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Tabagismo: A primeira aproximação do cigarroComo e quando é o primeiro acesso de uma pessoa ao cigarro?

O acesso ao cigarro em muitas situações acontece de forma precoce - no caso de pais fumantes - pelas facilidades que a criança ou o jovem tem de encontrar o cigarro dos pais dentro de casa ou do carro, somando-se ainda ao modelo de comportamento dos pais, especialmente no período da pré-adolescência – o que influencia muito o jovem em tenra idade a experimentar o cigarro.

É importante lembrar que há também evidências científicas de influência genética no comportamento aditivo à nicotina. Filhos de pais fumantes apresentam uma maior chance (probabilidade) de se iniciarem no consumo de tabaco mais cedo e de virem a se tornar dependentes da nicotina quando comparados aos filhos de pais não fumantes.

Há os clássicos estudos com gêmeos demonstrando bem esta influência da genética, que varia de 40-60%, o que é um número bem expressivo.

O primeiro acesso, entretanto, ocorre na maioria dos casos, a partir dos 10-12 anos de idade, a chamada “fase da experimentação”, com nítida influência da personalidade do jovem, do grupo ao qual pertence e das lideranças e ídolos que fazem “a sua cabeça”.

Jovens com comportamento tímido, inseguros, com transtornos de humor – por exemplo, depressão – e com ambiente familiar conturbado, são mais propensos a desenvolver a dependência, ao se iniciarem na senda tabágica.

Em geral, nas primeiras semanas ou meses, o jovem iniciante fuma esporadicamente, não costuma comprar maços de cigarro (fuma dos pais ou fila de algum amigo ou compra a varejo). As primeiras tragadas não costumam ser prazerosas – tosse; dor de cabeça; irritação da garganta e dos olhos são efeitos comuns nesta fase. Apesar desses efeitos, sente-se bem mais envolvido nas atividades sociais, prazer, mais bem aceito pelo grupo e mais “adulto”.

Com o tempo – variável para cada fumante – o indivíduo vai adquirindo “tolerância”, ou seja, aquela quantidade inicial da nicotina já não é suficiente para sentir os efeitos com a pequena quantidade que fumava e, o fenômeno da dependência química completa seu ciclo, levando o indivíduo a fumar 1 maço ou mais por dia, de forma cíclica, com intervalos bem definidos desde o despertar, até a hora de dormir.

Estes intervalos sofrem a influência de vários fatores, tais como o estresse, distúrbio emocional – estado ansioso ou depressivo; angústia; frustração; euforia (alegria); perdas, etc.

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