a pesquisa, que demorou quatro meses, o instituto britânico descobriu que os tipos com menos sal são a muçarela, o emmental e o wensleydale, porém foram encontradas grandes variações entre marcas diferentes, mas da mesma variedade, como ocorreu com o gorgonzola e o cheddar.

Katharine Jenner, diretor da campanha diz "Nós já sabemos que o queijo é rico em gordura, no entanto, muitas vezes, o adicionamos nas refeições, sem pensar na quantidade de sal que contém. Esta pesquisa mostra que apenas uma porção de queijo pode conter mais sal do que um pacote de batatas fritas, por isso vale a pena olhar para o rótulo e escolher uma versão com menos sal do seu queijo preferido", diz ela. De acordo com ela, o ideal é comer menos de 6 gramas de sal por dia, cerca de uma colher de chá, porém, o que se consome atualmente é cerca de 8,1 gramas.

O presidente do grupo e também professor de medicina cardiovascular do Institut Wolfson, Graham MacGregor, faz um alerta: "Para cada grama a menos que a população ingere, podemos evitar 12 mil ataques cardíacos, derrames e paradas cardíacas, metade dos quais seria fatal", disse ele, afirmando ainda que "a indústria do queijo precisa cooperar."

Confira dicas para fazer escolhas mais saudáveis:

• Compare os rótulos nutricionais e escolha o com menor teor de sal e de gordura saturada.

• Coma pequenas porções.

• Use-o menos vezes! O queijo deve ser consumido com moderação, como parte de uma dieta equilibrada.

 

 

Fonte: Consenso e Ação sobre o Sal e a Saúde (Cash, na sigla em inglês)

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) lançou, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceria com outros três países e duas universidades brasileiras, o primeiro portal brasileiro especializado em saúde eletrônica destinado a pessoas que fazem uso de álcool. Pelo www.informalcool.org.br, as pessoas terão acesso a dados sobre o alcoolismo e à ferramenta Bebermenos, um programa de interação com o internauta que mostra a importância de descobrir cedo o abuso no consumo de álcool por usuários de risco e ainda permite a criação de metas para diminuir ou parar com a bebida.

A saúde eletrônica é o uso da tecnologia digital para oferecer serviços como arquivos eletrônicos de pacientes, telemedicina, dados de consumo de medicamentos, equipes de saúde virtuais e dispositivos móveis para coletar e acessar dados do paciente.

De acordo com a chefe do departamento de Psicobiologia da Unifesp, Maria Lucia Formigoni, o uso abusivo do álcool pode acarretar diversos problemas, como cirrose hepática, anemias, hipertensão, câncer de vários tipos, doenças neurológicas e malformações de feto. Por ano morrem no mundo 2,5 milhões de pessoas por complicações causadas pelo álcool. Maria Lucia destacou que as pessoas têm começado a beber cada vez mais cedo e é justamente esse público que o site quer priorizar.

"O programa contido no site é para todos e gratuito, mas queremos chamar a atenção dos mais jovens, que usam o computador e as redes sociais com frequência e não querem ficar estigmatizados, por isso não procuram ajuda profissional. Atualmente, temos campanhas de prevenção e projetos de tratamento, mas nada que busque as pessoas nessa faixa intermediária, que é a de quem está começando a beber", disse.

No site, o usuário pode preencher um questionário, sem precisar se identificar, que vai determinar em qual estágio ele está. Dependendo do resultado, é encaminhado ao programa de autoajuda, que tem duração de seis semanas. O programa exige que o próprio usuário responda sobre vantagens e desvantagens de continuar a beber, seus gostos e frequência com que bebe, e apresenta gráficos com esses dados e metas, para que ele diminua ou pare com a bebida.

"A proposta é que a pessoa entre sempre no site para interagir e ver como está. Também é possível interagir com outros atendidos e trocar experiências por meio de um fórum moderado por um profissional da saúde. Há ainda informações para familiares sobre como lidar com a situação, explicações para os pais sobre como abordarem e orientarem os filhos."

Não é preciso ser médico ou profissional da saúde para utilizar o site e, segundo Maria Lúcia, na Holanda, onde o site começou a ser usado, foi verificada uma redução de 17% no consumo e um aumento de quatro vezes nas chances de parar definitivamente de beber. "O site se adapta a situações culturais e hábitos de cada país." O portal está em fase de avaliação e teste, mas a expectativa é que esteja funcionando plenamente no início do ano que vem.

 

 

Fonte: Agência Brasil

O avanço de doenças crônicas, principalmente do diabetes e da hipertensão, tem aumentado também o número de pacientes com problemas nos rins. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, o número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal. Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país.

Outro dado alarmante é que mais de 70% dos pacientes que iniciam a diálise descobrem a doença quando os rins já estão gravemente comprometidos. De acordo com o presidente da entidade, Daniel Rinaldi, os profissionais de saúde da atenção básica devem estar atentos aos chamados pacientes de risco – diabéticos, hipertensos, idosos e pessoas com casos de doença renal na família.

Segundo ele, devem ser prescritos para esses grupos exames simples e de baixo custo, como a creatinina (sangue) e a perda de albumina (urina). Caso o resultado indique possível doença renal, o paciente deve ser encaminhado para um nefrologista.

O vice-presidente da sociedade médica, Roberto Tecoits, acredita que falta comunicação entre os próprios profissionais de saúde. "Falta uma estruturação da rede. Esse paciente, se acompanhado pelo especialista desde o início, pode não precisar de diálise ou de um transplante", disse. "A doença renal crônica não apresenta sinais e sintomas em fase precoce. Os médicos precisam estar atentos aos grupos de risco", completou.

A expectativa da Sociedade Brasileira de Nefrologia é de que uma reunião com representantes do Ministério da Saúde, agendada para janeiro de 2013, possa ser o pontapé inicial para a criação de uma rede de atendimento a doentes renais.

A doença renal crônica significa uma perda lenta, progressiva e irreversível da função dos rins. Ela não é percebida até o paciente perder quase metade da capacidade de funcionamento dos órgãos. A partir daí, começam a surgir os primeiros sintomas, tais como inchaço, pressão alta e anemia. Os principais fatores de risco para uma doença renal são o sobrepeso, o tabagismo e idade acima de 50 anos, além da hipertensão arterial, do diabetes e do histórico familiar.

 

 

Fonte: Agência Brasil

Um novo medicamento com base no princípio ativo fingolimode, produzido por um laboratório suíço, mostrou benefício significativo para o tratamento oral da esclerose múltipla. Estudos apresentados durante o Congresso Latino-Americano de Esclerose Múltipla (LACTRIMS), realizado de 28 a 30 de novembro, mostraram uma diminuição de surtos nos primeiros três meses de tratamento, assim como redução da perda de volume cerebral, que foi 35% inferior nos pacientes em tratamento com este medicamento ao longo de seis meses, em comparação com outro.

Mais de 49 mil pacientes já foram tratados com o medicamento, o que reforça a sua eficácia. O fato de ser via oral também facilita a adesão ao tratamento e oferece mais qualidade de vida aos pacientes, que antes dispunham apenas de opções injetáveis. "Estudos prévios já haviam demonstrado eficácia 52% superior na diminuição dos surtos provocados pela doença, em comparação a um dos tratamentos mais utilizados atualmente. Agora, sabemos que fingolimode também atua na redução da perda de massa cerebral", explica Dr. Otávio Soares, neurologista e gerente médico do laboratório.

Esclerose múltipla - A esclerose múltipla é uma doença neurológica que atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo, em especial mulheres de 20 a 40 anos. A doença é crônica e autoimune, ou seja, se manifesta quando o organismo confunde células saudáveis do sistema nervoso central com intrusas e as "ataca", provocando lesões cerebrais.

Os sintomas mais frequentes são fadiga, formigamentos, perda de força, falta de equilíbrio, espasmos musculares, dores crônicas, depressão, problemas sexuais e incontinência urinária.

Sobre o tratamento com fingolimode - Fingolimode é o primeiro de uma nova classe terapêutica, chamada moduladores de receptores esfingosina-1-fosfato (S1PR), na qual há o aprisionamento seletivo dos linfócitos "doentes" nos gânglios linfáticos, conhecidos como ínguas, evitando que entrem no sistema nervoso central e destruam as células responsáveis pela transmissão dos impulsos elétricos para todo o corpo. Resultados dos estudos clínicos com o medicamento demonstraram redução de 30% em progressão para incapacidade após três meses e de 37% após seis meses.

 

 

Fonte: DIKAJOB

Uma equipe de pesquisadores da Universidade King's College, de Londres, acredita ter descoberto uma variação de um gene que incentiva o consumo exagerado de álcool em algumas pessoas. O gene, conhecido como RASGRF-2, eleva o nível de substâncias químicas presentes no cérebro associadas à sensação de felicidade e acionadas com a ingestão de bebidas alcoólicas, informou a revista científica PNAS.

Os pesquisadores descobriram que animais que não possuíam a variação do gene tinham menos "desejo" por álcool do que aqueles que apresentavam essa alteração. O estudo também analisou exames de ressonância magnética do cérebro de 663 adolescentes do sexo masculino.

Segundo o estudo, os portadores da versão do gene associada à "bebedeira", todos com 14 anos de idade, apresentavam uma atividade maior em uma parte do cérebro chamada estriado ventral, conhecida por liberar dopamina, substância associada à sensação de prazer. Os pesquisadores, então, questionaram esses adolescentes sobre os seus hábitos de consumo de álcool dois anos depois e descobriram que os que tinham a variação do gene bebiam mais frequentemente.

Porém, o responsável pelo estudo, Gunter Schumann, explicou que ainda não há provas contundentes de que o gene, sozinho, provocaria a compulsão alcoólica, uma vez que outros fatores ambientais e genéticos também estão envolvidos. Mas ele também ressaltou a importância da descoberta, que joga luz sobre os motivos pelos quais algumas pessoas tendem a ser mais vulneráveis ao álcool do que outras. "As pessoas buscam situações que provoquem tal sensação de 'recompensa' e deixem-nas felizes. Portanto, se o seu cérebro for condicionado a atingir tal estágio por meio do álcool, é provável que sempre procure essa estratégia a fim de alcançar tal meta."

"Nós descobrimos que o gene RASGRF-2 tem um papel crucial em controlar como o álcool estimula o cérebro a liberar dopamina e, em seguida, ativa a sensação de recompensa.Portanto, para aqueles que têm a variação genética do gene RASGRF-2, o álcool lhes proporciona uma maior sensação de recompensa, levando-os a se tornar beberrões."

Entretanto, o pesquisador reiterou que são necessárias mais provas para comprovar a sua teoria, já que o estudo foi feito apenas com adolescentes do sexo masculino e de uma determinada idade, o que dificultaria estabelecer tendências de consumo de bebidas alcoólicas a longo prazo. Ele disse que, no futuro, pode ser possível realizar testes genéticos para ajudar a prever quais pessoas estão mais propensas ao consumo excessivo de álcool.

Por outro lado, Dominique Florin, da entidade britânica Medical Council on Alcohol, faz um alerta. "É provável que haja um componente genético relacionado ao consumo exagerado de álcool, mas isso não quer dizer que, se você tiver o gene, você não pode beber, enquanto se você não o tiver pode beber o quanto quiser."

 

 

Fonte: BBC

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