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Especialistas em tratamento para dores nas costas e fisioterapeutas lançaram na última sexta-feira (2), em 30 cidades do país de forma simultânea, a Campanha Nacional de Alerta para Prevenção de Dores nas Costas.
Com o objetivo de informar as pessoas sobre as principais formas de prevenção e os riscos que determinadas atividades podem causar à coluna, a campanha faz um alerta especial: o risco de usar analgésicos e relaxantes musculares para aliviar as dores no local.
"Nosso foco é a prevenção desses problemas e chamar a atenção para a necessidade de um diagnóstico precoce, além de contribuir para que as pessoas tomem a decisão de melhorar a postura para proteger a coluna. O maior problema é quando a pessoa resolve o incômodo tomando analgésicos, porque deixa de investigar a causa e, com isso, o problema fica maior", explica Ângela Lepesqueur, diretora do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (ITC).
De acordo com a especialista, todos devem estar atentos a qualquer tipo de sinal, como formigamentos e dormências, falta de força, dores irradiadas (que percorrem longo caminho no corpo) ou espontâneas (sem motivo aparente), além de contraturas musculares na região lombar e cervical e dores locais causadas por postura.
Considerados um dos principais motivos para o aparecimento das dores nas costas, os exercícios físicos sem orientação profissional e feitos em equipamentos públicos de fácil acesso agravaram ainda mais o risco de lesões, segundo o professor de educação física Marcos Andrett.
"A gente sabe que muitos não têm acesso a profissionais para orientar as atividades físicas. O que indicamos para esses casos é que eles pratiquem a atividade de forma mais moderada e com maior amplitude [maior número de repetições do exercício, mas com uma carga mais leve], sempre lembrando que a dor é o limite de qualquer movimento", orienta o profissional.
Fonte: Agência Brasil
A campanha do Ministério da Saúde de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis/aids para o carnaval deste ano ,cujo tema é "A vida é melhor sem aids. Proteja-se. Use sempre a camisinha", tem o objetivo de chamar a atenção para a diferença que faz o uso do preservativo na hora da relação.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, representou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no lançamento da campanha e chamou a atenção para pesquisas divulgadas, nos últimos anos, que mostram uma queda no uso da camisinha de 58% para 49%, em todas as faixas etárias, nas relações com parceiros casuais. Ele lembrou ainda que a aids mata 12 mil pessoas por ano no Brasil.
O Ministério enviou aos estados e municípios brasileiros mais de 68,6 milhões de unidades de preservativos para serem distribuídos no período do carnaval. "Queremos reforçar que o uso da camisinha deve ser um hábito e pode até melhorar a relação. É preciso desconstruir o imaginário popular de que fazer sexo sem o preservativo é melhor", destacou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco.
Campanha
O vídeo da campanha já está sendo exibido e a mensagem aborda a gravidade da doença. O filme mostra que a aids não é como gripe e queimadura de sol, que podem ser curados com tratamento médico. Os cuidados com a saúde, no caso do HIV, exigem acompanhamento pelo resto da vida. O protagonista do vídeo, Diego Calixto, é portador do vírus e descobriu sua sorologia há dois anos, ou seja, o fato é real.
A campanha também terá anúncios em outdoor, busdoor, taxidoor, esteiras de aeroportos, abrigos de ônibus e blimps (balões). Foram produzidos três jingles para serem veiculados nas rádios – um em ritmo de axé, cantado por Carlinhos Brown, outro de samba e outro de frevo.
Fonte: Ministério da Saúde
Você alguma vez já ouviu falar do shiatsu? Esta técnica terapêutica oriental, que utiliza o toque das mãos em determinadas áreas da pele para detectar pontos de dor provenientes de excesso de energia, tem sido motivo de pesquisa na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Capaz de desbloquear os fluxos de energia vital nos pontos de dor, o shiatsu tem se tornado uma terapia complementar eficaz para aliviar as dores da fibromialgia, uma doença que se caracteriza por dores crônicas em algumas regiões do corpo. Além disso, segundo o estudo, a técnica também tem proporcionado uma melhoria na qualidade de vida e do sono dos pacientes.
"Observou-se melhora estatisticamente significante, considerada também clinicamente importante, na maioria dos pacientes em quase todas as variáveis estudadas, exceto a ansiedade", afirma Susan Yuan, fisioterapeuta e autora do estudo com o shiatsu, que foi tema de sua dissertação de mestrado na FMUSP.
Para realizar a pesquisa, Susan dividiu 34 pacientes em dois grupos: o primeiro recebeu 16 sessões de shiatsu de 50 minutos cada, enquanto o outro, de controle, não recebeu a técnica. Por outro lado, este segundo recebeu uma cartilha com informações sobre a fibromialgia, além de dicas sobre um estilo de vida mais saudável e um programa de exercícios de alongamento e fortalecimento.
Após oito semanas de observações, verificou-se que 29% dos pacientes do grupo que recebeu a técnica diziam que a fibromialgia tinha grande impacto no cotidiano, número que era de 70% antes da aplicação do shiatsu. Enquanto isso, no grupo de controle, a variação foi bem menor, indo de 64% no início para 59% depois de oito semanas.
Apesar de ter mostrado resultados bastante positivos, o estudo de Susan não chegou a avaliar o impacto do shiatsu a longo e médio prazo, o que pode ser considerado uma limitação. No entanto, ainda assim, a pesquisadora defende o uso da técnica complementar em casos de fibromialgia. "Um paciente bem tratado e com seus sintomas bem controlados é uma pessoa que contribui ativamente na sociedade, em contraste com uma pessoa limitada pela dor, fadiga, fraqueza e depressão", completa.
Fonte: Agência USP
Um estudo realizado em rede por países em desenvolvimento e desenvolvidos aponta um fato positivo para o Brasil: nos últimos seis anos o país conseguiu reduzir pela metade o índice de mortalidade precoce da leucemia promielocítica aguda (LPA), um tipo mais agressivo de câncer do sangue e da medula óssea, assim como o México, o Chile e o Uruguai.
De acordo com o coordenador do grupo no Brasil, Eduardo Rego, do Centro de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto (CTC-HRP), a cooperação em rede foi fundamental para o bom resultado e para a melhoria operacional nos controles de casos.
"Esse tipo de câncer é um dos mais agressivos, há elevada mortalidade nos primeiros dias após o diagnóstico, devido a manifestações hemorrágicas muito graves. Por isso, o diagnóstico mais precoce é muito importante, e o fato de conseguirmos trabalhar em consórcio permitiu que a gente fizesse o reconhecimento dessa forma de leucemia em poucas horas, o que é crucial."
O consórcio foi criado em 2006 para que países em desenvolvimento pudessem trocar experiências e dados de seus pacientes e receber apoio de grupos de referência da Europa e dos Estados Unidos. Estudos clínicos de sucesso nos países desenvolvidos foram adaptados às peculiaridades de cada país.
Antes de sua criação, a mortalidade no primeiro mês após o diagnóstico era acima de 30% e a sobrevida global após três anos era cerca de 50%. Em 2011, a pesquisa mostrou que a taxa de mortalidade caiu para 15% e a de sobrevida aumentou para 80%. Rego explicou que, em países da Europa como a Espanha, a mortalidade precoce fica entre 5% e 7% e a taxa de sobrevida é de 90%, onde o modelo de consórcio é antigo. "Esperamos alcançá-los em breve."
Uma das adaptações de maior êxito, segundo o estudo, foi a substituição da idarrubicina, substância mais utilizada no combate à doença na Europa e de elevado custo, pela daunorrubicina, que é uma substância de menor custo e mais facilmente encontrada no mercado brasileiro. "Ela alcança os mesmos resultados. A taxa de remissão, ou seja, de cura, foi semelhante à da idarrubicina", garantiu o médico.
Outras sete instituições brasileiras participam do consórcio: Universidade de Campinas (Unicamp); Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo; Fundação Hemope, de Pernambuco; e as universidades federais de São Paulo, do Paraná, Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Além do Brasil, participam do consórcio internacional México, Chile, Uruguai, países da Europa e Estados Unidos.
O estudo foi patrocinado exclusivamente com dinheiro público e, no Brasil, o financiamento foi provido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A pesquisa foi publicada no periódico científico Blood, da Sociedade Americana de Hematologia, referência mundial na especialidade. Para o editor-chefe da revista, Bob Löwenberg, o estudo aumenta o nível de percepção sobre os problemas médicos e estimula a cooperação e trocas entre especialistas para adaptar experiência às realidades de cada país.
"Esse estudo demonstra de forma convincente – não na teoria, mas dentro da realidade do cuidado médico – que é possível implementar experiências sofisticadas de tratamento em áreas do globo menos privilegiadas tanto em relação à infraestrutura como à expertise médica", disse o editor.
No Brasil, o desconhecimento da incidência dos subtipos da doença compromete o tratamento, porque não existem estatísticas precisas da LPA. Eduardo Rego diz que a estimativa é que cerca de 20% das leucemias mieloides agudas sejam do tipo LPA. "Faltam estudos claros de base populacional que indiquem qual a incidência das leucemias mieloides agudas. Ainda temos uma carência muito grande de base de dados populacional", explicou.
Fonte: Agência Brasil
Um recente estudo britânico realizado na Universidade de Oxford e publicado no American Journal of Clinical Nutrition sugere que vegetarianos têm menos chances de desenvolver doenças cardíacas em comparação àqueles que levam dieta considerada "normal".
De acordo com o estudo, que avaliou 44,5 mil pessoas na Inglaterra e na Escócia, aqueles que optaram por deixar de lado as carnes têm uma probabilidade 32% menor de morrer ou precisar de tratamento hospitalar em decorrência de problemas no coração. Algumas das hipóteses que estariam por trás desses benefícios seriam as diferenças de níveis de colesterol, pressão arterial e peso.
Em países ocidentais e no Reino Unido, local onde foi feita a pesquisa, as doenças cardíacas são motivo de preocupação. Por ano, problemas no coração matam 94 mil pessoas no país, enquanto outros 2,6 milhões apresentam algum tipo de doença cardíaca, como o bloqueio, por gordura, das artérias que conduzem o sangue ao coração, que pode levar a um quadro de ataque cardíaco ou de angina.
Em onze anos de estudos, com 15,1 mil vegetarianos e outros 29,4 mil que comiam carne, 169 participantes morreram e 1066 precisaram de algum tipo de tratamento hospitalar por doenças cardíacas, com uma probabilidade maior para aqueles que consumiam carnes vermelhas ou brancas.
Apesar dos vegetarianos terem apresentado uma melhor "saúde cardíaca", uma das autoras da pesquisa, Francesa Crowe, afirma que não defende que todos adotem uma dieta sem carnes, mas sim uma redução no consumo de gorduras. "Os vegetarianos provavelmente apresentam baixo consumo de gordura saturada, então faz sentido que tenham um risco menor de doenças cardíacas", completa.
Segundo os resultados apresentados no estudo, aqueles que optaram por deixar de lado as carnes possuíam menores índices de colesterol "ruim" e pressão alta, o que não necessariamente significa que os vegetarianos também não podem enfrentar o problema.
"É importante ressaltar que ser vegetariano não é um atalho para um coração saudável. Afinal de contas, ainda há muitos pratos vegetarianos com altos níveis de gordura saturada e sal", afirma Tracy Parker, da British Heart Foundation.
Fonte: BBC