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A Prefeitura Municipal de Campinas, no interior de São Paulo, determinou nesta terça-feira (29) a suspensão temporária de todos os exames de ressonância magnética e tomografia feitos com contraste. A medida, que não inclui casos de emergência, tem como objetivo apurar as causas da morte de três pessoas, que teriam passado pelos exames em um hospital particular na última segunda-feira (28).
Em nota oficial à imprensa, o hospital informou que as mortes ocorreram entre a tarde e a noite de ontem por causas ainda desconhecidas. No momento, a investigação aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) e uma posição da Vigilância Sanitária local para verificar quais serão as próximas medidas a serem tomadas.
Segundo informações do departamento de Comunicação do hospital, após a realização dos exames, as três vítimas, dois homens e uma mulher com idade entre 25 e 39 anos, teriam apresentado um quadro de indisposição e formigamento, que depois evoluiu em pouco tempo para parada cardíaca, levando ao óbito.
Ainda de acordo com a direção do hospital, os exames são de responsabilidade de empresa terceirizada que atua no local há mais de 20 anos. Por mês, são feitas aproximadamente 1.800 ressonâncias, sendo que nenhuma ocorrência do tipo havia sido registrada na unidade até hoje.
A prefeitura de Campinas, por meio de nota, informou que o prefeito Jonas Donizette retorna ainda nesta terça-feira para a cidade a fim de acompanhar de perto as investigações. O IML não deu prazo para divulgar os resultados dos exames, mas informa que os mesmos serão feitos no menor tempo possível.
Fonte: Prefeitura Municipal de Campinas
Quem acha que a bebida pode ajudar a pessoa a dormir melhor e mais pesado está enganado, de acordo com um estudo britânico.
Segundo o estudo, realizado pelo Centro do Sono de Londres, o álcool prejudica os ciclos do sono e, se consumido com frequência antes de dormir, pode causar problemas sérios como apneia e insônia crônica.
A equipe do Centro do Sono de Londres analisou cerca de cem estudos relativos ao consumo de álcool antes de dormir e então partiu para um exame mais detalhado de 20 pesquisas.
A conclusão foi que a bebida alcoólica altera o sono de três formas. Primeiro, ela acelera o início do sono. Em seguida, faz com que a pessoa caia em um sono profundo e pesado. Mas a terceira e última mudança, a fragmentação dos padrões de sono na segunda metade da noite, é a prejudicial.
As bebidas alcoólicas reduzem o tempo passado no sono REM (em inglês, rapid eyes movement, ou movimento rápido dos olhos), a fase na qual os sonhos geralmente ocorrem.
E, segundo Irshaad Ebrahim, diretor-médico do Centro do Sono de Londres e um dos autores da última pesquisa, como consequência, as pessoas têm um sono menos repousante. Além disso, as bebidas também podem causar o ronco.
"Com doses cada vez maiores, a bebida alcoólica suprime nossa respiração. Pode transformar pessoas que não roncam em pessoas que roncam e estas em pessoas com apneia, quando a respiração é interrompida", afirmou Ebrahim.
Para Chris Idzikowski, diretor do Centro do Sono em Edimburgo, na Escócia, bebidas alcoólicas não são úteis para se conseguir uma noite mais tranquila.
"O sono pode começar mais profundo, mas então é interrompido. Além disso, o sono mais profundo provavelmente vai levar ao ronco e piorar a respiração", afirmou.
Idzikowski também alerta para o fato de o álcool deixar a pessoa desidratada e fazer com que ela acorde para ir ao banheiro.
"Se você beber é melhor esperar uma hora e meia a duas horas antes de ir dormir, para passar o efeito do álcool", aconselha Ebrahim.
Fonte: BBC
Uma boa notícia para os fãs do cafezinho: um estudo do Programa Interunidades de Pós-graduação em Nutrição Humana Aplicada (Pronut) da USP revelou que o consumo de café não interfere na gravidade da doença arterial coronariana (DAC).
Segundo a pesquisa, desenvolvida pela nutricionista Juliana Gimenez Casagrande com 115 portadores de DAC, a ingestão diária de 50 ml da bebida, equivalente ao volume de uma xícara, pode diminuir em até 3,15% a chance do paciente vir a apresentar um quadro mais grave da doença.
Os estudos de Juliana analisaram pacientes do ambulatório de cardiologia do InCor de Osasco e da Unidade Clínica de Coronariopatia Crônica do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). De acordo com a pesquisadora, os critérios analisados para a seleção foram "histórico de revascularização cirúrgica, angioplastia e exame de cinecoronariografia que constate obstrução coronariana".
Apesar dos importantes resultados apresentados, Juliana afirma que ainda são poucos os estudos que apontam conclusões significativas sobre os efeitos do café nas doenças do coração, já que a maioria estuda apenas o efeito sobre os fatores de risco para a DAC.
Sobre as orientações dadas aos pacientes, a nutricionista revela que eles não receberam nenhuma orientação específica sobre a quantidade de café a ser consumida. "Apenas os que tomavam moderadamente a bebida foram orientados de que não havia necessidade de interromper totalmente o consumo", completa.
Segundo a pesquisadora, outros estudos levantaram a hipótese de que a presença de antioxidantes no café esteja associada à redução dos processos inflamatórios que desencadeiam a DAC, o que poderia também explicar a relação positiva entre a bebida e a prevenção do problema.
Apesar de alguns médicos proibirem o consumo de café para portadores de DAC, Juliana acredita que tal orientação não deveria existir. "Embora a pesquisa não tenha sido conclusiva sobre a quantidade ideal, o mais indicado é sugerir o consumo moderado, que é calculado em 3 a 5 xícaras por dia, número que varia conforme a referência. A indicação também varia de acordo com a presença ou não de hipertensão arterial no paciente", finaliza.
Fonte: Agência USP
As chamadas "dietas milagrosas", que prometem a perda de vários quilos sem muito esforço, têm popularidade no mundo inteiro e não é de agora.
A história mostra que desde os tempos de gregos e romanos os seres humanos já adotavam rotinas de restrições alimentares, a diferença é que nessa época os regimes eram baseados na preocupação exclusiva com a saúde física e mental. Foram os vitorianos que deram o pontapé nas chamadas "dietas milagrosas", como as adotadas por celebridades e rapidamente difundidas pelo mundo todo. "A palavra grega diatia, da qual deriva a palavra dieta, descrevia todo um estilo de vida", diz Louise Foxcroft, historiadora e autora do livro Calories and Conserts: A History of Dieting Over 2,000 years (ou Calorias e Espartilhos: Uma História da Dieta através de 2 mil anos, em tradução livre).
"A prática da dieta na Antiguidade era vista como uma forma de melhorar a saúde física e mental. As pessoas realmente pegaram um gosto por essas dietas ditas milagrosas no século 19. Foi durante esse tempo que começou a haver uma preocupação excessiva com a estética e, assim, a indústria do regime explodiu", explica Foxcroft.
Você já ouviu falar da dieta "Mastigue e salive bastante"? Na virada do século 20, o americano Horace Fletcher popularizou a ideia de que uma das maneiras mais efetivas de perder peso era mastigar e cuspir bastante.
O fletcherismo, como ficou conhecida, dizia que as pessoas deveriam mastigar a comida até que todas as calorias fossem "extraídas" e depois cuspir o material fibroso que restou. Segundo Fletcher, um determinado tipo de alho, por exemplo, teria de ser mastigado em torno de 700 vezes.
Por mais estranha que pudesse parecer, a dieta do americano tornou-se bastante popular e atraiu vários seguidores famosos, como os escritores Henry James e Franz Kafka.
Segundo Foxcroft, o regime chegava ao ponto de cronometrar os jantares de modo que as pessoas mastigassem a comida.
"A dieta também previa que seu seguidor defecaria apenas uma vez a cada duas semanas e que seu cocô não teria odor. Pelo contrário, as fezes teriam um odor similar ao de 'biscoitos recém-tirados do forno'", diz.
"Fletcher carregava uma amostra de suas próprias fezes com ele para ilustrar o feito de sua dieta", acrescenta.
Dieta dos vermes
Outra dieta famosa no início do século passado foi a dieta dos vermes, que previa a ingestão de tênias (ou solitárias) para emagrecer. A cantora de ópera Maria Callas teria sido uma das celebridades daquela época a ter comido parasitas para perder peso.
As pessoas deveriam ingerir ovos dos parasitas, normalmente em forma de pílulas. A teoria baseava-se na ideia de que tão logo as tênias atingissem a maturidade no intestino dos pacientes, absorveriam a comida, dando início ao processo de emagrecimento, por vezes, acompanhado de diarreia e vômito.
Uma vez que o usuário atingisse o peso desejado, tomaria uma pílula para matar os parasitas, que, no melhor dos casos, morreriam. Depois disso, a pessoa teria que excretar os vermes, o que poderia causar complicações no abdômen e no reto. A dieta era arriscada em vários sentidos. Não apenas o parasita poderia crescer em até 9 metros de comprimento dentro do corpo do seguidor da dieta, como também poderia provocar inúmeras doenças, como dores de cabeça, problemas oftalmológicos, meningite, epilepsia e demência.
O boom da indústria da dieta também foi facilitado pelo crescimento no número de celebridades, dos meios de comunicação e dos novos medicamentos, acrescenta Foxcroft.
Arsênico
Remédios e "poções mágicas" para emagrecer tiveram o seu boom no século 19, embora normalmente esses remédios levassem em sua composição ingredientes perigosos como arsênico ou estricnina. "Eles foram alardeados como aceleradores do metabolismo, tal qual as anfetaminas", diz Foxcroft.
Apesar de a quantidade de arsênico nas pílulas ser pequena, era também muito perigosa. Pessoas chegaram a morrer por tomar uma dosagem acima da recomendada. Além disso, o arsênico nem sempre aparecia na bula como um dos ingredientes, então muitas vezes as pessoas tomavam o remédio sem saber dessa informação.
Vinagre
As dietas de celebridades, tão famosas hoje em dia, são muito antigas. Lord Byron foi um dos primeiros ícones desse tipo de regime e ajudou a dar o pontapé na obsessão pública sobre como os famosos perdem peso.
No início de 1800, ele popularizou um tipo de dieta que consistia majoritariamente na ingestão de vinagre. De acordo com o regime, se a pessoa bebesse vinagre todos os dias e comesse batatas embebidas no líquido, elas emagreceriam. Os efeitos colaterais incluíam vômito e diarreia.
No início do século 19, os padrões de alimentação também se tornaram mais prescritivos, como a maneira de sentar-se à mesa ou promover um jantar, diz a historiadora Annie Gray.
"Isso fez com que as pessoas começassem a se preocupar com o seu físico. A Rainha Vitória, da Inglaterra, por exemplo, vivia aterrorizada com seu peso."
Borracha
O americano Charles Goodyear, em meados de 1800, descobriu como melhorar a borracha além de seu estado natural por meio de um processo conhecido como 'vulcanização'.
Com a Revolução Industrial e a produção em massa, o uso da borracha foi, de repente, expandido maciçamente e foram fabricados ceroulas e espartilhos feitos do material.
A ideia era de que a borracha disfarçaria o excesso de peso, mas, mais importante, esquentaria o usuário, fazendo-o suar e, eventualmente, perder peso. A dieta durou até a Segunda Guerra Mundial, quando a borracha passou a ser empregada exclusivamente no confronto.
Fonte: BBC
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou na última quarta-feira (23) que as operadoras de planos de saúde iniciaram o processo de descredenciamento de profissionais obstetras que cobram honorários extras para acompanhamento de parto normal. Segundo a ANS, a cobrança é considerada indevida.
Em parecer emitido também nesta quarta-feira, o Conselho Federal de Medicina (CFM) informa que "o procedimento não faz parte do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde (cobertura mínima obrigatória dos planos de saúde), não configurando dupla cobrança ou infração à ética médica".
Apesar do posicionamento do CFM, a agência posicionou-se contrariamente à cobrança, pois acredita que as beneficiárias de planos de saúde possuem direito a todos os procedimentos obstétricos que constam no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, sem nenhum gasto adicional além dos previstos em contrato.
Nos últimos meses, diversas denúncias feitas por gestantes e operadoras já resultaram em descredenciamento de profissionais em cidades como Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Apesar de não informar a quantidade de casos que ocorreram no país, a agência revelou que estão sob investigação cerca de 15 processos sobre cobrança indevida.
CFM defende o seu ponto de vista
Nesta quinta-feira (24), por meio de nova nota, o Conselho reiterou a sua posição expressa no parecer divulgado ontem. Segundo a entidade, "o documento não autoriza ou orienta o médico a fazer cobrança de taxa extra para acompanhar a realização de parto e a orientação dada tem sofrido distorções por parte de alguns gestores e operadoras de planos de saúde".
Ainda de acordo com o CFM, os médicos não querem penalizar ou criar problemas para as gestantes, mas sim criar mecanismos que viabilizem o bom atendimento. Para isso, a entidade pretende focar no equilíbrio das relações entre operadoras de planos de saúde e médicos, garantindo a melhor cobertura possível às gestantes.