Crack: por que ele assusta tanto?

Conscientizar a população sobre os riscos do consumo de crack pode parecer repetitivo em alguns momentos, mas se faz sempre necessário, principalmente com o crescimento do consumo nos últimos anos. Segundo dados de 2011 da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas do Estado de São Paulo, a droga já é a mais utilizada entre as ilícitas e é citada em 31% das respostas, perdendo apenas para o álcool e o tabaco, que são drogas lícitas.

Obtido por meio do aquecimento da "pedra", o consumo de crack é nada menos do que a inalação dos vapores da cocaína, que atravessam a membrana alveolar do pulmão, alcançando diretamente o sistema nervoso central. A partir daí, os efeitos surgem rapidamente (em cinco a dez segundos) e duram de cinco a dez minutos, obrigando o usuário a repetir com frequência a "cachimbada" a fim de manter o entorpecimento.

Se por um lado os efeitos são rápidos, por outro as consequências são ainda mais devastadoras. Além de complicações somáticas, com impactos pulmonares e na gestação, existem ainda prejuízos cardiovasculares, com a descrição de quadros de infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e arritmias cardíacas. Isso sem falar em problemas neurológicos, gastrointestinais e até mesmo na sexualidade.