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Você consegue imaginar um futuro em que órgãos de laboratório são criados para lidar com a falta de doadores para transplantes? Essa parece ser uma realidade ainda distante, mas os primeiros caminhos já começam a aparecer. No Japão, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Yokohama foi capaz de criar pequenos fígados a partir de células-tronco, em uma descoberta classificada como "empolgante" para muitos especialistas.
A pesquisa japonesa, publicada recentemente na revista Nature, causou surpresa na comunidade científica e até mesmo nos próprios pesquisadores, que ficaram espantados ao notar a formação espontânea de brotos hepáticos, que são estágios mais iniciais do desenvolvimento do fígado.
Atualmente, alguns pacientes no mundo já possuem bexigas fabricadas com suas próprias células. No entanto, esta é a primeira vez em que há indícios da possibilidade de produzir um órgão mais denso como o fígado, que é bem mais difícil de ser criado.
Processo de produção
Para desenvolver o estudo, a equipe da universidade japonesa simulou os estágios iniciais do desenvolvimento do órgão, que são similares ao de um embrião. A partir daí, foram mesclados três tipos de célula: um material colhido a partir de um cordão umbilical e outras duas variedades de células-tronco.
De forma surpreendente, as células começaram a se auto-organizar e deram origem a brotos hepáticos, que foram transplantados em camundongos e passaram a funcionar como se fossem pequenos fígados. "E finalmente nós provamos que o transplante de brotos hepáticos pode oferecer potencial terapêutico contra a falência do fígado", explicou o professor Takanori Takebe, um dos responsáveis pelo estudo.
Segundo alguns dos pesquisadores envolvidos, outros órgãos do nosso corpo, como rins, pâncreas e pulmões, podem ser produzidos de forma semelhante. No entanto, ainda não há perspectiva em utilizar a técnica em um novo tratamento, já que ela ainda exige um aprimoramento maior.
Fonte: BBC
O programa Mais Médicos, anunciado na última segunda-feira (8) pelo governo federal, trará novidades para os alunos que cursam medicina no país. A partir de 2015, os graduandos terão que atuar por pelo menos dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para poder receber o diploma, o que implicará o aumento da duração do curso de 6 para 8 anos.
Válida tanto para as faculdades públicas como para as privadas, a medida prevê a entrada de até 20,5 mil médicos na atenção básica. "Esse aumento será sentido a partir de 2022, quando os médicos estarão formados", opina o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Os estudantes do curso de medicina que farão parte da mudança trabalharão na atenção básica e nos serviços de urgência e emergência da rede pública. Para isso, eles receberão uma remuneração do governo federal e uma autorização temporária para o exercício da medicina, além de manterem vínculo com a universidade. Enquanto isso, os profissionais que trabalharem na orientação dos novos médicos também receberão um complemento salarial.
Segundo os Ministérios da Saúde e da Educação, as instituições de ensino a que os alunos estão vinculados deverão fazer um acompanhamento e supervisão, sem cobrar mensalidades durante o período de estágio no SUS, já que há recursos federais no programa. Além disso, vale ressaltar que a autorização temporária será convertida posteriormente em inscrição no Conselho Federal de Medicina e que o estágio não acaba com o internato nos dois últimos anos do curso.
Abertura de novas vagas
Uma previsão conjunta dos Ministérios da Educação e da Saúde estipula um aumento superior a 10% no número de vagas nos cursos de Medicina até 2017. Com a criação do programa Mais Médicos, serão abertas 3.615 vagas em universidades públicas, além da previsão de 7.832 novas matrículas na rede privada de ensino.
Segundo o ministro da Educação, a ideia prevê também a descentralização dos cursos e mais opções de residência médica, que serão instalados em mais municípios. "Não basta abrir curso de medicina para fixar um médico em uma região que temos interesse para ter. É preciso residência médica, que é um fator decisivo para a fixação, além de políticas na área de saúde. Estados com maior oferta de residência médica têm uma concentração grande de médicos, como Rio de Janeiro e São Paulo", completa.
Fonte: Agência Brasil
Você alguma vez já ouviu falar em compulsão sexual? Caracterizado por episódios frenéticos de busca por sexo e por comportamentos impróprios e exagerados, esse sintoma foi estudado recentemente pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, que revelou uma nova descoberta: 72% dos pacientes com a compulsão possuem pelo menos uma comorbidade psiquiátrica associada, como transtornos de humor e ansiedade.
A primeira fase da pesquisa, publicada na revista científica Psychiatry Research, analisou um grupo de 86 homens diagnosticados com comportamento sexual compulsivo. Dentre eles, 57% eram héteros, 26% gays e 17% bissexuais, sendo que não foi observada nenhuma diferença entre os grupos no que diz respeito ao grau de compulsividade e à presença de comorbidades psiquiátricas.
"A maior parte dos pacientes, quando vêm buscar tratamento no IPq, apresentam alguma consequência negativa maior em suas vidas. Alguns chegam com dívidas, grande prejuízo financeiro, perderam um relacionamento afetivo importante ou contraíram alguma DST", relata o pesquisador do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP, Marco Scanavino.
Para realizar o estudo, o grupo de pesquisa estabeleceu alguns critérios, entre eles prática de sexo cada vez mais intensa e frequente para se obter a mesma satisfação que havia no início do quadro, sensação de mal-estar físico e/ou psicológico ao tentar reduzir ou evitar o sexo, ocupação do tempo com o sexo de outras formas (masturbação, por exemplo), fracasso ao tentar controlar o comportamento sexual, etc.
"Sintomas de ansiedade e de depressão, quando tratados, podem amenizar o descontrole sexual, para buscarmos um equilíbrio melhor", explica Marco.
Financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), o trabalho relatou a presença de indícios de outros tipos de sofrimento mental, como o suicídio, que correspondeu a 22% do total de participantes.
A partir de agora, a pesquisa entra em sua segunda fase, quando serão analisadas pessoas que não têm o diagnóstico de compulsão sexual. Elas passarão pelos mesmos procedimentos de avaliação e consultas pelos quais passaram os pacientes do primeiro grupo, mas para isso o HC espera contar com a colaboração de voluntários.
Os interessados em colaborar com a pesquisa podem entrar em contato por inscrição pelo e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo., pelo telefone: 9-9922-2198 ou pelo site: http://www.compulsaosexual.com.br/
A diabetes é uma doença crônica e sem cura e, de acordo com um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mata uma pessoa a cada hora no estado, vítima das complicações da doença.
A diabetes é causada pela falta ou falha de produção da quantidade suficiente de insulina que o corpo precisa pelo pâncreas. Isso provoca um aumento dos níveis de açúcar ou de glicose no sangue.
Ela é uma doença silenciosa, com sintomas que muitas vezes passam despercebidos, como sendo sintomas comuns no dia a dia. Por isso, é importante que se fique atento a eles: cansaço extremo, perda de líquido, aumento de fome, sede e má circulação do sangue são alguns dos principais sintomas da doença. "Muitas pessoas vivem de três a cinco anos sem saber que possuem a doença", alerta Renata Faco Amoedo Coelho, endocrinologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) "Dr. Luiz Roberto Barradas Barata", unidade da Secretaria localizada no bairro de Heliópolis, zona sul da capital paulista.
A prevenção e o controle da diabetes são fundamentais para evitar suas complicações. Idade, histórico familiar, estresse, alimentação inadequada e sedentarismo também são fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Se não controlada, ela pode desencadear diversas complicações, como perda da visão e até mesmo alterações vasculares que podem levar à amputação, principalmente dos membros inferiores. Além disso, pessoas diabéticas são mais propensas a sofrerem ataques cardíacos e derrames.
O SUS fornece gratuitamente as insulinas para o controle da diabetes por meio das Unidades Básicas de Saúde municipais. Além do medicamento, é fundamental que o controle da diabetes alie atividade física, alimentação balanceada e acompanhamento médico regular.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (1) que irá incorporar a vacina contra o papilomavírus (HPV) ao seu calendário de vacinação. A partir do ano letivo de 2014, a imunização será oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a meninas de 10 e 11 anos de todo o Brasil e estará disponível em cerca de 5 mil postos, entre escolas públicas e particulares.
Segundo dados do ministério, estima-se que ocorram no país, em 2013, 17,5 mil novos casos de câncer de colo do útero, que tem como uma de suas principais causas o HPV. Por isso, no próximo ano, o governo estabeleceu como meta imunizar pelo menos 80% das mais de 3,3 milhões de pessoas que são consideradas parte do público-alvo.
Produzida pelo Instituto Butantan em parceria com um laboratório, a vacina contra o HPV será administrada em três doses e protegerá contra quatro subtipos da doença: 6, 11, 16 e 18. De acordo com alguns estudos, em 70% dos casos de câncer de colo do útero, há vestígio da presença dos subtipos 16 e 18, considerados os mais perigosos.
"Estamos oferecendo a melhor vacina que existe. Setenta e cinco por cento das vacinas usadas contra o HPV no mundo é essa que vamos aplicar. Essa é mais uma medida para enfrentarmos um problema de saúde pública, que é o câncer de colo do útero, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste e em áreas economicamente menos desenvolvidas em outras regiões do país", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Outras medidas de prevenção
Anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, são registrados, em média, 685,4 mil casos de HPV, enquanto o câncer de colo do útero mata por ano 4,8 mil mulheres em média. De janeiro a março deste ano, foram feitas 5,6 mil internações por câncer de colo do útero em todo o país, com um gasto total de R$ 7,6 milhões.
Para investir na prevenção, o ministério revelou ainda que os gastos previstos com investimentos para os próximos anos devem superar os R$ 382 milhões, em medidas que vão além da criação da vacina e que passam também pela orientação das meninas antes do início da atividade sexual.
"A vacina não elimina a necessidade do uso de preservativo e da realização do exame papanicolau. Mesmo protegendo contra a maior proporção dos cânceres, não protege 100%. Essas meninas estarão mais protegidas, mas continuarão realizando o rastreamento [do vírus] com o exame preventivo", ressaltou Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Fonte: Agência Brasil