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Os brasileiros têm comprometido uma maior faixa do orçamento familiar com gastos em saúde. A constatação pôde ser feita com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 – Perfil das Despesas do Brasil, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o estudo, o gasto da população brasileira com saúde no período entre 2002 e 2003 foi de 7% do total do orçamento familiar. Na última pesquisa, que levou em consideração os anos de 2008 e 2009, o aumento foi de 0,2 ponto percentual, passando para 7,2% do total do orçamento.
O principal responsável pelo aumento das despesas com saúde é o gasto com remédios, que de acordo com os dados do IBGE representa 48,6%. Os gastos com planos de saúde também representam uma boa parcela do orçamento, com 29,8%, assim como outras despesas como tratamento dentário, consultas médicas e hospitalização, com menos de 5% cada um.
Na última pesquisa, o IBGE verificou ainda que há uma diferença nos gastos com saúde de acordo com a faixa de renda da população. Enquanto a população com maior renda teve gasto de 33,6% com remédios em relação ao orçamento total, o número aumentou para 74,2% nas populações de menor renda.
"A gente vê que os remédios tiveram maior peso para as famílias com os menores rendimentos. Por outro lado, as despesas com planos de saúde são muito maiores para as famílias de maior rendimento", concluiu José Mauro Freitas, pesquisador do IBGE.
Realizada de cinco em cinco anos, a Pesquisa de Orçamentos Familiares estuda a composição orçamentária das famílias brasileiras, levando em conta os seus hábitos de consumo, distribuição de rendimentos e alocação de gastos.
Fonte: Agência Brasil
Você já ouviu falar em "efeito placebo"? A famosa sensação de cura que é notada após a ingestão de falsos medicamentos administrados como se fossem verdadeiros tem sido estudada por uma pesquisa da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha.
De acordo com o estudo, desenvolvido pelo biólogo Peter Trimmer, existem evidências que mostram que o "efeito placebo" acontece devido a uma espécie de "interruptor", fruto da evolução e presente no sistema imunológico dos seres humanos.
Para verificar tal processo, o trabalho britânico levou em consideração um experimento com um hamster siberiano, animal conhecido por apresentar respostas imunológicas a infecções maiores durante o verão e menores no inverno. Porém, as observações começaram apenas após Trimmer e sua equipe verificarem que outros animais também apresentavam resposta similar à do "efeito placebo".
Segundo o estudioso, o sistema imunológico exige muitas forças do nosso corpo para combater o que está de errado. Quando o esforço é grande, em casos de infecções letais, tanto animais como homens perdem boa parte de suas reservas, o que coloca em risco a vida deles. No entanto, quando a infecção não é letal, o melhor a se fazer é aguardar por um sinal de que não é necessário lutar contra a doença.
Trimmer completa que esse sinal pode ser um placebo – uma iluminação artificial, no caso dos hamsters, ou um medicamento falso, no caso dos seres humanos. De acordo com ele, o trabalho revelou que, em ambientes desfavoráveis, os animais viviam mais e se reproduziam melhor quando suportavam as infecções sem induções imunológicas. Por outro lado, em ambientes menos hostis, ficou mais fácil estimular as respostas imunológicas e a recuperação de um quadro estável.
No caso dos seres humanos, assim como em animais como os hamsters, o processo é semelhante. "Se a pessoa quebra o pé, normalmente coloca todo o esforço no sistema imunológico para se curar rapidamente. No entanto, se está sendo perseguida por um predador, é melhor não concentrar seus esforços na cura, e sim na fuga", ilustrou Trimmer.
Fonte: BBC Brasil
O Senado brasileiro aprovou hoje (12) proposta de lei que prevê a oferta gratuita da vacina HPV (vírus do papiloma humano) na rede pública de saúde a garotas da faixa de idade que compreende os 9 e 13 anos. Aprovado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o projeto vai agora para votação na Câmara de Deputados.
Além de garantir a oferta gratuita da vacina, o projeto de autoria de Vanessa Grazziotin (PC do B) estabelece que as mulheres beneficiadas tenham o direito de receber, dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), orientações sobre as doenças causas pelo vírus. Enquanto isso, os hospitais e postos de saúde da rede pública devem garantir o atendimento complementar sempre que necessário.
A proposta aprovada hoje lista ainda os direitos da mulher durante o atendimento de prevenção do colo de útero, que assim como o câncer de vulva, vagina, ânus, entre outros, está relacionado ao vírus HPV.
Cuidadores de idosos terão profissão regulamentada
A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou também nesta quarta-feira o projeto de lei que prevê a regulamentação profissional do cuidador de idoso. De acordo com o texto do projeto, o cuidador é um profissional que desempenha funções de acompanhamento e assistência exclusivamente à pessoa idosa, cabendo a ele prestar apoio emocional na convivência do idoso.
Além disso, a proposta estabelece ainda que o cuidador prestará serviço na casa do assistido, desempenhando funções e auxílio na realização de rotinas de higiene pessoal, ambiental e nutrição, assim como auxiliar o idoso em cuidados de saúde preventivos, administração de medicamentos, entre outros procedimentos.
Para que a profissão possa ser exercida, o texto prevê algumas exigências. O profissional deve ter mais do que 18 anos, ensino fundamental completo e curso de cuidador de idoso em instituições de ensino reconhecidas por órgão público federal, estadual ou municipal.
Fonte: Agência Brasil
Você já deve ter ouvido falar sobre os benefícios do óleo de coco para o emagrecimento. O que talvez você não saiba é que esse produto, rico em triglicerídeos de cadeia média (TCM), também pode ter um efeito benéfico no combate às cáries.
Uma pesquisa científica apresentada durante esta semana pelo Instituto Athlone de Tecnologia de Dublin, na Irlanda, verificou a ação do óleo de coco na evolução da bactéria Streptococcus, uma das principais responsáveis pelo surgimento das cáries.
Após o tratamento com enzimas, o produto impediu a evolução da bactéria, contribuindo para o combate deste problema que afeta atualmente de 60 a 90% das crianças de países industrializados.
Além de trazer benefícios no combate das cáries, verificou-se também a eficiência do óleo de coco no combate de outro problema bastante recorrente na saúde bucal: as aftas.
Em uma palestra na Conferência da Sociedade de Microbiologia, o produto foi comparado a outros óleos como o de oliva e o vegetal, mas somente ele conseguiu conter o avanço da bactéria que é encontrada na região bucal e responsável pela formação das aftas.
De acordo com o pesquisador do instituto irlandês, Damien Brady, o óleo de coco pode ser uma boa alternativa ao uso de aditivos químicos. "Com o aumento da resistência bacteriana, é importante que nós voltemos a nossa atenção para o combate a infecções de micro-organismos", analisou.
Após as descobertas, os pesquisadores do Instituto Athlone agora estudam formas de controlar a evolução da bactéria no intestino delgado. Assim, será possível saber se há também uma relação benéfica do produto com a saúde do sistema digestivo.
Fonte: BBC Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciou na última sexta-feira (7) uma consulta pública para atualizar regras de registro de cosméticos, perfumes e produtos de higiene destinados às crianças. O novo regulamento deve substituir a legislação vigente, a RDC nº 38/2001.
De acordo com a Anvisa, a proposta aborda critérios como faixa etária, formulação, testes de segurança e advertências de rotulagens, estabelecendo assim o que deve ser analisado antes da aprovação do registro de cosméticos voltados para o público infantil.
Uma das novidades das regras para esse tipo de produto será a definição da faixa etária, que irá de zero a 12 anos. Já as categorias de produtos também passarão a incluir novos produtos como sombras e desodorantes, que não deverão possuir substâncias antitranspirantes e trarão restrição acima de três anos, no caso das sombras.
Em entrevista ao Idmed, a farmacêutica bioquímica e cosmetóloga Joyce Rodrigues alertou sobre como os pais devem estar atentos à composição química das maquiagens, entre outros produtos cosméticos voltados para a criança. "Escolha somente itens fabricados por empresas idôneas e reconhecidas. Não caia na tentação de comprar brinquedinhos que pintam o rosto sem saber a procedência do produto. Verifique se a fórmula é dermatologicamente testada e direcionada especialmente para crianças", recomendou.
Para evitar que as crianças tenham a pele agredida por substâncias inadequadas para a sua idade, a nova proposta da Anvisa fala ainda sobre dizeres de rotulagem, que deverão ser específicos para cada tipo de produto. Além disso, a proposta define que figuras, imagens e desenhos contidos nas embalagens não deverão induzir a utilização por crianças de idade inferior à indicada.
Como participar
O FormSUS, do Ministério da Saúde, foi o sistema eletrônico escolhido pela Anvisa para o desenvolvimento e administração da consulta pública sobre cosméticos infantis. Para participar com sugestões, o internauta deve acessar o seguinte endereço:
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=9249
Fonte: Anvisa