Um novo medicamento com base no princípio ativo fingolimode, produzido por um laboratório suíço, mostrou benefício significativo para o tratamento oral da esclerose múltipla. Estudos apresentados durante o Congresso Latino-Americano de Esclerose Múltipla (LACTRIMS), realizado de 28 a 30 de novembro, mostraram uma diminuição de surtos nos primeiros três meses de tratamento, assim como redução da perda de volume cerebral, que foi 35% inferior nos pacientes em tratamento com este medicamento ao longo de seis meses, em comparação com outro.

Mais de 49 mil pacientes já foram tratados com o medicamento, o que reforça a sua eficácia. O fato de ser via oral também facilita a adesão ao tratamento e oferece mais qualidade de vida aos pacientes, que antes dispunham apenas de opções injetáveis. "Estudos prévios já haviam demonstrado eficácia 52% superior na diminuição dos surtos provocados pela doença, em comparação a um dos tratamentos mais utilizados atualmente. Agora, sabemos que fingolimode também atua na redução da perda de massa cerebral", explica Dr. Otávio Soares, neurologista e gerente médico do laboratório.

Esclerose múltipla - A esclerose múltipla é uma doença neurológica que atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo, em especial mulheres de 20 a 40 anos. A doença é crônica e autoimune, ou seja, se manifesta quando o organismo confunde células saudáveis do sistema nervoso central com intrusas e as "ataca", provocando lesões cerebrais.

Os sintomas mais frequentes são fadiga, formigamentos, perda de força, falta de equilíbrio, espasmos musculares, dores crônicas, depressão, problemas sexuais e incontinência urinária.

Sobre o tratamento com fingolimode - Fingolimode é o primeiro de uma nova classe terapêutica, chamada moduladores de receptores esfingosina-1-fosfato (S1PR), na qual há o aprisionamento seletivo dos linfócitos "doentes" nos gânglios linfáticos, conhecidos como ínguas, evitando que entrem no sistema nervoso central e destruam as células responsáveis pela transmissão dos impulsos elétricos para todo o corpo. Resultados dos estudos clínicos com o medicamento demonstraram redução de 30% em progressão para incapacidade após três meses e de 37% após seis meses.

 

 

Fonte: DIKAJOB

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