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Uma parceria entre um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e o professor Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia (EUA), promete trazer novas perspectivas para a compreensão do autismo. O projeto, denominado "A Fada do Dente", tem utilizado dentes de leite de crianças diagnosticadas com a doença para identificar diferenças biológicas existentes nesses pacientes, analisar o funcionamento e testar medicamentos.

Para realizar os estudos, os pesquisadores utilizam células da polpa dos dentes para transformá-las em células-tronco diferenciadas em neurônios, usando uma técnica semelhante à utilizada pelo ganhador do Prêmio Nobel de Medicina no ano passado, o japonês Shinya Yamanaka.

"O foco do estudo é procurar entender o que acontece dentro do cérebro do paciente com autismo", afirmou a coordenadora da pesquisa no país, a bióloga e professora Patrícia Braga. Segundo ela, para isso, seria necessário acessar células que estão dentro do cérebro dos autistas, o que exigiu a utilização de um modelo análogo criado pelo cientista japonês.

O método em questão baseia-se na reprogramação de uma célula já adulta e transformá-la em uma célula-tronco semelhante à embrionária. Nesse caso, as células adultas entram em processo de rejuvenescimento até a fase que corresponde a seis ou sete dias após a fecundação do óvulo. "A partir deste momento, pegam-se essas células e se produzem os neurônios, já que essas células embrionárias têm a capacidade de virar qualquer tecido ou órgão do corpo", explica Patrícia.

Ainda de acordo com a cientista, a escolha pelas células da polpa do dente de leite se deu pela sua facilidade de obtenção. Além disso, há outros benefícios, como a rapidez do procedimento e a semelhança entre a origem embrionária das células do dente e do sistema nervoso.

 

Projeto recebe colaborações

Os pais que têm filhos diagnosticados com autismo e que gostariam de ajudar no projeto podem entrar em contato com os pesquisadores pelo e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. A partir daí, para a coleta dos dentes, são enviados kits que consistem em um frasco com um líquido para preservar as células, gelo reciclável e uma caixa de isopor para mantê-las vivas.

Os pesquisadores ressaltam ainda a importância da coleta do dente assim que eles caiam. Caso isso ocorra e o kit não esteja por perto, é necessário colocá-lo dentro de um copo com água filtrada e deixá-lo na geladeira para que a polpa não seque e as células não morram. O único gasto dos pais é com as despesas para o envio do kit pelos Correios.

 

Fonte: Agência Brasil

Uma notícia vinda da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e do Laboratório Terry Fox da Agência para o Câncer em Vancouver, no Canadá, pode trazer esperanças: eles acreditam ter encontrado a origem do câncer de mama.

Os pesquisadores David Gilley e Connie Eaves explicam, em estudo publicado na revista especializada Stem Cell Reports, que descobriram que todas as mulheres – propensas ou não a desenvolver câncer de mama – têm uma classe particular de células-mãe com telômeros (estruturas que formam as extremidades do cromossomo) extremamente curtos. Eles então se deram conta de que esses cromossomos, com as extremidades tão pequenas, fazem com que as células fiquem mais propensas a sofrer mutações que podem desenvolver o câncer.

A investigação foi feita com mulheres sem a doença, que doaram seus tecidos após terem se submetido a uma operação de redução de seios por razões estéticas. "O que procurávamos eram possíveis vulnerabilidades em células normais que fizeram com que se tornassem malignas", explicou Gilley à BBC Mundo.

Prevenção

Os pesquisadores explicam que as células-mãe se dividem em células chamadas de diferenciadas ou finais, que, por sua vez, formam o ducto mamário. E é justamente nessas células que se origina o câncer de mama, segundo os especialistas.

Eles observaram que, quando os telômeros dessas células finais perdem sua função – que é a de manter a estrutura do cromossomo, evitando que suas extremidades se juntem ou combinem com os outros –, pode ocorrer "um verdadeiro caos" no ciclo celular que se segue.

"Apesar de todas as mulheres terem células com telômeros bem curtos, nem todas desenvolvem câncer de mama. Em alguns casos, porém, a multiplicação dessas células pode funcionar mal e produzir uma célula maligna", explica Gilley.

Para os especialistas, o estudo lhes permite entender o que está por trás do início do câncer de mama e estabelecer marcadores que sirvam de parâmetros para exames a partir de amostras de tecidos e sangue, e poder monitorar todas as mulheres, especialmente as que têm alto risco de desenvolver o câncer.

"O que tentamos fazer foi olhar o câncer de uma forma distinta, focando-nos em como começa", explica Gilley.

"Porque, uma vez que o tumor se desenvolve, particularmente em alguns tipos de câncer de mama, não há muito o que se pode fazer."

 

 

Fonte: BBC

Começa no sábado, dia 08, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 95% dos 12,9 milhões de crianças entre 6 meses e menores de cinco anos de idade até o dia 21 de junho, data do término da campanha.

Para a campanha, estão sendo distribuídas 19,4 milhões de doses da vacina oral nos 115 mil postos abertos em todo o país para a vacinação.

No ano passado, foram vacinadas mais de 14 milhões de crianças, o que representou 99% do público-alvo. Desde 2012, o Brasil passou a realizar somente uma etapa exclusiva da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, no mês de junho. No ano passado, todas as crianças até cinco anos incompletos participavam da campanha.

ENTENDA A CAMPANHA - Neste ano, o público-alvo a ser vacinado na campanha é a partir dos 6 meses, com a vacina oral (VOP), as chamadas gotinhas. Isso porque as crianças menores de 6 meses já estão sendo vacinadas com a injetável (VIP) nos postos de vacinação.

É importante reforçar que os pais não esqueçam de levar a caderneta de vacinação dos filhos para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança. "Além da proteção contra a pólio, a campanha contribui para atualização do calendário de vacinação. Caso esteja faltando alguma vacina, os pais podem programar junto com o posto de saúde a melhor data para a criança tomar as doses que estão faltando", explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no lançamento da campanha, terça-feira, dia 04, em Brasília.

Confira abaixo o esquema sequencial para crianças que iniciam a vacinação contra a poliomielite

Idade Vacina
2 meses Vacina inativada poliomielite – VIP (injetável)
4 meses VIP
6 meses Vacina oral poliomielite (atenuada) – VOP (oral)
15 meses VOP (reforço)

De acordo com o cronograma, a criança recebe as duas primeiras doses – aos dois e aos quatro meses – do esquema com a vacina inativada poliomielite (a VIP), de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses) e o reforço (aos 15 meses) continuam com a vacina oral (a VOP).


Se a criança menor de cinco anos nunca tiver tomado nenhuma dose injetável, não tomará as gotinhas agora. Deverá iniciar o esquema vacinal com a injetável.
VACINA ORAL - Não existe tratamento para a poliomielite, somente a prevenção, por meio da vacinação. A vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus: 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Ela é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.


A vacina é segura e sem contraindicações, sendo raras as reações associadas a ela. Em alguns casos, como, por exemplo, em crianças com infecções agudas, com febre acima de 38°C ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, recomenda-se que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina deve ser aplicada.

A DOENÇA - A poliomielite é uma doença viral, causada por poliovírus e subdivide-se em três sorotipos (1, 2 e 3). É altamente contagiosa, e afeta principalmente crianças menores de 5 anos de idade. O vírus é transmitido através de alimentos e água contaminados e se multiplica no intestino, podendo invadir o sistema nervoso. Muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas da doença (febre, fadiga, cefaleia, vômitos, rigidez no pescoço e dores nos membros), mas excretam o vírus em suas fezes, portanto, podem transmitir a infecção para outras pessoas.
Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão. O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.

 

Fonte: Ministério da Saúde

O Senado brasileiro trouxe nesta terça-feira (4) uma boa notícia para os aposentados e pensionistas de todo o país: foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) um projeto que determina que os gastos com medicamentos desse público, tanto para uso próprio como para dependentes, poderão ser deduzidos da declaração do Imposto de Renda.

Segundo a proposta do Senado, o benefício pode ser concedido através da apresentação da nota fiscal e da receita médica por todos aqueles com renda mensal inferior a seis salários mínimos. Atualmente, o desconto é concedido apenas quando o medicamento é usado em ambiente hospitalar, mas não antes ou depois da internação.

De acordo com o senador e autor da proposta, Paulo Paim, a atual regra para dedução de medicamentos do Imposto de Renda é uma incoerência da legislação tributária, já que hoje há uma tendência de se privilegiar os tratamentos domiciliares, deixando a internação hospitalar apenas para os casos de maior gravidade.

Caso não haja recurso ao plenário do Senado, o projeto, que foi votado em caráter terminativo pela Comissão de Assuntos Econômicos, segue agora para a Câmara dos Deputados. Se aprovado nesta segunda instância, segue para sanção da Presidência da República.

 

Fonte: Agência Brasil

A chegada do clima frio e o maior número de casos de gripe têm aumentado a procura pela vacina contra a doença. Por essa razão, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo prorrogou mais uma vez a campanha de vacinação contra a gripe, desta vez até o dia 14 de junho.

Segundo balanço da pasta, do início da campanha até segunda-feira (3), foram imunizados 8,1 milhões de pessoas em todo o estado, sendo 356,7 mil gestantes e 1,9 milhão de doentes crônicos, que fazem parte do grupo de risco. Além disso, outros públicos-alvo vacinados foram idosos com 60 anos ou mais (4 milhões); crianças a partir dos seis meses e menores de dois anos de idade (808,1 mil); trabalhadores da saúde (883,8 mil); puérperas (80,8 mil)e indígenas (5,5 mil).

Ainda de acordo com a secretaria, crianças entre seis meses e dois anos de idade precisam receber duas doses da vacina, e a segunda deve ser aplicada 21 dias após a primeira. A medida é válida para crianças que participam pela primeira vez da campanha de vacinação ou que receberam apenas uma dose no ano passado.

 

Gripe influenza A

O crescimento do número de casos da gripe influenza A (H1N1) também tem aumentado a procura por imunização contra a doença. Por isso, além de prorrogar a campanha de vacinação contra a gripe, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo distribuiu cerca de 2 milhões de doses do antiviral Oseltamivir para os municípios paulistas.

Destinado aos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o abastecimento do medicamento poderá ser prescrito pelo médico responsável pelo atendimento nas unidades de saúde de cada município. Para que tenha o efeito desejado, o Oseltamivir deve ser prescrito até 48 horas depois do início dos sintomas da gripe aguda.

A distribuição do medicamento deve ocorrer nas versões adulta e infantil e será suficiente para prescrever 200 mil tratamentos contra a gripe influenza A. Para receber a dose, é preciso ir até o serviço de saúde mais próximo sempre que os sintomas se caracterizem por quadro de febre, tosse, dor de garganta e pelo menos mais um dos seguintes sintomas: dores musculares, na cabeça ou nas articulações.

 

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

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