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A partir do ano que vem pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições que possam favorecer o surgimento de casos graves terão acesso à vacina contra a influenza. Uma lista apontando em quais casos a vacina é recomendada será divulgada pelo Ministério da Saúde e permitirá que os profissionais de saúde possam avaliar, com mais precisão, a adequação da pessoa com doença crônica à recomendação de uso da vacina.
No grupo, a existência destas doenças ou condição prévia é um fator de risco quando associada com a infecção pelo vírus da influenza, situação chamada de comorbidade. A ação deve atender a cerca de 6 milhões de pessoas em todo o país.
Neste ano, a recomendação durante a campanha foi para que as pessoas com comorbidades se dirigissem aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES). "Não havia uma proibição para que esse grupo fosse vacinado nos postos de saúde, entretanto a medida possibilita que equipes de qualquer unidade de saúde avaliem corretamente a adequação da pessoa à recomendação de uso da vacina. Isso facilitará a descentralização, preservando a indicação técnica adequada", esclarece Jarbas Barbosa.
O objetivo da campanha é proteger os grupos mais vulneráveis, reduzindo os casos graves e óbitos. O Ministério da Saúde segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao eleger, como grupo prioritário, os idosos, crianças menores de dois anos, gestantes, profissionais de saúde, indígenas, pessoas privadas de liberdade e portadores de determinadas doenças crônicas.
COMPOSIÇÃO - A vacina contra a gripe é segura e protege contra os três tipos de vírus da influenza que mais circularam no inverno do ano anterior. Todos os anos, a Organização Mundial da Saúde divulga, em fevereiro e em setembro, a composição da vacina para os hemisférios Norte e Sul, respectivamente. Na vacina que começou a ser elaborada para utilização na campanha de 2013, encontra-se o vírus da influenza A (H1N1).
A gripe é diferente do resfriado e de outros quadros respiratórios mais leves. A característica principal da gripe é o aparecimento de febre, sintomas respiratórios (tosse, dor na garganta e outros) e sintomas gerais, como cefaleia, moleza e dores no corpo. A grande maioria dos casos de gripe é leve e cura-se espontaneamente. Entretanto, em algumas situações, particularmente nesses grupos mais vulneráveis, ela pode evoluir para casos graves, necessitando atenção médica imediata. Uma boa maneira de aumentar a proteção contra a gripe é adotar as medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável ou na dobra do cotovelo.
Fonte: Ministério da Saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu novas regras de reajuste para os contratos dos planos coletivos com menos de 30 beneficiários. De acordo com a Resolução Normativa nº 309, publicada na última quinta-feira (25), as operadoras de planos de saúde deverão agrupar os contratos e definir um reajuste único.
Segundo a ANS, os reajustes anuais a serem aplicados a partir de maio de 2013 já devem respeitar as novas regras. Com a medida, pretende-se diluir o risco dos contratos dos planos coletivos com menos de 30 beneficiários, garantindo um maior equilíbrio no cálculo do reajuste. Apesar disso, a ANS não interferirá nos percentuais de reajustes dos planos.
Os planos de saúde coletivos com menos de 30 vidas representam 85% dos contratos de planos de saúde no país e pretendem ainda aumentar a competitividade entre as operadoras, estimulando a livre escolha por parte dos beneficiários.
"As novas regras buscam aumentar o mutualismo entre esses grupos, estabilizando os reajustes apurados. Buscam também tornar o reajuste um fator de competição no mercado, uma vez que as operadoras serão obrigadas a divulgar os percentuais em seus sites, reduzindo a assimetria de informação, tornando o reajuste mais transparente e dando maior poder de decisão ao consumidor", ressaltou o diretor-presidente da ANS, Maurício Ceschin.
Criada após uma consulta pública realizada entre 01/08/2012 e 30/08/2012, a resolução normativa deverá ser implantada em até seis meses. Durante esse período, as operadoras deverão comunicar às pessoas jurídicas contratantes as novas regras.
Para esclarecer os beneficiários a respeito de algumas das principais dúvidas, a ANS criou perguntas e respostas comuns sobre a medida em seu site. Elas estão disponíveis no próprio site da agência na internet, através do link: http://www.ans.gov.br/index.php/a-ans/sala-de-noticias-ans/consumidor/1793-ans-define-regras-de-reajuste-para-planos-coletivos-com-menos-de-30-beneficiarios.
Fonte: Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
Um tratamento com base na aplicação de células-tronco tem obtido resultados favoráveis ao controle do diabetes tipo 1, doença considerada infantojuvenil por atacar, principalmente, a população mais jovem.
Um grupo de voluntários que se submeteu aos primeiros testes conseguiu se livrar das aplicações de insulina ou, ao menos, diminuir as doses. Essa técnica foi idealizada pelo reumatologista Julio César Voltarelli, morto em março deste ano. Os estudos, iniciados há seis anos, têm seguidores no Brasil e na China e prosseguem com desdobramentos desenvolvidos por médicos do Hemocentro e do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior paulista, juntamente com especialistas dos Estados Unidos, da França e Inglaterra.
Segundo a atual coordenadora dos trabalhos, a reumatologista Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, quando o paciente recebe o diagnóstico da doença, normalmente, ainda tem preservados entre 20% e 30% do pâncreas e é justamente nessa porção de vida da glândula que os pesquisadores iniciaram a busca do controle do mal, em 2004, sob a coordenação de Voltarelli, com o uso das células-tronco.
A primeira etapa da pesquisa foi finalizada em 2010, com 25 voluntários. Os tratamentos consistiram na coleta e congelamento de células-tronco hematopoiéticas – precursoras dos glóbulos sanguíneos – da medula óssea. Logo após, os voluntários passaram por sessões de quimioterapia agressiva para destruir o restante da medula e zerar o sistema imunológico. Posteriormente, eles receberam as células-tronco congeladas para reconstituir a medula e as células sanguíneas. Das 25 pessoas que realizaram o tratamento, 21 tiveram respostas favoráveis. Três delas não precisaram mais aplicar insulina e 18 voltaram a precisar do hormônio, depois de um período de seis meses a cinco anos, mas em doses menores do que antes dos transplantes. "Não se pode dizer que estejam curados, mas com a doença controlada", pontuou a reumatologista.
A segunda fase da pesquisa ainda está em andamento e os pesquisadores tentam obter melhor eficácia por meio de uma quimioterapia mais forte. O que se busca é que o paciente saia, totalmente, da dependência de insulina.
As pesquisas estão sendo feitas no Centro de Terapia Celular (CTC), um dos centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP), em interação com pesquisadores dos Estados Unidos, da França e Inglaterra.
Em outro estudo paralelo, que começou em 2008 e ainda está em andamento, foram feitas aplicações de células mesenquimais – que estão presentes em todo o corpo e compõem o tecido conjuntivo – retiradas de um parente do diabético. Nesse caso, a intenção foi atacar a inflamação do pâncreas pela regeneração do tecido. Porém, como a quantidade de células encontradas é insuficiente para as aplicações, parte delas é multiplicada em laboratório. No entanto, metade dos pacientes – todos crianças – não obteve resultado esperado, e nos demais – todos adultos – apenas dois conseguiram reduzir a necessidade de insulina.
Os pesquisadores pretendem renovar os testes com o aumento da coleta das células mesenquimais. Os interessados podem enviar e-mail para o endereço: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. É necessário ter a partir de 18 anos e haver sido diagnosticado com a doença há pelo menos cinco anos.
Fonte: Agência Brasil
Um grupo de cientistas norte-americanos da Universidade de Utah desenvolveu um novo dispositivo que pode impedir a transmissão do vírus HIV de forma eficiente. Trata-se de um anel intravaginal composto por tubos plásticos que absorvem água e liberam doses de tenofovir (TFV), um medicamento capaz de impedir que o vírus se instale no corpo.
Apresentado na American Association of Pharmaceutical Scientists (AAPS) Annual Meeting and Exposition, o novo dispositivo precisa ser trocado a cada 90 dias. Durante esse período, a tecnologia contida nos anéis permite que uma grande reserva da droga fique disponível no corpo, sendo liberada diariamente a fim de evitar o contágio pelo vírus.
"Prevemos que este anel será capaz de lançar um espectro de drogas que atualmente não podem ser aplicadas devido a limitações da tecnologia. A abordagem é altamente adaptável para quase qualquer droga; a quantidade de fármaco distribuída a cada dia e a velocidade de liberação podem ser modificadas facilmente, se necessário", analisa um dos líderes da pesquisa, Patrick Kiser.
O pesquisador completa ainda que a liberação constante do TFV, possibilitada pelos anéis intravaginais, oferece uma proteção garantida e semelhante ao gel vaginal de curta duração, que em estudos anteriores já havia se mostrado eficaz na redução do risco de transmissão do HIV em mulheres.
A partir de agora, após comprovada a eficácia do novo dispositivo na transmissão do vírus, o próximo passo da equipe de estudiosos é verificar a viabilidade de transformar o anel intravaginal em um método contraceptivo por meio da liberação de hormônios como o levonorgestrel, além do próprio TFV.
Fonte: The University of Utah
O mês de novembro está repleto de feriados prolongados e, consequentemente, há um aumento no movimento nas estradas de todo o país. Prevendo uma diminuição nos estoques de sangue nos hospitais, a Secretaria de Saúde de São Paulo convoca toda a população paulista para doar sangue antes dos feriados de Finados e da Proclamação da República.
No último mês, somente na Fundação Pró-Sangue, responsável pelo abastecimento em mais de 100 hospitais da rede pública em São Paulo, houve uma queda de 25% no número de doações. A instituição alega que não há desabastecimento, apesar de existir situação de alerta em relação às bolsas de sangue dos fatores A negativo e B positivo, além de condição crítica dos fatores A positivo, O negativo e O positivo.
"É fundamental que a população faça as doações antes dos feriados, para evitar qualquer problema futuro de desabastecimento dos hemonúcleos e hemocentros", alerta o coordenador da Hemorrede Estadual, Osvaldo Donini.
Atualmente, o Estado de São Paulo conta com cerca de 100 postos de coleta de sangue, dos quais 40 estão localizados na capital paulista.
Recomendações
Quer colaborar com a doação de sangue e a reposição do estoque antes do feriado? Para isso, é preciso estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 67 anos, pesar acima de 50 kg e estar bem alimentado, sem esquecer-se de levar documento de identidade original com foto.
Além disso, recomenda-se que o potencial doador evite alimentar-se com uma dieta gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação e (evitar – excluir)a ingestão de bebidas alcoólicas até 12 horas antes. Por fim, o doador que esteve gripado ou resfriado recentemente deve evitar a doação temporariamente, mesmo que já tenha se recuperado. Nesse caso, recomenda-se que o doador aguarde uma semana para que esteja novamente apto para a doação.
Para saber quais são os postos de doação de sangue em todo o Estado de São Paulo, acesse o site da Secretaria de Saúde no endereço: www.saude.sp.gov.br/doesangue. Para informações sobre os horários de funcionamento das unidades da Fundação Pró-Sangue, ligue para 0800 55 0300 ou acesse www.prosangue.sp.gov.br.