A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na última semana um alerta sobre gravidez na adolescência. Segundo dados da organização, em todo o mundo, uma em cada cinco jovens e adolescentes dão à luz antes dos 18 anos. Em regiões mais pobres, a proporção chega a uma em cada três, o que deve exigir mais empenho das autoridades na prevenção.
Os dados da OMS indicam que, anualmente, cerca de 16 milhões de adolescentes dão à luz. Desses nascimentos, o número de mortes entre grávidas de 15 a 19 anos que não resistem às complicações decorrentes do pós-parto é bastante elevado, seja pelo alto número de abortos ilegais (3 milhões), seja por outros fatores. Além disso, é alta a mortalidade de bebês, que chega a pelo menos metade do total de nascimentos.
Segundo a entidade, a tradição de alguns povos de casar crianças e adolescentes gera o aumento da violência e do abuso sexual, elevando inclusive os riscos de infecção pelo vírus HIV. Em relação a trabalho e educação, a OMS alerta também que meninas que casam mais cedo têm menos acesso à escola e perspectiva de emprego.
No ano de 2011, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou medida que incentiva os países a implantar medidas a fim de melhorar a saúde de adolescentes e jovens em todo o mundo. De acordo com a OMS, tais resoluções têm como objetivo reduzir a quantidade de casamentos antes dos 18 anos, diminuir as gestações na adolescência e incentivar o uso de contraceptivos.
Para ver informações mais detalhadas do estudo da organização, acesse a página da OMS na internet: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs364/en/index.html