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O Ministério da Saúde lançou ontem (22) a campanha nacional de doação de leite materno, que neste ano ocorrerá em parceria com o Programa Ibero-Americano de Bancos de Leite Humano. Segundo a pasta, a expectativa é a de que, até maio de 2014, novas brasileiras se sensibilizem com a ideia.

Aproveitando a ocasião do lançamento da campanha, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou um reajuste dos valores que serão pagos na construção de cinco novas unidades de banco de leite, em reformas de unidades existentes e investimentos em procedimentos feitos. Os números poderão chegar a R$ 11,6 milhões.

"Estamos ampliando a rede de captação e aumentando em quatro vezes o volume de recursos para pagamento aos bancos de coleta para estimular que mais hospitais montem bancos de leite. Nosso objetivo é elevar as doações para dar mais segurança aos bebês que, por algum motivo, não podem tomar o leite de suas mães. Em geral, são bebês prematuros que estão na unidade de terapia intensiva ou [são bebês cuja] mãe tem algum problema e têm suas vidas salvas com esse ato de generosidade", declarou Padilha.

Ainda de acordo com o ministro, a expectativa com os novos investimentos é aumentar em até 15% o total de leite humano coletado por meio de doações, que em 2012 chegou a 166 mil litros e beneficiou 171 mil recém-nascidos. No ano passado, o número de mulheres que doaram leite não passou de 179 mil.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a doação de leite reduz as taxas de mortalidade neonatal, que têm caído constantemente na última década. De 2000 para cá, os números caíram de 26,6 mortes a cada mil nascimentos para 16,2 mortes a cada mil nascimentos em 2010, um valor que ainda não é considerado o ideal.

 

Como fazer para doar

A doação de leite materno, de acordo com o Ministério da Saúde, pode ser feita por toda mãe que amamenta. Antes de chegar ao destino final, porém, o leite passa por um processo de análise e pasteurização, além de ser submetido a um rigoroso controle de qualidade.

Se você, neste caso, for uma possível doadora, basta entrar em contato com o banco de leite mais próximo da sua cidade ou telefonar para o número 136, do Disque-Saúde. Vale lembrar que, no caso do Distrito Federal, há uma parceria com o Corpo de Bombeiros, que vai até a casa da doadora e recolhe o material.

 

Fonte: Agência Brasil

O joanete, uma espécie de calo na parte externa do pé, sempre esteve relacionado ao uso de calçados inadequados. Porém, uma pesquisa conduzida nos Estados Unidos revelou que o risco de desenvolver o problema pode estar relacionado a uma predisposição genética e que os sapatos seriam responsáveis apenas por piorar a situação.

Para chegar a essa conclusão, o Framingham Foot Study, onde foi feito o estudo, coletou dados de 1.370 adultos. A partir de uma análise de histórico familiar, os cientistas verificaram que os calçados apenas pioram o problema, mas na realidade não são seus causadores.

O principal indício do aparecimento do joanete ocorre quando o dedão "aponta" em direção aos outros dedos do pé, fazendo com que o osso denominado primeiro metatarso seja forçado para fora. Com essa mudança no formato, o indivíduo passa a ter sintomas, como inchaço e dor, que incomodam nas mais diferentes situações.

Segundo alguns responsáveis pela pesquisa, o fato de que as mulheres apresentam maior incidência da patologia fez com que muitos pensassem nos calçados como causadores, já que elas usam com frequência sapatos pouco confortáveis, como os de salto, por exemplo. Porém, as análises verificaram que eles apenas representaram um agravamento do problema.

"As novas descobertas destacam a importância de aprofundar o nosso entendimento do que causa uma maior susceptibilidade a essas condições podológicas, uma vez que o conhecimento dos motivos leva, em última análise, à profilaxia", afirma o responsável pelo estudo, Marian T. Hannan.

Apesar de a genética ser responsável pelo joanete, os especialistas ainda recomendam a importância de se usar sapatos confortáveis, tendo em vista que um uso inadequado pode piorar e muito o problema.

 

Fonte: BBC

A obesidade e o diabetes tipo 2 são dois dos problemas de saúde mais sérios atualmente em todo o mundo. No entanto, uma nova pesquisa realizada por cientistas belgas pode trazer novas esperanças para o tratamento das duas doenças.

Segundo pesquisadores da Universidade de Louvain, uma bactéria que vive no intestino humano, a Akkermansia muciniphila, pode ser a mais nova arma no combate do diabetes tipo 2. Testada em camundongos, a bactéria também contribuiu para a redução de peso por meio de um mecanismo que forra o intestino, alterando a absorção do alimento.

A Akkermansia muciniphila responde por até 5% de todas as bactérias que habitam o intestino humano. Porém, em casos de obesidade, seus níveis caem consideravelmente, o que prejudica muito os pacientes diagnosticados com as duas doenças.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores belgas alimentaram camundongos com dietas ricas em gordura, resultando em um ganho de peso dos roedores. Posteriormente a esse processo, eles receberam doses da bactéria e rapidamente perderam até metade do peso adquirido, sem que para isso fosse necessária qualquer dieta específica, além de apresentarem uma menor resistência à insulina.

"Não conseguimos reverter a obesidade completamente, mas observamos uma grande queda nos níveis da massa de gordura. Esta é a primeira demonstração de que há uma relação entre uma espécie específica de bactéria e a aceleração do metabolismo", revelou um dos cientistas envolvidos com o estudo, o professor Patrice Cani.

 

Aplicação em seres humanos

Após os testes com camundongos, a expectativa agora é que análises semelhantes sejam feitas com seres humanos para evidenciar ou não a ação da bactéria na redução da obesidade e do diabetes tipo 2. Porém, antes que isso ocorra, especialistas afirmam que os resultados preliminares são animadores.

"Já tivemos vários estudos mostrando a relação entre bactéria e ganho de peso, mas esta é a primeira vez que uma intervenção funciona", revela Colin Hill, microbiologista da Universidade College Cork.

Apesar das respostas positivas ao uso da bactéria, o especialista ressalta que as pessoas não podem pensar que podem se alimentar mal e simplesmente ingerir doses da Akkermansia muciniphila, achando que a bactéria irá eliminar todos os efeitos calóricos dos outros alimentos.

 

Fonte: BBC

Embora muitos digam que cabelos brancos têm o seu charme, não são todos que gostam e, por isso, tratam logo de pintá-los assim que os fios brancos começam a aparecer.

Para essas pessoas, um anúncio de um grupo de cientistas ingleses pode ser interessante: eles afirmam ter descoberto uma forma de "curar" cabelos grisalhos ou brancos com um remédio.

Eles chegaram ao tratamento após descobrir, em 2009, a causa do aparecimento dos cabelos brancos – um processo de envelhecimento conhecido como "estresse oxidativo".

Conforme a pessoa envelhece, o cabelo acumula peróxido de hidrogênio (que em solução aquosa é conhecido comercialmente como água oxigenada), um descolorante que tira a cor natural do cabelo.

O tratamento descoberto pelos pesquisadores da Universidade de Bradford, na Grã-Bretanha, e da Universidade de Greifswald, na Alemanha, consegue remover esse peróxido de hidrogênio.

O estudo foi publicado na última edição da publicação especializada Faseb, da Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental.

Vitiligo

Os testes foram feitos em um grupo de pacientes com vitiligo, uma doença que provoca a descoloração da pele. O problema é caracterizado pelo surgimento de manchas esbranquiçadas por causa da falta da melanina, o pigmento natural da pele.

Os pesquisadores descobriram que a droga, chamada pseudocatalase modificada, é capaz de repigmentar a pele e os cílios de pacientes com vitiligo.

"Por gerações, vários remédios foram produzidos para tentar esconder os cabelos grisalhos, mas agora, pela primeira vez, um tratamento real foi desenvolvido para atacar a raiz do problema", comenta Gerald Weissmann, editor-chefe da Faseb.

Segundo ele, a descoberta é interessante não somente pela possibilidade de reverter o processo de embranquecimento dos cabelos, mas também pelo efeito nos pacientes com vitiligo.

"O desenvolvimento do tratamento efetivo para essa condição tem o potencial de melhorar radicalmente a vida de muitas pessoas", afirma.

 

Fonte: BBC

Os adeptos da medicina tradicional chinesa podem ter dificuldades para encontrar novos remédios e produtos. Isso ocorre porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abrirá, no início desta semana, uma consulta pública para avaliar novas condições para o seu uso ou até mesmo bani-los definitivamente.

Para realizar o estudo com os produtos da medicina chinesa, a Anvisa pedirá três anos para avaliá-los de acordo com as prescrições, efeitos terapêuticos, reações adversas e substâncias utilizadas. A partir daí, novas condições para os medicamentos poderão ser impostas ou então até a proibição do uso.

Atualmente, os medicamentos utilizados no tratamento da medicina tradicional chinesa não possuem registro pelo fato de não se enquadrarem em nenhuma das categorias definidas pela Anvisa: medicamentos, alimentos ou fitoterápicos. Segundo o órgão, a ideia é que, durante os três anos, também sejam trocadas informações com a vigilância sanitária chinesa enquanto as análises são feitas no Brasil.

Além de misturar substâncias de origem vegetal e mineral, alguns produtos e remédios da medicina chinesa utilizam componentes de origem animal, entre eles chifres e ossos de animais, o que causa polêmica para muitos especialistas, já que produtos desse tipo devem passar por rigoroso controle de qualidade antes de serem aprovados.

A consulta pública da Anvisa deve permanecer aberta pelo período de 90 dias e contará com a participação não apenas de setores especializados da sociedade, mas também de todos os cidadãos interessados. Para isso, basta acessar o site da Anvisa.

 

Fonte: Anvisa

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