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A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão do governo formado por integrantes de diferentes ministérios, incluindo o da Saúde, autorizou na segunda-feira (12) o reajuste de até 5,85% no preço dos medicamentos. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.

O reajuste, que poderá ocorrer a partir do dia 30 de março, leva em conta alguns fatores, como as expectativas de inflação, de ganhos de produtividade das indústrias farmacêuticas e o preço dos insumos para a produção dos remédios. Para a inflação, será levado em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulado entre março de 2011 e fevereiro de 2012.

De acordo com o Ministério da Saúde, 8.840 dos 22.622 medicamentos do mercado não sofrerão reajustes e manterão os seus preços inalterados. Por outro lado, os remédios que sofrerem alterações serão divididos em três faixas, que irão variar de acordo com o nível de participação de genéricos na concorrência.

Os medicamentos com maior participação dos genéricos, ou seja, 20% ou mais do faturamento (aproximadamente 12.499 remédios), são classificados no primeiro nível e têm reajuste autorizado de até 5,85%. Em um segundo nível, com faturamento entre 15% e 20% de genéricos (1.283 medicamentos), o reajuste autorizado é de 2,8%.

Para medicamentos com modesta participação dos genéricos (abaixo de 15%), a câmara determinou que as empresas devem reduzir os preços em até 0,25%. Essa categoria representa aproximadamente 8.840 remédios, que não sofrem reajuste negativo desde 2003, de acordo com o Ministério da Saúde.

No caso de remédios com preços não regulados pela CMED, como os fitoterápicos, homeopáticos e aqueles cuja prescrição não é obrigatória, não haverá reajuste. Já aqueles que não têm como escapar, entre os mais conhecidos estão alguns antiulcerosos, antifúngicos dermatológicos, anti-infecciosos e antiespasmódicos.

 

Fonte: Agência Brasil

Um levantamento feito por cientistas israelenses e chineses afirma que um exame de hálito simples e rápido pode diagnosticar um câncer de estômago.

No estudo foram avaliados 130 pacientes e os pesquisadores descobriram que o exame tinha 90% de precisão no diagnóstico e na diferenciação do câncer de outros problemas do estômago. Das pessoas que participaram no estudo, 37 tinham câncer de estômago, 32 tinham úlceras e 61 apresentavam outros problemas de estômago.

O novo teste tenta detectar perfis químicos no hálito que são característicos de pacientes com câncer no estômago.

A revista especializada British Journal of Cancer afirmou que o exame pode revolucionar e acelerar a forma como o câncer é diagnosticado.

Atualmente, o diagnóstico da doença pode ser feito por meio de uma endoscopia.

Kits e cães

Os cientistas descobriram que o câncer no estômago possui uma característica específica: compostos orgânicos voláteis, que emitem um cheiro e podem ser detectados usando um kit médico ou talvez até cães farejadores.

A técnica usada no exame não é nova, muitos pesquisadores estão trabalhando na possibilidade de exames de hálito para diagnosticar vários tipos de câncer, incluindo o de pulmão.

O trabalho do professor Hossam Haick, do Instituto de Tecnologia de Israel, além de assegurar, com precisão, a diferença entre todos os problemas em 90% das vezes, também conseguiu apontar em quais casos o câncer estava nos estágios iniciais e em quais estava em fases mais avançadas.

Agora, as equipes israelense e chinesa estão fazendo um estudo maior, envolvendo mais pacientes, para corroborar os resultados dos primeiros testes.

Para Kate Law, diretora de pesquisa clínica da ONG britânica Cancer Research UK, os resultados da pesquisa são "promissores".

"Apenas uma em cada cinco pessoas consegue uma cirurgia como parte do tratamento, pois a maioria dos casos de câncer no estômago são diagnosticados em fases que são avançadas demais para uma cirurgia", afirmou.

"Qualquer exame que ajude a diagnosticar cânceres de estômago mais cedo vai fazer diferença na sobrevivência de longo prazo do paciente", acrescentou.

 

Fonte: BBC

No Brasil, a doação de sangue e de órgãos é um hábito que deveria ser muito mais disseminado, mas que ainda conta com alguns colaboradores. No entanto, outro tipo de doação sofre ainda mais com o preconceito das pessoas e com a falta de estrutura para recepção de materiais. Estamos falando dos bancos de pele.

Atualmente, o país conta com apenas seis bancos de pele distribuídos em todo o seu território, um número considerado bastante baixo perto da demanda. Já o número de unidades é de apenas três: Brasília, São Paulo e Recife.

"Vejo com muito bons olhos toda e qualquer iniciativa que faça com que a cidade passe a ter também um banco de pele", comentou o médico responsável técnico pelo banco de pele do Recife, Marcelo Borges, sobre uma possível expansão para a cidade do Rio de Janeiro.

Segundo o especialista, existe hoje uma grande dificuldade na captação de pele após o óbito do doador, especialmente por uma questão cultural, já que parte da sociedade considera a retirada de pele uma mutilação do corpo, o que não é verdade.

Para fazer a retirada da pele sem que haja nenhum tipo de constrangimento, é utilizado um equipamento cirúrgico especial que tira lâminas muito finas, com espessura de no máximo um milímetro. Entre as áreas do corpo selecionadas, estão a região das costas, coxas anteriores e posteriores e pernas posteriores, pois são áreas menos visíveis nos doadores.

 

Critérios de doação

A captação de pele segue um protocolo semelhante ao dos bancos de sangue e é regida por lei federal. De acordo com a chefe do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Municipal Souza Aguiar do Rio de Janeiro, Maria Cristina Serra, para que haja captação é necessário que ela seja feita em crianças acima de 10 anos e adultos até 60 anos, já que acima dessa faixa etária não há elasticidade necessária.

Outro critério importante adotado pelos bancos de pele é a ausência de doenças contagiosas, como AIDS e hepatite. Além disso, a morte por infecção também anula qualquer tipo de doação, inclusive da pele, que é muito utilizada como uma espécie de "emplastro" para agilizar a cicatrização de queimaduras na pele.

 

Fonte: Agência Brasil

Os benefícios de uma boa noite de sono para a saúde são mais do que reconhecidos cientificamente. Para reforçar essa tese, uma nova pesquisa, desenvolvida na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, verificou que trabalhar à noite pode trazer mais riscos à saúde, como obesidade e doenças cardiovasculares.

De autoria da educadora física Elaine Cristina Marqueze, o estudo avaliou os horários de trabalho e tempo de duração do sono de motoristas de caminhão de uma empresa na cidade de São Paulo. Pelos resultados, o que se pôde constatar é que há grandes diferenças na saúde daqueles que dirigem durante o dia e daqueles que o fazem durante a noite.

Além de apresentarem níveis de colesterol mais elevados e alterações nos hormônios reguladores do apetite, os caminhoneiros do período noturno tiveram um Índice de Massa Corpórea (IMC) 2 quilogramas por metro quadrado acima daqueles que trabalham durante o dia. "Essa é uma diferença muito significativa, porque não estamos falando de peso absoluto, e sim de um índice calculado através de uma fórmula que relativiza peso e estatura", explica Elaine.

Ainda de acordo com a pesquisa, trabalhadores de períodos irregulares praticavam mais atividades físicas do que aqueles que trabalhavam durante o dia, um dado que a princípio pode parecer discordante com o que diz o estudo, mas na verdade apenas reforça a importância do sono para a nossa saúde.

"Somos seres de hábitos diurnos. Nosso organismo não é preparado para ficar acordado à noite e dormir durante o dia, já que de dia temos um sono fragmentado, com muitas interrupções e normalmente com uma menor duração", destaca a educadora física.

Outro dado importante a ser levado em consideração é a alimentação desses trabalhadores irregulares, que ocorre durante a noite. Neste período, a digestão dos alimentos é considerada reduzida, levando a um acúmulo de tecido adiposo, que funciona como depósito de reserva de gordura e produz um hormônio chamado leptina, que dá sensação de saciedade e regula o nosso apetite.

 

Fonte: Agência USP

Um levantamento feito pelo Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, chama a atenção para um tema que ainda é considerado tabu para muitas mulheres brasileiras: a falta de libido.

Divulgado na semana em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher (8), o estudo revelou que o problema é o responsável pelo maior número de queixas no Ambulatório de Sexualidade da Ginecologia do HC, chegando a 65%.

Por mês, o HC registra a entrada de 150 a 200 pacientes no ambulatório. Além das queixas quanto à libido, o levantamento verificou que 23% das mulheres procuram o local para reclamar da ausência de orgasmo (anorgasmia), enquanto 13% delas sofrem com a contração involuntária dos músculos próximos à vagina, também chamada de vaginismo.

"São mulheres que procuram a clínica em busca de um medicamento, uma fórmula mágica para o problema, cuja prevalência independe da idade e do extrato social", explica a sexóloga do Hospital das Clínicas, Elsa Gay.

 

O tratamento

Na grande maioria dos casos estudados no ambulatório, a falta de interesse pelo sexo está relacionada a fatores emocionais, sendo que o principal motivo apontado é a rotina monótona do casamento. Levando em conta esse fator, um dos tratamentos adotados é a terapia cognitivo-comportamental em grupo.

De acordo com a sexóloga, o tratamento leva aproximadamente oito semanas e busca fazer com que a mulher invista no relacionamento e trabalhe a sua sexualidade. A partir daí, a paciente começa a conhecer o seu corpo, além de comunicar-se e negociar com o seu parceiro sexual a fim de evitar o sexo apenas por obrigação. "A menopausa não é justificativa para a perda de libido", completa Elsa.

 

Fonte: Secretaria de Saúde de São Paulo

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