Os adeptos da medicina tradicional chinesa podem ter dificuldades para encontrar novos remédios e produtos. Isso ocorre porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abrirá, no início desta semana, uma consulta pública para avaliar novas condições para o seu uso ou até mesmo bani-los definitivamente.

Para realizar o estudo com os produtos da medicina chinesa, a Anvisa pedirá três anos para avaliá-los de acordo com as prescrições, efeitos terapêuticos, reações adversas e substâncias utilizadas. A partir daí, novas condições para os medicamentos poderão ser impostas ou então até a proibição do uso.

Atualmente, os medicamentos utilizados no tratamento da medicina tradicional chinesa não possuem registro pelo fato de não se enquadrarem em nenhuma das categorias definidas pela Anvisa: medicamentos, alimentos ou fitoterápicos. Segundo o órgão, a ideia é que, durante os três anos, também sejam trocadas informações com a vigilância sanitária chinesa enquanto as análises são feitas no Brasil.

Além de misturar substâncias de origem vegetal e mineral, alguns produtos e remédios da medicina chinesa utilizam componentes de origem animal, entre eles chifres e ossos de animais, o que causa polêmica para muitos especialistas, já que produtos desse tipo devem passar por rigoroso controle de qualidade antes de serem aprovados.

A consulta pública da Anvisa deve permanecer aberta pelo período de 90 dias e contará com a participação não apenas de setores especializados da sociedade, mas também de todos os cidadãos interessados. Para isso, basta acessar o site da Anvisa.

 

Fonte: Anvisa

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