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Orientações sobre como lidar com a doença numa situação de desastre

Uma das principais preocupações com as enchentes é a leptospirose. A doença é causada por uma bactéria presente na urina de ratos, ratazanas e camundongos, presente na água das enchentes, lama e esgoto. Sua transmissão acontece pelo contato da urina com a pele ou mucosas. Assim, é importante que cidadão conheça alguns cuidados para prevenir e identificar os sintomas da doença.

Leia abaixo alguns cuidados.

• Evite o contato com a água e a lama das enchentes ou esgoto. Impeça que crianças nadem ou brinquem nesses locais que podem estar contaminados com a urina de roedores.

• Após as águas baixarem, retire a lama e desinfete o local. Deve-se lavar pisos, paredes e bancadas, desinfetando com água sanitária. Use duas xícaras de chá (400ml) do produto em um balde de 20 litros de água, e deixe agir por 15 minutos. Só depois disso, faça a limpeza.

• Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto devem usar botas e luvas de borracha para evitar o contato da pele com a água e lama contaminados (se isto não for possível, usar plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés).

• Para evitar a presença de roedores, deve-se manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados, resistentes e distantes do chão; manter a cozinha limpa e sem restos de alimentos; retirar as sobras de alimento ou ração dos animais domésticos antes de anoitecer; evitar o acúmulo de entulhos e objetos sem uso no quintal e dentro da cozinha; manter os terrenos baldios e margens dos rios limpos e capinados; guardar o lixo em sacos plásticos bem fechados e em locais altos até a coleta ocorrer.

SINTOMAS – É importante conhecer os sintomas da leptospirose para identificar os primeiros sinais e procurar atendimento médico adequado.

Os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça, e dores pelo corpo, especialmente na panturrilha. Também são sintomas vômitos, diarréia e tosse. Nos casos mais graves, também podem ocorrer o amarelamento da pele e dos olhos.

Os indícios podem aparecer logo no dia seguinte ao contato com a urina do roedor, ou podem demorar um mês para surgir. Normalmente, eles começam a aparecer de uma a duas semanas depois da exposição à situação de risco. Se houver contato com a água ou a lama da enchente, ou ingestão de alimentos suspeitos, é importante ficar atento ao aparecimento de sintomas por pelo menos 40 dias, prazo máximo para o surgimento de sinais da doença.

Ao identificar os sintomas da leptospirose deve-se procurar atendimento médico imediato. Não se automedique, apenas o médico pode diagnosticar a doença e indicar o tratamento adequado.

 

 

Ministério da Saúde

Link de acesso: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=12127

São Paulo – A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai disponibilizar para consulta pública na semana que vem uma resolução normativa que estabelece os tempos médio e de limite para atendimento na rede de saúde particular. Segundo o presidente da agência, Maurício Ceschin, o texto base que deverá ficar sob consulta da sociedade está em fase de análise final pela procuradoria do órgão.

Ceschin explicou que o tempo limite de atendimento de cada tipo de procedimento foi fixado com base em uma pesquisa respondida por 850 das 1061 operadoras de saúde suplementar que atuam no país. “Uma amostragem muito grande”, destacou hoje (20), ao participar de uma reunião com as operadoras de saúde para discutir ações conjuntas de combate à dengue.

Segundo o presidente da agência, a norma que deverá entrar em vigor ainda neste primeiro trimestre é uma forma de garantir a quem se associou a um plano de saúde acesso ao que foi contratado.

 

 

 

Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil

Edição: Vinicius Doria

Link de acesso: http://agenciabrasil.ebc.com.br/saude;jsessionid=F370914DDA62DEB02CC07EBB1A9D16B4?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3170162

Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, coordena hoje (18) encontro com representantes de empresas de todo o país para discutir a necessidade de mobilização para a prevenção e o combate à dengue. Será às 14h30, no Auditório Emílio Ribas, do ministério.

Com o apoio dessas empresas, o governo quer dar visibilidade a informações sobre a prevenção da doença. Entre os mais de 500 parceiros do Ministério da Saúde estão empresas públicas e privadas de setores como alimentos, comunicação, telefonia, instituições financeiras e companhias aéreas.

 

 

Da Agência Brasil

Edição: Graça Adjuto

Link de acesso: http://agenciabrasil.ebc.com.br/saude;jsessionid=D998C872E14608B8A39160C910B783F9?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3167184

 

O Ministério da Saúde lançou um alerta à população da região serrana do estado do Rio de Janeiro que precisa ficar atenta à leptospirose, doença grave e muito comum em períodos pós-enchentes. A leptospirose é transmitida pela urina do rato que, em caso de enchentes, se espalha pela água suja e, com um simples contato com a pele já pode infectar a pessoa. Os sintomas da doença são: febre alta, calafrio, dor no corpo, especialmente na panturrilha e alteração na cor da pele. Por isso, o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental, do Ministério da Saúde, Guilherme Franco Netto, afirma que todos os moradores da região serrana do estado precisam redobrar a atenção.

"Não precisa chegar a beber, pode ser apenas o contato da pele, mucosa. Para essas pessoas, que tiveram uma exposição importante à essa água que foi movimentada, é fundamental fazer o monitoramento, fazer observação do seu estado de saúde. A partir, pegando os casos precoces, do segundo dia de exposição a pessoa pode passar a ter a doença."

De acordo com Guilherme Franco Netto, ao surgirem os primeiros sintomas a pessoa deve procurar um médico o mais rápido possível sem tomar nenhum tipo de medicamento. Ele alerta que a automedicação pode mascarar os sintomas da doença e atrasar o tratamento. O ministro da saúde, Alexandre Padilha, reforca a importancia desses cuidados.

"Todo o processo de reconstrução daquela região vai significar uma preocupação de outras doenças que podem surgir depois dessa situação. A preocupação da reconstrução das casas das pessoas, a existência de resíduos e reforços da vigilância em relação à dengue. Todas as doenças que são causadas pela má qualidade da água, a leptospirose, o tétano."

Alexandre Padilha destaca também que o Ministério da Saúde enviou ao Rio de Janeiro 250 mil doses de vacinas contra dfiteria e tétano, além de 28 profissionais de saúde entre enfermeiros e técnicos de enfermagem.

 

 

Reportagem de Juliana Costa - Ministério da Saúde

Link de acesso: http://www.webradiosaude.com.br/saude/visualizar.php?codigo_noticia=PDMS110047

Agência FAPESP – Cientistas de instituições norte-americanas identificaram pela primeira vez uma variante de sequência de DNA que não apenas está associada ao aumento do risco de insuficiência cardíaca como parece ter um papel central entre suas causas.

A variante – uma mudança em uma única “letra” da sequência genética –, comum na população, prejudica canais que controlam o funcionamento dos rins. O trabalho será publicado esta semana pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

De acordo com um dos autores da pesquisa, Gerald Dorn II, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Washington em Saint Louis, não se trata de um gene do coração e sim do rim.

“Essa proteína não é nem mesmo expressa no coração. Ninguém havia imaginado que esse defeito em um gene específico do rim pudesse predispor o paciente à insuficiência cardíaca”, disse Dorn.

A insuficiência cardíaca é diagnosticada quando o coração não pode mais fornecer sangue suficiente para o corpo e pode ter diversas causas, incluindo alta pressão sanguínea, terapia contra o câncer, infecções virais do coração e ataque cardíaco.

“Trata-se de uma síndrome. O dano no coração do paciente é suficiente para que ele não funcione muito bem. O paciente então acumula fluido nos pulmões, sofre com inchaço e tem problemas para respirar”, explicou Dorn.

Os resultados inesperados destacam as vantagens da realização de estudos genômicos em larga escala com a finalidade de descobrir variantes de sequências de DNA associadas a doenças.

“Foi um achado surpreendente. Trata-se de um bom exemplo de como é possível conseguir objetivos inesperados quando se parte de abordagens imparciais para estudar doenças humanas”, disse Thomas Cappola, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Pensilvânia e outro autor do estudo.

Em um trabalho anterior, Dorn e equipe utilizaram uma técnica de pesquisa parcial do genoma para definir a região do DNA na qual as mudanças em sequências estavam associadas com a insuficiência cardíaca.

Mas a maior parte dessas mudanças em sequências não codificava para mudanças em proteínas e parecia não causar aumento no risco. Apesar disso, elas serviram como marcadores, fornecendo pistas de que essa parte do genoma merecia uma análise mais acurada.

“Concluímos que tínhamos o CEP certo, mas estávamos na quadra errada”, disse Dorn. Os cientistas então sequenciaram os genes vizinhos, buscando variações em partes da sequência de DNA que codificava para proteínas.

Estudando três grupos de pacientes caucasianos com insiuficiência cardíaca, eles descobriram uma variante de sequência de DNA que era comum aos três grupos e que estava ativamente envolvida na construção de uma proteína importante para o organismo.

Uma mudança única em uma sequência de DNA de um gene chamado CLCNKA desencadeia uma mudança de arginina para glicina no 83º aminoácido da proteína. Essa proteína faz parte de um canal do rim responsável por controlar a secreção de íons cloreto na urina – um importante processo na manutenção do balanço adequado de sal e água no organismo.

Aquela mudança isolada em um aminoácido reduzia pela metade a capacidade do canal de transportar íons cloreto através da membrana celular. A hipótese dos cientistas é que o resultado dessa redução pode ser a elevação, no sangue, dos níveis do hormônio conhecido como renina.

 

Testes com bloqueador

A renina é produzida no rim e é o primeiro sinal de um efeito em cascata que pode causar danos ao coração. Isso abre a possibilidade de ajudar pessoas que possuem a variante a reduzir seu risco de insuficiência cardíaca com drogas normalmente utilizadas para tratar a hipertensão, incluindo os inibidores do ACE (Enzima de Conversão da Angiotensina, na sigla em inglês e os bloqueadores de aldosterona.

Para determinar a efetividade dessa abordagem, Dorn e colegas projetaram um teste clínico que será aplicado nas universidades de Washington e da Pensilvânia e que testará se os efeitos do gene de risco podem ser combatidos por um bloqueador de aldosterona. Se for possível, a descoberta abre as portas para uma terapia preventiva personalizada com base no genótipo dos indivíduos.

Durante a vida, as pessoas têm em média uma chance em cinco de desenvolver insuficiência cardíaca. Para indivíduos com uma cópia da variante da sequência genética, esse risco pode crescer 27%. Para os que possuem duas cópias da variante – uma do pai e outra da mãe – o risco de desenvolver insuficiência cardíaca pode aumentar em 54%. Cerca de um quarto dos caucasianos têm duas cópias da variante genética.

Ter as duas cópias, no entanto, não é razão suficiente para causar a insuficiência cardíaca, segundo Dorn. “Há muita gente andando por aí com essa variante e sem nenhum sinal de insuficiência cardíaca. Mas achamos que se um paciente tem essa predisposição e acontecer algo mais a ele – como desenvolver uma hipertensão, ou ter um pequeno infarto – isso aumentará em muito as chances de ter a insuficiência cardíaca”, disse.

O artigo Loss-of-function DNA sequence variant in the CLCNKA chloride channel implicates the cardio-renal axis in interindividual heart failure risk variation (doi: 10.1073/pnas.1017494108), de Gerald Dorn II e outros, poderá em lido breve ser lido por assinantes da PNAS em www.pnas.org .

 

 

Agência FAPESP

Link de acesso: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13333/dos-rins-para-o-coracao.htm

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