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A presidenta da República Dilma Rousseff publicou na quinta-feira, 25, no Diário Oficial da União (DOU), nova lei que dispõe sobre a obrigatoriedade da cirurgia plástica reparadora da mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nos casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer (Lei nº 12.802).

Segundo o texto, quando houver condição técnica, a reconstrução será efetuada no mesmo momento em que for realizada a cirurgia para retirada do câncer.

No caso de impossibilidade de reconstrução imediata, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá garantida a realização da cirurgia imediatamente após alcançar as condições clínicas requeridas. A nova lei altera a de nº 9.797, em vigor desde 6 de maio de 1999.

ATENDIMENTO - Em 2012, foram realizadas pelo SUS 1.394 cirurgias reparadoras de mama, 50 a mais que no ano anterior. O valor investido nesses procedimentos, no período, somou R$ 1.158.937,91.

Nos últimos três anos, os gastos federais com assistência oncológica no país aumentaram 26%, passando de R$ 1,9 bilhão (em 2010) para R$ 2,4 bilhões (em 2012). Os valores aplicados na atenção oncológica englobam cirurgias, radioterapia e quimioterapia. Esse aumento de recursos serviu para ampliar e melhorar a assistência aos pacientes atendidos nos hospitais públicos e privados que compõem o SUS, sobretudo para os tipos de câncer mais frequentes, como o câncer de mama.

AÇÕES - Em 2011, o governo lançou o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, estratégia para expandir a assistência oncológica em todo o país. Até 2014, o Ministério da Saúde vai investir R$ 4,5 bilhões no plano. Ainda no primeiro semestre de 2013, o Ministério da Saúde terá implantado em todo o país um sistema de informação em câncer, que dará um mapa detalhado da necessidade de ampliação dos serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e câncer de colo do útero.

Também faz parte do Plano Nacional a expansão dos serviços de radioterapia no país, iniciativa que beneficia a população de 58 municípios, em 20 estados, nas cinco regiões do país. A medida aumentará em 32% a assistência aos pacientes com câncer, passando de 149 mil para 197 mil atendimentos por ano. Haverá investimento de R$ 505 milhões. Os recursos também serão aplicados em infraestrutura e na compra de 80 aceleradores lineares, que são equipamentos de alta tecnologia usados em radioterapia, além de outros acessórios.

 

 

Fonte: Ministério da Saúde

A Campanha Nacional de Vacinação, que deveria terminar hoje, será prorrogada até o dia 10 de maio. Devem se vacinar idosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a dois anos, indígenas, gestantes, mulheres no período após o parto, pessoas privadas de liberdade, profissionais de saúde, além daqueles que sofrem de doenças crônicas do pulmão, coração, fígado, rim, diabetes, imunossupressão e transplantados. "Isso é importante para que a população possa ter acesso e chegar ao inverno protegida", explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, que alertou, ainda, para que as pessoas não deixem para a última hora.

Até as 18 horas desta quarta-feira (24) foram imunizadas 14,9 milhões de pessoas, ou seja, 47,6% da meta do Ministério da Saúde de imunizar 31,3 milhões de pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, incluindo os doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade. A meta da campanha, que começou dia 15 de abril, é vacinar 80% do público-alvo.

PREVENÇÃO - O Ministério da Saúde ainda recomenda a adoção de medidas de higiene pessoal para evitar a contaminação por influenza. É importante higienizar as mãos com água e sabão, com frequência, principalmente depois de tossir ou espirrar; após usar o banheiro; antes de comer; antes de tocar os olhos, boca e nariz.

Também é recomendável que as pessoas evitem tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; usar lenço de papel descartável e proteger a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. O secretário do Ministério da Saúde explica ainda que é aconselhável ao doente não sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até sete dias após o início dos sintomas), para diminuir a chance de disseminação, e evitar aglomerações e ambientes fechados.

 

 

Fonte: Ministério da Saúde

Você sabia que beber uma quantidade de cerveja, por menor que seja, é suficiente para que se sinta vontade de beber ainda mais? É o que sugere um estudo realizado na Escola de Medicina da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos.

De acordo com a pesquisa, feita com 49 homens, o sabor da cerveja libera no cérebro um neurotransmissor chamado dopamina, responsável pela sensação de prazer no organismo. O que surpreende é que, para que isso ocorra, a quantidade de bebida necessária é tão mínima que não chega a causar os efeitos normais do álcool em uma pessoa.

Ainda segundo os resultados, divulgados na publicação científica Neuropsychopharmacology, foi encontrada também uma relação de histórico familiar de alcoolismo com uma maior sensação de prazer ao degustar a bebida.

 

Procedimentos do estudo

Para desenvolver as observações e análises, os pesquisadores americanos submeteram os participantes a uma tomografia computadorizada, enquanto pequenas quantidades (15 ml) de diferentes bebidas (água, isotônico esportivo e a cerveja preferida do participante) eram borrifadas em suas bocas por meio de sprays.

A partir das comparações das atividades cerebrais depois de ingerir as três bebidas, o que se pôde observar foi que houve maior liberação de dopamina no cérebro após o spray de cerveja. Além disso, após a ingestão da quantidade mínima, insuficiente para causar efeitos embriagantes, verificou-se ainda uma maior propensão aos homens participantes dizerem que queriam tomar mais.

"Nós acreditamos que este seja o primeiro experimento em humanos a mostrar que o gosto da bebida alcoólica por si só, sem nenhum efeito narcotizante do álcool, pode desencadear esta atividade de dopamina nos centros de recompensa do cérebro", analisa um dos pesquisadores envolvidos, David Kareken.

Ainda de acordo com Kareken, a presença de efeitos mais significativos em homens com histórico familiar de alcoolismo pode ser considerada um grande fator de risco para a doença no país e no resto do mundo.

 

Fonte: BBC

O Ministério da Saúde anunciou que, por meio de parceria do laboratório público Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com outra empresa brasileira, promoverá a retomada da produção de insulina no país. Este é um medicamento primordial no tratamento da diabetes.

A previsão de investimento é de R$ 430 milhões nos próximos cinco anos – R$ 80 milhões do Ministério da Saúde e Fiocruz, e o restante via financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A produção nacional de insulina – interrompida em 2001 – representa não apenas avanço na assistência, mas também confere ao Brasil autonomia e reduz a vulnerabilidade do país frente a potenciais crises internacionais de produção. "Hoje, política industrial tem de competir no mercado global com preço, prazo e qualidade. Não é admissível que o Brasil faça substituição de importação. Este é um passo importante: unir área industrial, ciência e tecnologia e educação para aumentar a produtividade", acrescentou a presidenta da República, Dilma Rousseff.

Com a retomada da produção, o Brasil volta a fazer parte do seleto grupo de grandes produtores de insulina, ao lado da França, Dinamarca e Estados Unidos. "A retomada só se tornou viável porque o programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde, criou um mercado que sustenta a produção. Aumentou cinco vezes o número de pessoas com acesso a medicamentos de graça. Subiu de 15 mil para 25 mil o número de farmácias que ofertam esses medicamentos", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. "Mercado garantido no Brasil, podendo ousar no mercado global."

ASSISTÊNCIA - Segundo dados do Ministério da Saúde, o país tem hoje cerca de 10 milhões de diabéticos. Desses, 1,1 milhão utilizam a insulina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2012, o consumo médio de medicamentos antidiabéticos pela rede pública de saúde foi de cerca de 15 milhões de frascos NPH e cerca de 1,7 milhão de frascos de insulina – 1,2 milhão de frascos do tipo NPH e 145 mil frascos da regular. A Biomm produzirá 50% da insulina distribuída no SUS.

O Ministério da Saúde ampliou o acesso dos diabéticos aos medicamentos para diabetes por meio do Saúde Não Tem Preço – ação lançada em 2011 pelo governo federal –, que tornou gratuitos os medicamentos para diabetes, além de hipertensão e asma, nas farmácias credenciadas ao programa Farmácia Popular.

Em pouco mais de dois anos, o número de diabéticos atendidos pelo Saúde Não Tem Preço passou de 306 mil (em janeiro de 2011) para 1,5 milhão (em março de 2013). O programa também contribuiu para reduzir as internações por diabetes. Em 2012, houve 6,6 mil menos pacientes internados do que em 2010 – queda de 148,6 mil para 142 mil.

 

Fonte: Ministério da Saúde

Cientistas do Hospital Geral de Massachussetts desenvolveram um rim em laboratório, que foi transplantado para animais, onde começou a produzir urina.

A técnica, apresentada na publicação Nature Medicine, resulta em rins menos eficazes do que os naturais, mas mesmo assim os pesquisadores de medicina regenerativa afirmam que ela representa uma enorme promessa. Técnicas semelhantes para desenvolver partes do corpo mais simples já tinham sido utilizadas antes, mas o rim é um dos órgãos mais complicados de ser desenvolvido.

A função dos rins é filtrar o sangue para remover resíduos e excesso de água. Eles também são o órgão com o maior número de pacientes na fila de espera de transplantes.

A nova técnica utilizada pelos cientistas consiste em usar um rim velho, retirar todas as suas células antigas e deixar apenas uma espécie de esqueleto, uma estrutura básica, que funcione como uma espécie de armação. A partir daí, o rim seria então reconstruído com células retiradas do paciente, o que teria duas vantagens sobre os transplantes de rim feitos hoje em dia.

Como o novo tecido será formado com células do paciente, não será necessário o uso de drogas antirrejeição, que evitam que o sistema imunológico bloqueie o funcionamento do órgão "estranho" ao corpo.

Seria possível também aumentar consideravelmente o número de órgãos disponíveis para transplante. A maioria dos órgãos usados atualmente acaba rejeitada.

Teia de células

Os pesquisadores usaram nessa pesquisa um rim de rato e aplicaram um detergente para retirar as células velhas. A teia de células restante, formada por proteínas, tem a forma do rim, e inclui uma intrincada rede de vasos sanguíneos e tubos de drenagem.

Esses tubos bombearam as células adequadas para a parte interna do rim, onde se juntaram com a "armação" para reconstruir o órgão.

O órgão reconstituído foi mantido em um forno especial por 12 dias para imitar as condições no corpo de um rato.

Quando os rins foram testados em laboratório, a produção de urina chegou a 23% das estruturas naturais. Logo após, o rim foi transplantado para um rato e a eficácia caiu para 5%. No entanto, o pesquisador principal, Harald Ott, disse à BBC que a restauração de uma pequena fração da função normal já pode ser suficiente: "Se você estiver em hemodiálise, uma função renal de 10% a 15% já seria suficiente para livrar o paciente da hemodiálise. Ou seja, não temos que ir até o fim (garantir os 100% da função renal)".

Segundo ele, o potencial é enorme: "Se você pensar sobre os Estados Unidos, há 100 mil pacientes aguardando por transplantes de rim e há apenas cerca de 18 mil transplantes realizados por ano".

Porém, ainda serão necessárias várias pesquisas antes de o procedimento ser aprovado para uso em pessoas. A técnica necessita ser mais eficiente, para a restauração de um maior nível de função renal. Os pesquisadores também precisam provar que o rim continuaria a funcionar por um longo tempo.

Haverá também os desafios impostos pelo tamanho de um rim humano. É mais difícil colocar as células novas no lugar certo em um órgão maior.

O professor Martin Birchall, cirurgião do University College de Londres, envolveu-se em transplantes de traqueia produzidos a partir de armações desenvolvidas em laboratório.

Sobre a pesquisa com o rim, ele disse: "É extremamente interessante, e realmente impressionante".

"Eles (os pesquisadores que desenvolveram o rim de rato) abordaram algumas das principais barreiras técnicas para tornar possível a utilização de medicina regenerativa para tratar de uma necessidade médica muito importante."

Ele disse que tornar o desenvolvimento de órgãos acessível a pessoas que necessitam de um transplante de órgão poderia revolucionar a medicina: "Do ponto de vista cirúrgico, é quase o nirvana da medicina regenerativa que você possa atender à maior necessidade de órgãos para transplante no mundo – o rim".

 

 

Fonte: BBC

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