Saúde mental

Depressão infantojuvenilExiste uma tendência natural em se pensar na infância como um período feliz, livre de preocupações ou responsabilidades. Apesar disso, as pesquisas mostram que as crianças também sofrem de depressão. Até o momento, é consenso geral entre pesquisadores e clínicos que crianças e adolescentes podem se deprimir. Apesar da pouca concordância que existe em relação à natureza e à estrutura dos sintomas depressivos nessa população, que costuma se apresentar de modos distintos para as diferentes faixas etárias, tornando o reconhecimento dos sintomas um desafio para muitos especialistas. Sentimentos de tristeza em função de perdas ou manifestações de raiva decorrentes de frustração são, na maioria das vezes, reações afetivas normais e passageiras e não requerem tratamento.


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Depressão bipolar - uma das fases do transtorno de humor bipolarHá dias em que a euforia bate no céu. Em outros a depressão leva ao fundo do poço. A novidade sobre essa gangorra de emoções é que os cientistas confirmam a suspeita de que uma molécula presente no cérebro e no sangue pode apontar a predisposição para a doença (sim, é doença!) com boa margem de segurança. É como levar uma vida dupla. Uma hora a euforia toma conta e leva o organismo ao seu limite de excitação, até mesmo sexual. É energia que não acaba mais, a ponto de o sono tornar-se quase desnecessário. Perde-se a capacidade de julgamento e a autocrítica e há quem se torne irritadiço.

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Depressão infantil confunde os pais - muitas crianças sofrem caladasÉ triste dizer, mas a depressão não é só problema de gente grande. Estima-se que 10% das crianças tenham algum sintoma do mal em algum momento da vida. Na maioria dos casos, ela surge aos quatro ou cinco anos. Infelizmente muitos pais demoram a perceber a disfunção, achando que ela faz parte do jeito de ser da criança. Aliás, muitos até acham bom que o filho seja quietinho e não dê trabalho. E acreditam que o fato de ser agarrado aos pais é erro de criação, e não doença.


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Depressão e ansiedade causam dor na nucaFatores psicossociais negativos e eventos estressores, especialmente a depressão e a ansiedade, estão intimamente relacionados à dor cervical recorrente ou persistente. Segundo pesquisas, para que os resultados favoráveis sejam a longo prazo, é essencial levar em conta os fatores psicossociais e incluí-los junto ao tratamento que é chamado "terapêuticas estratégicas para a dor cervical".


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A típica fase de depressão na mulherVocê já ficou de mau humor, resmungona e chata, achando a vida sem graça e doida pra chutar o balde?

Fique atenta, pois você pode estar com depressão. Isso mesmo. Nem sempre a depressão aparece daquele jeito clássico, em que a pessoa fica triste, chorando, deitada na cama, sem ânimo para comer e com vontade de morrer ou de se matar.


 


A depressão pode surgir com irritabilidade, cansaço, sensação de desamparo e desmotivação. Ou através de doenças, como vaginites, gripes, herpes, gastrites, cefaleias, etc.

Mulheres de meia-idade, entre 35 e 50 anos, passam por um período de alterações clínicas distintas, que podem decorrer de oscilações hormonais mais significativas, produção mais baixa dos hormônios ovarianos, irregularidades menstruais, alterações urogenitais, do sono, da memória e/ou do humor. Das perturbações do humor, de longe, é a depressão a queixa mais prevalente de mulheres em período perimenopausa, principalmente as que já manifestaram quadros depressivos ao longo da vida.


A depressão é um transtorno complexo e que se manifesta, como vimos, através de sintomas físicos e psíquicos. É importante lembrar que a depressão e a distimia também podem cursar como uma comorbidade do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Sempre é orientado ao especialista fazer uma triagem para o TDAH, pois no TDAH as comorbidades são a regra, e não a exceção. A transição menopáusica pode ser dividida em período perimenopausa (declínio da função ovariana até um ano após a menopausa), menopausa (término da atividade ovulatória folicular e um ano de amenorreia, ou seja, sem menstruar) e pós-menopausa (após um ano sem menstruar).

Esse declínio hormonal modifica o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal feminino, com baixa secreção dos estrógenos e também dos níveis de progesterona, sendo essa uma das razões por que a mulher se deprime mais que o homem, numa proporção de 2:1 a favor das mulheres, é claro, que apresentam vários tipos de transtornos do humor, desde a famosa TPM aos episódios depressivos na gestação (20%), ou no pós-parto (15-20%), ou na menopausa ou no climatério. Para não falar dos quadros depressivos das crianças e adolescentes, cada vez mais evidentes em nossa sociedade.

Na verdade, as oscilações da produção de hormônios sexuais podem alterar o humor da mulher em qualquer idade. Não raro, a depressão fica bastante agravada por fatores de ordem emocional e/ou ambiental. Mas, na verdade, temos que saber que existe a possibilidade de o quadro depressivo estar mascarando a ocorrência de um distúrbio hormonal, que, obviamente, só vai cronificar o episódio depressivo.


Fatores de risco importantes compreendem o relacionamento conjugal desgastado ou rompido, apego excessivo da mulher na criação dos filhos, histórico de depressão ou outros transtornos psiquiátricos na família, doenças clínicas, condição socioeconômica baixa, baixa escolaridade, perda precoce dos pais, entre outros. O problema pode ainda se ampliar, quando vários sintomas se sobrepõem, dificultando o diagnóstico. Nos casos mais graves, a indicação é de que sejam usados medicamentos antidepressivos além da terapia hormonal. Se ansiedade estiver presente, deverá ser administrado um ansiolítico como adjuvante.


O tratamento exige remissão total dos sintomas. Senão, o índice de recorrência é alto, cada vez mais, a cada episódio depressivo. Mulheres que já apresentaram mais de três episódios depressivos deverão fazer tratamento com antidepressivos por tempo indeterminado, uma vez que as chances de recuperação total se reduzem a menos de 10%. Ficar ciente e atenta aos efeitos colaterais dos antidepressivos, que podem variar desde boca seca até náusea, cansaço, tremor, prisão de ventre, sonolência, tonteira, ansiedade, dor de cabeça, ganho de peso, diminuição da libido, esquecimentos e outros, que são motivo de altas taxas de abandono e não adesão ao tratamento.

A influência dos efeitos colaterais dos antidepressivos sobre a função sexual vai depender do tipo do antidepressivo usado. A bupropiona e a mirtazapina são os antidepressivos que menos causam prejuízo na libido. Estratégias sugeridas para minimizar os efeitos colaterais dos antidepressivos sobre a função sexual incluem conhecimento do fato pela paciente, reduzir dose do antidepressivo, substituir o antidepressivo quando possível ou acrescentar antídotos, como a bupropiona (inibidor da dopamina, que aumenta a libido), aos inibidores da serotonina, que geralmente causam prejuízo da libido.

O risco de a bupropiona induzir disfunção sexual se assemelha ao do placebo, sendo a bupropiona o antidepressivo de escolha para o tratamento da depressão em mulheres com queixas sexuais ou aquelas no climatério ou na menopausa. A disfunção sexual, própria da depressão e das alterações hormonais dessa fase, não é alterada com a administração da bupropiona. Ao contrário, ela pode até beneficiar a atividade sexual, além de tratar a depressão. Sendo a bupropiona um agente dopaminérgico e noradrenérgico, vai estimular mulheres apáticas, letárgicas, obesas e com o grande diferencial de outros antidepressivos, que é não causar ganho de peso.

Vale ressaltar que a disfunção sexual pode ser um sintoma prodrômico da depressão tanto quanto um sintoma próprio ou inerente à depressão ou ainda um sintoma residual de um quadro depressivo. Consulte um especialista de confiança na área.

 


evelyn_vinocur_site_copyEvelyn Vinocur é psicoterapeuta cognitivo-comportamental. Atua há mais de 30 anos na área de saúde mental de adulto e é especializada em saúde mental da infância e adolescência. www.evelynvinocur.com.br

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