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O carnaval é sinônimo de festa para grande parte dos brasileiros, certo? No entanto, durante esse período festivo, também é comum o aumento do número de acidentes nas estradas em decorrência do maior movimento de carros trafegando e, consequentemente, a queda dos estoques de sangue nos hemocentros brasileiros.

Tendo em vista essa preocupação, o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o risco que envolve os baixos estoques de sangue disponíveis para transfusão. Segundo o coordenador da Área Técnica de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, durante o carnaval não são apenas os acidentados que procuram os hemocentros, mas também pacientes com malária, anemia, talassemia, entre outras doenças.

"Com o estoque em dia, é possível atender pessoas com doenças crônicas e também as emergências que surgem nos hospitais", afirma o coordenador.

De acordo com dados do ministério, São Paulo e Rio de Janeiro são os estados que mais sofrem com a queda nas doações, que chega a 40%. Atualmente, cerca de 300 mil pessoas doam sangue por mês, o que representa apenas 1,8% da população brasileira.

 

Critérios para doação

Se você quer contribuir com a doação de sangue, basta dirigir-se ao serviço de saúde mais próximo da sua residência, munido de documento de identidade com foto. Porém, para que isso seja possível, é necessário atender a alguns critérios de doação. Vamos a eles.

Quem pode doar: indivíduos acima de 50 quilos, com idade entre 18 e 67 anos. No caso de jovens com 16 e 17 anos, é necessário autorização formal dos pais ou responsáveis legais.

Quem não pode doar: vítimas de hepatite após os 11 anos de idade; grávidas ou lactantes; pacientes com diagnóstico de doenças transmissíveis pelo sangue, como AIDS, hepatite, chagas, sífilis; usuários de drogas; pessoas que praticaram relações sexuais com parceiro desconhecido ou eventual sem o uso de preservativos.

 

Fonte: Ministério da Saúde

O Ministério da Educação (MEC) definiu na última terça-feira (5) novos critérios para a abertura de cursos de medicina no país. De agora em diante, quem definirá os locais onde os cursos serão abertos e o número de vagas disponíveis será o próprio ministério, que tem como objetivo estimular a formação e fixação de profissionais em regiões onde há maior necessidade da presença desses profissionais.

Segundo o MEC, a nova política para abertura de cursos de medicina deixa de atender aos interesses das instituições e passa a priorizar as necessidades do Estado. A partir de agora, para abrir um novo curso e participar da seleção, a candidata deve atender a critérios, como oferecer o mínimo de três programas de residência médica em especialidades definidas como prioritárias, além de hospital com mais de 100 leitos exclusivos para o curso.

Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a residência médica é fator preponderante para que os profissionais permaneçam nas regiões onde farão a sua graduação e não migrem para regiões que costumam oferecer melhores salários, como o Sul e o Sudeste. "O primeiro critério que ajuda na fixação do médico é a existência de residência, é onde ele tem sua formação mais qualificada, constitui clientela, é o período em que ele se casa, tem relação com a comunidade e acaba preferindo ficar", afirma.

Apesar de concentrar boa parte dos cursos de medicina do país, o estado de São Paulo não deve ser prejudicado com os novos critérios do MEC, já que na região também há discrepâncias, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. "É preciso estimular o médico a estar nas regiões onde mais precisamos. O Brasil tem poucos médicos por mil habitantes quando comparado com outros países e a distribuição é muito desigual. Vamos abrir vaga onde é preciso, e com a residência médica", ressaltou.

 

CFM posiciona-se favoravelmente à decisão

O Conselho Federal de Medicina avaliou como positiva a decisão do Ministério da Educação. Para o presidente do órgão, Roberto D'Ávila, o Estado passa a tomar as rédeas da situação e deixa de atender exclusivamente a interesses econômicos. "Vejo [o novo modelo] como uma notícia boa, porque de agora em diante vai haver abertura [de cursos de medicina] por interesse do governo, não mais por interesses políticos ou meramente econômicos de algum grupo de donos de escolas", opina.

Mesmo vendo de forma positiva a medida, o CFM também aponta preocupação com algumas questões. Uma delas diz respeito à qualidade do corpo docente em locais de difícil fixação, um problema que pode ser resolvido com a oferta de bons salários para atrair professores, segundo o conselho.

 

Fonte: Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação da vacina contra o papilomavírus humano (HPV) para a prevenção do câncer anal. A aplicação é recomendada para ambos os sexos, na faixa etária de 9 a 26 anos.

A vacina, disponível somente em clínicas particulares de saúde, já era usada também para prevenir o câncer de colo do útero, vaginal e verrugas genitais.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram registradas 274 mortes por câncer anal no Brasil em 2010, sendo 98 em homens e 176 em mulheres. Os tumores aparecem no canal e nas bordas externas do ânus. Os no canal do ânus são mais frequentes em mulheres, e os nas bordas, nos homens. É uma doença considerada rara e com grande possibilidade de cura quando detectada em estágio inicial. Representa de 1% a 2% de todos os tumores do cólon e de 2% a 4% de todos os tipos de câncer do intestino grosso.

Alterações intestinais, presença de sangue nas fezes, dor, coceira, secreções incomuns são os sinais mais comuns. Segundo o Inca, exames que avaliam o reto e o ânus (como o toque retal) são eficazes para identificar a doença precocemente. As pessoas com mais de 50 anos, fumantes, infectadas pelo HPV e com feridas no ânus são as mais suscetíveis a esse tipo de câncer. De acordo com o Inca, os tumores anais estão relacionados a doenças sexualmente transmissíveis, como HIV, gonorreia e clamídia.

 

Fonte: Agência Brasil

Uma pesquisa desenvolvida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP de Piracicaba, interior de São Paulo, revelou que a romã pode ser uma importante aliada na prevenção da doença de Alzheimer.

Segundo o estudo, que utilizou resíduos de romã, só na casca da fruta já é possível encontrar mais antioxidantes do que no seu suco e na polpa. E por que isso é importante? A resposta é simples: os antioxidantes são essenciais para prevenir os radicais livres, elementos que destroem as células do nosso corpo e são responsáveis pelas doenças degenerativas em geral.

Em outros estudos já realizados com outras frutas e verduras, verificou-se que aqueles que consomem mais alimentos dessas categorias têm menos chances de terem diagnosticadas doenças degenerativas decorrentes da idade. "Isso se deve ao fato de que a quantidade de antioxidante presente nesses alimentos é elevada", afirma a autora do estudo, Maressa Caldeira Morzelle.

Sabendo da importância e da riqueza da casca da romã, Maressa buscou formas de concentrar o extrato da casca em pó a fim de poder diluí-lo na forma de suco ou adicionado a suco de sabores. No entanto, para isso, a pesquisadora enfrentou dificuldades no processamento e na embalagem, levando em conta que o composto não poderia alterar as propriedades sensoriais do produto final.

Apesar dos desafios impostos, a estudiosa afirma que os resultados de sua pesquisa foram satisfatórios. "Desta forma, verifica-se o potencial para a indústria no emprego das microcápsulas à base do extrato da casca de romã como um ingrediente a ser incorporado na dieta, sendo um aliado na prevenção da doença de Alzheimer", conclui Maressa.

Comum em idosos com idade entre 60 e 70 anos, o Alzheimer é uma doença degenerativa ainda incurável. Só no Brasil, o problema já atingiu cerca de 900 mil pessoas, o que faz dela uma das doenças mais estudadas pela medicina especializada.

 

Fonte: Agência USP

Segundo um novo estudo feito por cientistas da Universidade da Califórnia e do Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, ficar um período sem medicação em alguns tratamentos contra o câncer poderia manter os pacientes vivos por mais tempo.

A pesquisa, publicada na revista especializada Nature, avaliou camundongos com melanoma (câncer de pele), que rapidamente se tornaram resistentes aos tratamentos. Segundo o estudo, tumores também ficavam dependentes de drogas para viver e a retirada do tratamento levou os tumores a diminuírem de tamanho.

De acordo com os especialistas, a descoberta é animadora, mas ainda é preciso mais estudos para saber se os resultados se aplicam a seres humanos.

Dependência

Os tumores ganhavam resistência ao mudar a composição química dentro da célula. Porém os pesquisadores mostraram que o processo deixava a célula cancerígena dependente da droga.

Quando os camundongos pararam de receber o medicamento, os tumores começaram a encolher.

Os cientistas usaram esse conhecimento para testar uma nova forma de prescrever a droga. Em vez de tomar a medicação todos os dias, os camundongos recebiam a droga por quatro semanas, seguidas de duas semanas de "férias do remédio", antes de começar o mesmo padrão novamente.

"Notavelmente, a dosagem intermitente com vemurafenib prolongou a vida dos camundongos com tumores de melanoma resistentes a drogas", observa Efim Guzik, professor de biologia do câncer na Universidade da Califórnia.

"Ao procurar entender os mecanismos de resistência à droga, também descobrimos uma maneira de melhorar a durabilidade da resposta à droga", observa.

Custo-benefício

Para Mark Middleton, diretor do Centro de Medicina Experimental de Câncer da ONG Cancer Research UK, "os resultados sugerem uma maneira na qual esse importante novo tratamento poderia ser capaz de aumentar os benefícios para os pacientes e suas famílias".

"Eles também oferecem a possibilidade de tratamentos com melhor custo-benefício e com menos efeitos colaterais, porque os pacientes poderiam passar algum tempo sem o vemurafenib", diz.

Richard Marais, do Instituto Paterson para Pesquisas sobre o Câncer, de Manchester, que participou da descoberta do mecanismo de ação do vemurafenib, diz que os resultados do novo estudo são "muito convincentes".

"Esse novo estudo é animador, porque sugere uma forma de combater a evolução da resistência à droga em pacientes de melanoma usando as drogas que já temos, em vez de termos que desenvolver novas drogas", disse.

"Será interessante ver se esses resultados de laboratório serão repetidos em testes clínicos", afirma.

Marais diz que é possível que o mesmo efeito seja verificado em outros tratamentos de câncer.

 

 

Fonte: BBC

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