Um levantamento realizado pelo Ambulatório de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese, unidade da Secretaria de Estado da Saúde referência nacional em cardiologia, salientou a importância dos cuidados com a alimentação também na infância. Segundo o estudo, feito com 100 crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, cerca de 30% das crianças com histórico familiar de cardiopatias têm colesterol total elevado.
O estudo também mostrou que, do total, 8% dos entrevistados apresentavam uma quantidade de LDL, que é o "colesterol ruim", aumentado, enquanto 45% apresentavam uma quantidade de HDL, que é o colesterol bom, abaixo do necessário.
Além dos níveis de colesterol elevados, 40% das crianças avaliadas eram sedentárias e 87% ingeriam quantidade excessiva de gorduras.
Segundo Cristiane Kovacs, nutricionista do hospital estadual Dante Pazzanese, o aumento do colesterol ruim e a diminuição do bom é uma das causas de doenças cardiovasculares, por isso a importância de uma alimentação adequada também na infância. "A adoção de hábitos saudáveis na infância, com alimentação balanceada e prática de atividade física, pode ser o caminho para a prevenção e o controle de problemas de saúde no futuro. Isso porque hábitos inadequados adquiridos ao longo da vida são muito mais difíceis de serem modificados na fase adulta", alerta Cristiane.