Notícias

A partir desta sexta-feira (19) está proibido o uso de hormônios com a finalidade de retardar ou prevenir o envelhecimento. A Resolução 1.999/2012, que prevê essa regra, foi publicada hoje no Diário Oficial da União pelo Conselho Federal de Medicina e é válida em todo o país.

De acordo com a medida, fica vedada a prescrição dos hormônios chamados de "bioidênticos" para o tratamento do processo de envelhecimento, assim como o uso da procaína, de vitaminas, antioxidantes e do ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), entre outras substâncias. Por outro lado, fica permitida a reposição de deficiências hormonais e de outros elementos, desde que a necessidade seja comprovada.

"A falta de evidências científicas de benefícios e os riscos e malefícios que trazem à saúde não permitem o uso de terapias hormonais com o objetivo de retardar, modular ou prevenir o processo de envelhecimento", avalia o conselho, que levou em conta diversos estudos científicos sobre o tema.

A decisão do CFM foi comemorada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), que em nota declarou que a proibição protegerá a população de danos à saúde, como o aumento da toxicidade no organismo e até mesmo aumento na incidência dos casos de câncer.

Segundo o CFM, os médicos que descumprirem a resolução poderão ser advertidos ou até mesmo ter o seu registro cassado.

 

Fonte: Agência Brasil

Um estudo desenvolvido no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP revelou que os raios ultravioleta A (UVA) podem produzir lesões em moléculas de DNA, danificando o material genético de células cutâneas. Segundo a pesquisa, as lesões podem ocorrer tanto por ação direta como por ação indireta, por intermédio de outras substâncias originadas a partir da exposição a esse tipo de radiação.

"A UVA, embora seja a radiação que chega em maior abundância à superfície terrestre, é a menos compreendida e a mais polêmica dentre as UVs", comenta o autor da pesquisa, Teiti Yagura, que contou com a orientação do professor Carlos Frederico Martins Menck.

Nas lesões diretas, ocasionadas pela absorção imediata dos raios UVA, ocorre a formação de substâncias denominadas dímeros de pirimidina ciclobutano (CPD), que são compostos orgânicos capazes de causar alterações genéticas no DNA.

"Os CPDs são os maiores responsáveis por bloquear a transcrição celular [processo essencial à expressão gênica das células, ligado à síntese de novas moléculas de DNA]", explica o pesquisador, que ainda relata a existência de estudos que relacionem essas lesões a mutações, associadas ao desenvolvimento do câncer de pele.

Com relação às lesões indiretas, elas dependem da produção de espécies reativas de oxigênio, chamadas de radicais livres, que agem sobre o DNA e causam a sua degradação. Em contato com componentes celulares chamados de cromóforos, o oxigênio presente na pele suga para si parte da energia dos raios UVA, transformando-se numa molécula altamente reativa e nociva ao material genético.

Apesar de estar relacionado à exposição indireta à radiação UVA, o estudo desenvolvido por Yagura aponta ainda para a possibilidade de outra forma de produção desse tipo danoso de oxigênio, na qual a própria estrutura do DNA poderia estar diretamente envolvida. "Isso acarreta a possibilidade de que um mecanismo intrínseco à molécula de DNA possa levar à sua auto-oxidação, sem a necessidade de outros cromóforos", explica o pesquisador.

 

Fonte: Agência USP 

O Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciará uma pesquisa, em 2013, para avaliar a saúde da população brasileira. O estudo analisará aproximadamente 16 mil pessoas, de 1.600 municípios, por meio de exames de sangue e de urina, além de medições da pressão arterial.

Chamado de Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), o levantamento faz parte do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis do Ministério da Saúde e tem como meta colher dados sobre hábitos de vida, como alimentação, uso de bebidas alcoólicas, tabagismo, prática de atividades físicas e outros fatores associados a comportamentos pouco saudáveis da população.

Segundo o ministério, as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis atualmente por 72% das mortes no Brasil. Com as informações coletadas na PNS, será possível estabelecer um plano de ações que visarão o combate dessas doenças.

Ainda de acordo com o ministério, é previsto que os questionários de levantamento de dados cheguem a 80 mil residências a fim de estimar a cobertura de exames preventivos de câncer de mama e de colo do útero, assim como investigar a atenção que é dada a doentes diagnosticados com doenças como hipertensão, depressão e diabetes.

Por fim, a PNS propõe também incluir o acesso a medicamentos, exames complementares de diagnóstico e cuidados especiais, além de delinear um perfil lipídico da população e dimensionar o acesso ao diagnóstico de problemas crônicos.

 

Fonte: Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na última semana um alerta sobre gravidez na adolescência. Segundo dados da organização, em todo o mundo, uma em cada cinco jovens e adolescentes dão à luz antes dos 18 anos. Em regiões mais pobres, a proporção chega a uma em cada três, o que deve exigir mais empenho das autoridades na prevenção.

Os dados da OMS indicam que, anualmente, cerca de 16 milhões de adolescentes dão à luz. Desses nascimentos, o número de mortes entre grávidas de 15 a 19 anos que não resistem às complicações decorrentes do pós-parto é bastante elevado, seja pelo alto número de abortos ilegais (3 milhões), seja por outros fatores. Além disso, é alta a mortalidade de bebês, que chega a pelo menos metade do total de nascimentos.

Segundo a entidade, a tradição de alguns povos de casar crianças e adolescentes gera o aumento da violência e do abuso sexual, elevando inclusive os riscos de infecção pelo vírus HIV. Em relação a trabalho e educação, a OMS alerta também que meninas que casam mais cedo têm menos acesso à escola e perspectiva de emprego.

No ano de 2011, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou medida que incentiva os países a implantar medidas a fim de melhorar a saúde de adolescentes e jovens em todo o mundo. De acordo com a OMS, tais resoluções têm como objetivo reduzir a quantidade de casamentos antes dos 18 anos, diminuir as gestações na adolescência e incentivar o uso de contraceptivos.

Para ver informações mais detalhadas do estudo da organização, acesse a página da OMS na internet: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs364/en/index.html

No mês de julho, o caso de um bombeiro tcheco de 37 anos chamado Jakub Halik ficou conhecido mundialmente. Na ocasião, o homem ficou conhecido como o primeiro a sobreviver por quatro meses na ausência de um coração humano, substituído por duas bombas cardíacas.

Após sobreviver por mais dois meses, somando ao todo 194 dias, Halik morreu no último domingo (14), vítima de complicações hepáticas e renais, segundo informou o Instituto de Medicina Clínica e Experimental de Praga nesta quarta-feira (17).

Vítima de um tumor maligno no coração, Jakub teve o seu coração extirpado para dar lugar a duas bombas sem válvulas cardíacas, uma responsável por enviar o sangue para os pulmões e outra pela aorta. De acordo com o cardiologista responsável pela cirurgia, Dr. Jan Pirk, não era possível realizar um transplante na ocasião.

Porém, nos últimos meses, o panorama havia mudado. Após ficar comprovado que não havia metástases ou sequelas do sarcoma espinocelular que comprometera o seu coração, Jakub estava na fila de espera para receber um transplante de coração, o que acabou não ocorrendo devido a uma piora recente no estado dos rins e do fígado.

 

Com informações da Agência EFE

Publicidade