Dicas básicas

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O verão, todos sabem, é uma época de forte calor. O que nem todos sabem, entretanto, é que este calor, em excesso, pode agravar ou desencadear alguns problemas neurológicos, por isso é preciso tomar alguns cuidados. 

Quem nunca teve dor de cabeça? São poucos os privilegiados nesta situação, uma vez que se estima que 9 em cada 10 pessoas terão, pelo menos, 1 episódio de cefaleia na vida. Entre eles, a enxaqueca é o mais comum. Neste sentido, o verão pode ser um fator desencadeante ou até agravante de crises. O calor favorece a desidratação, a hipoglicemia, altera a pressão e os batimentos cardíacos. Por isto, enxaquecosos ou portadores de cefaleia crônica precisam ter cuidado redobrado nesta época do ano, hidratando-se muito, procurando lugares mais frescos, na sombra, ingerindo alimentos leves e ricos em água, bebendo bastante líquidos ou isotônicos.

O sono também pode ser prejudicado no verão, principalmente na mudança do fuso horário, quando o relógio é antecipado em 1 hora. Muitas pessoas têm um ritmo biológico que se altera bastante com pequenas mudanças do ciclo sono-vigília. E alteração de sono, por sua vez, é mais um fator que desencadeia cefaleias, como vimos acima.


No calor intenso, indivíduos com pressão arterial mais baixa, no limite inferior, são mais sujeitos a desmaios, tonturas e até, mais raramente, crises convulsivas. É muito importante, além de manter a hidratação adequada, mais cuidado ao se levantar da posição deitada para a posição em pé, e fazer isto pausadamente.

Finalmente, situações mais incomuns podem ser precipitadas pelo calor intenso. Uma delas é o "fenômeno de Uhthoff", no qual ocorre um agravamento dos sintomas neurológicos em portadores de esclerose múltipla. Isto ocorre porque o aquecimento do corpo altera a condução dos impulsos elétricos pelas células nervosas. A outra, menos comum, seria nos casos de doença cerebrovascular, seja acidente vascular cerebral isquêmico ou trombose venosa cerebral, ambos associados ao calor e à desidratação.

Logo, é importante tomar bastante cuidado no calor, em particular, aquelas pessoas que têm problemas neurológicos. Mais importante ainda, medidas simples de prevenção podem amenizar grande parte das queixas que estes pacientes têm nesta época do ano.

 

Dr. André Felício, CRM 109.665, neurologista, doutorado pela UNIFESP/SP, pós-doutorado pela University of British Columbia/Canadá e médico pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein/SP

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O verão chegou com tudo. As altas temperaturas estão em todos os cantos do país e, com o calor, são comuns as brincadeiras em piscinas, lagos e mar. Justamente por isso, nesta época do ano o número de lesões na medula causadas por mergulho em águas rasas costuma aumentar. A maior incidência é entre os jovens e muitas das vezes os acidentes estão relacionados ao consumo de álcool e/ou drogas, o que faz com que a pessoa perca a capacidade de julgamento do perigo.


O ortopedista e traumatologista da Sociedade Brasileira de Coluna, Dr. Alexandre Fogaça Cristante, explica que as lesões mais comuns causadas por mergulho em águas rasas vão desde uma entorse até uma fratura ou fratura-luxação (fratura com deslocamento de uma vértebra sobre a outra), e consequente lesão neurológica (compressão de raiz do nervo e/ou medula). Dependendo do grau de lesão, o indivíduo pode ficar tetraplégico irreversivelmente, por isso é preciso muita atenção.


Para evitar o problema, o ideal é conhecer o local em que se vai mergulhar. "Se você vai mergulhar num local que não está familiarizado, procure conversar com quem conheça o local e, de forma geral, evite o mergulho", diz ele. Outra dica é entrar na água devagar, antes de mergulhar, andando ou descendo, ao invés de pular primeiro. Se for pular de qualquer maneira, o ideal é fazê-lo em pé e não de cabeça. Brincadeiras de empurrar os colegas na piscina, no mar ou em lagos também devem ser evitadas, pois a pessoa pode cair de mau jeito e a brincadeira pode se transformar numa tragédia.


O socorro no caso de acidentes é essencial para o quadro do paciente, mas desde que seja feito da forma correta. Se a pessoa teve a lesão e ainda está na água é necessário retirá-la, com movimentos suaves, tentando não manipular a cabeça ou o pescoço, para que ela não se afogue. Ao chegar à margem, mantenha a pessoa deitada e chame ajuda de bombeiros ou médicos; eles irão imobilizá-la com colar cervical e colocá-la numa prancha de remoção. "É importante que não tentem colocar esta pessoa num carro sem esta ajuda, pois pode acabar piorando a lesão já existente", explica o ortopedista.

Para as pessoas que já estão acostumadas a mergulhar num determinado local: nem sempre as condições do leito (rio, mar, etc.) permanecem estáveis, ou seja, uma pedra pode se deslocar, um banco de areia pode se formar, etc. Com isso, o que era um local fundo o suficiente pode tornar-se perigosamente raso.

Com essas dicas, aproveite para curtir bem o verão!

 

Dr. Alexandre Fogaça Cristante é Ortopedista, Traumatologista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC);

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