O carnaval é um período de descanso para alguns, porém de diversão e festa para outros, mas, de um jeito ou de outro, seja na praia ou no carnaval de rua, é importante não descuidar da saúde.

Alimentação

A alimentação é fator essencial para manter a saúde durante os dias de folia. Fazer seis refeições por dia ou uma refeição a cada duas ou três horas irá te ajudar a manter a energia.

O ideal é evitar alimentos gordurosos, como frituras, chocolate, biscoitos recheados e pastas à base de maionese, pois esses alimentos têm uma digestão mais lenta, podendo provocar sono.

Vegetais e frutas são superimportantes, pois, além de repor vitaminas e minerais, são refrescantes e dão uma energia extra.

Uma dica é levar para a folia uma barra de cereal ou uma fruta, para não ficar tanto tempo sem se alimentar. Se não for possível, faça uma alimentação leve antes de ir para a festa, rica em carboidrato e pobre em gordura.

Hidratação

A hidratação é fundamental, por isso, não se esqueça de tomar líquidos antes, durante e depois da folia. Vale ressaltar aqui que bebidas alcoólicas e cafeinadas não são contabilizadas como líquidos, já que elas desidratam o organismo. Água é a melhor opção, sempre, assim como sucos naturais e água de coco.

As bebidas alcoólicas devem ser consumidas sempre com moderação.

Calçado adequado

O calçado mais indicado para os dias de festa é o tênis, já que evita lesões nos pés. Para quem não abre mão do salto alto, o ideal é que ele tenha no máximo 4 centímetros de altura, para evitar lesões no tornozelo. Sandálias com salto plataforma não são aconselhadas, já que é mais fácil para a mulher virar o pé.

Nos salões, as rasteirinhas são uma boa opção para estar na moda sem sobrecarregar os pés, mas, ao escolher o modelo, prefira um que seja confortável e que não fique "pegando" em nenhuma parte dos pés.

Alergias na pele

Se você gosta de curtir o carnaval fantasiado, muita atenção com a fantasia escolhida. Isso porque a tintura ou o corante usados nas fantasias, assim como as plumas e os paetês, podem causar alergia na pele. O mais indicado é usá-las por um período curto de tempo e depois tirá-las. Além disso, é importante evitar o contato direto na pele, com o uso de roupas íntimas de algodão puro.

Em relação à maquiagem, o conselho é usar produtos de marcas conhecidas e, caso não conheça o produto, fazer um teste antes, aplicando-o em um local na pele e esperando um tempo para ver se não tem nenhuma reação. Também é importante remover toda a maquiagem antes de dormir.

Cuidados gerais

¬- Além dos cuidados citados acima, também é necessário se preocupar com o descanso. Dormir e repousar diminui o risco de ter alguma lesão muscular por fadiga, por isso, é preciso um sono reparador, de qualidade.

- Use roupas confortáveis e não muito quentes.

- Use protetor solar, seja na piscina, na praia ou em blocos de rua.

- Use sempre camisinha.

- Tome cuidado com banheiros públicos, evite sentar no vaso sanitário.

- Não aceite bebida de pessoas estranhas.

- Se vai participar de trios elétricos ou blocos de rua, não esqueça de se alongar antes e, pelo menos uma semana antes, faça caminhadas leves de pelo menos meia hora para se habituar melhor ao esforço físico.

- Se for hipertenso, não deixe de tomar as medicações nos horários corretos e beba com moderação.

- Pessoas com problemas cardíacos, ou não, devem ficar atentas a qualquer sintoma diferente, como cansaço além do normal, falta de ar, dor no peito, tonteira e palpitações.

Alimentação adequada, condições de higiene, atividade física e medidas de prevenção: vários são os fatores que podem ajudar na busca por uma vida mais saudável. Porém, o que muitas pessoas esquecem é que a mente também tem um papel importante nesse processo, dada a influência das emoções no nosso estado de saúde.

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O calor chegou com tudo neste verão. Há alguns dias, uma forte onda de calor tomou conta do país todo e, embora as temperaturas tenham amenizado um pouco, os meteorologistas afirmam que o forte calor tende a voltar nos próximos dias. E com o forte calor, dormir bem não tem sido tarefa fácil. Com as temperaturas elevadas até mesmo à noite, as pessoas têm dificuldade para pegar no sono, não dormem direito e acordam várias vezes durante a noite, e isso reflete no seu rendimento durante o dia, já que, com o sono pouco reparador, elas já acordam cansadas. Mas o que fazer?

A especialista em sono Dra. Angela Beatriz Lana explica que, para dormirmos bem, precisamos de uma temperatura agradável e um quarto arejado, além de escuridão e silêncio.

Mas é justamente a temperatura agradável que está difícil nos últimos dias. Muitas pessoas optam pelo uso do ventilador, mas, para evitar problemas respiratórios, é indicado que as abas estejam bem limpas e que ele não seja direcionado para o rosto, pois isso resseca a via aérea. Também é aconselhável escolher modelos que façam pouco barulho, pois isso também atrapalha o sono.

Para aqueles que optam pelo uso do ar-condicionado, atenção! O filtro deve estar limpo e ele deve ser ligado a uma temperatura agradável. Nada de deixar o quarto congelando, pois isso pode deixá-lo mais vulnerável ao vírus da gripe, que também prejudica o sono.

Muitas pessoas têm piora das crises de rinite com o calor, pois os ácaros se proliferam. As obstruções nasais ao deitar ficam mais frequentes e piores, e são causas frequentes de noites maldormidas, e muitas pessoas optam pelos umidificadores de ambiente, mas eles não são aconselháveis, pois podem piorar as crises.

A escolha do travesseiro certo também pode ajudar. Os feitos de tecido de algodão permitem transpiração fácil e boa ventilação, não piorando o calor na cama. Prefira também lençóis de algodão e linho, em vez dos sintéticos, pois esquentam menos. Na hora de escolher o pijama, dê preferência para os mais leves e frescos. Optar por um banho com água morna antes de se deitar também é uma boa opção.

Uma dica também é estar tranquilo ao se deitar. Deixar o estresse e a preocupação para o dia seguinte. Para quem tem dificuldade para dormir, exercícios intensos à noite podem atrapalhar o sono, por acelerar o metabolismo e liberar adrenalina num momento em que seria necessário desacelerar o corpo. Mas quem gosta ou precisa praticar exercícios à noite deve se lembrar da hidratação adequada e de tentar um relaxamento após a prática esportiva noturna.

Evite também, antes de dormir, atividades que estimulem o cérebro, como assistir televisão ou ficar no computador ou no celular.

"No verão queremos muito ficar fora de casa, aproveitar bares e restaurantes abertos, sair mais, nos socializar mais. Isso proporciona um bem-estar, mas também menos tempo de sono e mais cansaço durante o dia! Ficar atento para as horas dormidas e para a importância do descanso para manter o bom funcionamento das nossas defesas e da nossa mente é essencial", finaliza ela.

Angela Beatriz Lana, especialista em Medicina do Sono e Otorrinolaringologia, atua no Indaiatuba Day Hospital. Mestrado em Medicina do Sono. CRMSP 149513

Você sabia dor de cabeça não é tudo igual? Segundo o neurologista Fábio Sawada Shiba, existem muitos tipos de cefaleia [dor de cabeça], que se encontram relacionados na Segunda Classificação de Cefaleias, de 2006. A principal divisão da classificação encontra-se entre as cefaleias primárias (sem uma causa definida – como tumores, traumatismos ou infecções) e secundárias (em que existe uma causa identificável da cefaleia).

Quanto às cefaleias primárias, os principais tipos são a migrânea [enxaqueca] e a cefaleia do tipo tensional, sendo importante para o diagnóstico de cefaleias primárias a exclusão de outras causas.

A migrânea caracteriza-se por uma dor latejante/pulsátil, de moderada a forte intensidade, normalmente acometendo metade da cabeça e acompanhada por náuseas, sensibilidade à luz e a ruídos, piora da dor a esforço físico (ocasionalmente também vômitos). Logo antes da crise dolorosa podem aparecer sintomas de aura migranosa (normalmente com alterações visuais – aparecimento de manchas escuras, pontos ou linhas em zigue-zague brilhantes).

A cefaleia do tipo tensional caracteriza-se, por outro lado, por uma dor em aperto/peso, de leve a moderada intensidade, localização variável e sem os sintomas que acompanham as crises migranosas (sensibilidade à luz e a ruídos, piora a esforço físico), embora possam ocorrer náuseas dependendo da intensidade e duração da dor.

Indica-se o tratamento profilático das crises de cefaleia dependendo da repercussão das crises de cefaleia sobre o cotidiano do paciente, levando-se em conta frequência e intensidade das crises. O tratamento pode envolver o uso de medicações como anti-hipertensivos ou antiepilépticos (para migrânea) ou antidepressivos (para migrânea e para cefaleia do tipo tensional).

No caso das cefaleias secundárias, suspeita-se delas se:

• ocorrerem associadas a traumatismos na cabeça;

• ocorrerem conjuntamente a perda de consciência, crises convulsivas, rigidez nucal ou febre;

• ocorrerem sinais adicionais de déficit neurológico (fraqueza, perda de sensibilidade, visão dupla);

• aparecerem de maneira súbita;

• apresentarem piora progressiva.

O tratamento das cefaleias secundárias depende da causa.

A automedicação em casos de cefaleia se justifica em casos em que a pessoa já tenha um diagnóstico definido, tenha crises esporádicas e bem controladas com as medicações utilizadas para o tratamento das crises.

Como regra geral, pacientes com cefaleia primária cuja frequência de crises esteja aumentando e/ou o controle medicamentoso tenha piorado (com necessidade de doses maiores ou com frequência maior que 2 vezes por semana) na ausência de outros fatores causais são pacientes em risco para o desenvolvimento de cefaleia associada a uso excessivo de medicação ou mesmo a cefaleia crônica diária. A cefaleia crônica diária, quando associada a uso excessivo de medicações, só pode ser controlada adequadamente com a suspensão do uso excessivo das medicações.

Segundo o neurologista, torna-se necessário auxílio de profissional especializado caso se suspeite de cefaleias secundárias e com a presença de cefaleias primárias com necessidade de uso de medicações sintomáticas com frequência maior que 2 vezes por semana e/ou grau significativo de repercussão sobre atividades cotidianas.

"Mais recentemente tem-se reconhecido o valor de terapias como a acupuntura ou as psicoterapias no tratamento das cefaleias primárias. Apesar de frequentemente mencionado em pesquisas, entretanto, o biofeedback é ainda pouco utilizado pela escassez de locais disponíveis para o tratamento", finaliza ele.

Dr. Fábio Sawada Shiba - neurologista da Fluyr Saudável - Clínica de Combate à Dor, Reabilitação, Estética, Relaxamento e Bem-Estar

Quem tem diabetes pode ingerir bebida alcoólica? Essa é uma grande dúvida das pessoas. Muitos acreditam que não e param de beber assim que diagnosticados com a doença, porém, a nutricionista Adriana Lúcia van-Erven Ávila explica que os diabéticos podem, sim, ingerir bebida alcoólica, desde que estejam com a glicemia (taxa de glicose no sangue) controlada. Além disso, também é necessário estar com a taxa de triglicérides (tipo de gordura no sangue) estável, ter um peso adequado e não estar com a pressão alta. Mas, claro, com moderação.

Segundo a Associação Americana de Diabetes (ADA), a quantidade máxima de álcool (etanol) é de até 30 ml para o homem, o que equivale a 2 taças de vinho (125 ml cada) ou 1 garrafa de cerveja (600 ml) ou 1 dose de destilado (60 ml) ao dia. Já para a mulher essa quantidade de etanol reduz para a metade (15 ml) e, consequentemente, das bebidas alcoólicas mencionadas.

A bebida alcoólica contém não só o etanol, bem como carboidrato proveniente do malte ou da cevada, da uva ou do açúcar que é incluído na bebida, como na cerveja escura, no vinho licoroso ou no licor, e estes últimos acabam tendo maior quantidade de carboidrato. Os destilados (uísque, pinga, vodca) têm um teor maior de álcool e, portanto, de calorias. Uma dica ao tomar caipirinha é adoçar com adoçante, em vez do açúcar refinado, para evitar uma sobrecarga de carboidrato. Dentre todas as bebidas alcoólicas, o vinho tinto tem o benefício de aumentar o HDL (bom colesterol), pela presença do resveratrol, mas o seu consumo deverá ser visto de forma individualizada, junto ao seu médico.

Mas qual o efeito do álcool em diabéticos? Quais os perigos?

O álcool tem 7 calorias para cada 1 ml de etanol que está dentro da bebida, portanto pode provocar o ganho desnecessário de peso, o que descontrola mais ainda a glicose no sangue. Se tomado em jejum (sem que a pessoa consuma um alimento previamente à sua utilização) poderá provocar hipoglicemia (queda da glicose no sangue abaixo do valor normal), que é o principal medo do diabético que quer tomar bebida alcoólica. Muitas vezes há dificuldade de se distinguir se a pessoa está com hipoglicemia ou sob os efeitos do álcool, por isso é sempre importante que o diabético se alimente antes de ingerir qualquer tipo de bebida alcoólica e carregue sempre consigo um cartão de identificação de que é portador de diabetes. Entretanto, se o álcool for usado em excesso poderá levar à hiperglicemia (aumento da glicose no sangue acima do ideal). Além disso, pode aumentar os triglicérides e a pressão arterial, e o abuso de álcool é ruim para o fígado.

Segundo a nutricionista, o ideal é sempre medir a glicose antes, durante e após a ingestão de álcool. "É sempre prudente levar consigo um sachê de açúcar líquido ou de mel, ou tomar um suco de laranja com açúcar ou um refrigerante com açúcar normal, nos casos de hipoglicemia comprovada, até a melhora da glicemia, pois às vezes nos encontramos fora de casa ou longe de centros urbanos ou de serviços de saúde. Para recuperar da hipoglicemia os produtos líquidos são mais indicados, pois a sua absorção e ação são mais rápidas", diz ela.

Mesmo que o diabético esteja com a glicose controlada, os médicos não recomendam que seus pacientes consumam álcool se tiverem arritmia, insuficiência cardíaca, problemas no fígado, triglicérides elevados, neuropatias (doenças nos nervos) e∕ou gastrite ou úlcera. De qualquer forma, como cada caso é um caso, consulte o seu médico. "E, se beber, não dirija!", finaliza ela.

Adriana Lúcia van-Erven Ávila é nutricionista graduada pela Universidade São Camilo - SP. Especialista em Nutrição pelo InCor - HCFMUSP e pela SOCESP. Especialista em Distúrbios Metabólicos e Risco Cardiovascular pelo CEU. Nutricionista das Clínicas Christiane Sobral (de Endocrinologia e Diabetologia) e Hashimoto & Toledo (de Endocrinologia e Urologia). CRN 3 - 2816