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Como lidar com o ciúme do filho pequeno ao engravidar

A gravidez para um casal é sempre um momento mágico, de muita alegria, mas, se o casal tem um filho pequeno, isso pode causar ciúmes e desconforto para o menor. Para lidar com isso da melhor maneira possível, a psicóloga Erika Vendramini aconselha a contar para o filho assim que souber da gravidez, para que o filho mais velho tenha tempo para assimilar e acostumar-se com a ideia de ter um irmãozinho. Além disso, a criança vai ficar segura por perceber que os pais não guardam segredos, e que ela está incluída em todos os planos da família. "Uma boa forma de contar é dizer que a família vai aumentar e que todos estão felizes com isso", explica a psicóloga.

Outro conselho é "apresentar" o bebê à criança mais velha desde o útero, mostrando desenhos adequados à idade dela sobre o desenvolvimento do bebê mês a mês, até o nascimento, mostrar o ultrassom e levá-la junto para que ela ouça o coração do bebê, além de explicar as mudanças físicas pelas quais a mamãe irá passar, como o crescimento da barriga e o cansaço. Explicar também como é a rotina de um bebê e os cuidados que ele exige também é fundamental, evitando comentários como "Você terá um amiguinho para brincar!", para que ela não se frustre com o tempo que terá que esperar até que isso realmente aconteça.

A psicóloga aconselha também que qualquer alteração na rotina da criança, como retirada de fraldas ou mamadeira, ida para a escolinha, troca do berço para a cama, entre outras, deve ser feita antes do nascimento ou bem depois, para que ela não associe as "perdas" com a chegada do irmão, que já é uma mudança grande na vida da criança. "Se eles tiverem que dormir no mesmo quarto, pode-se explicar que o bebê terá as mesmas necessidades que ela, como roupas, alimentação e lugar para dormir, por isso ela precisará dividir o quarto com o irmãozinho", diz Erika.

Para que ela não fique enciumada, lembre-se de não transformar o quarto dela num "quarto de bebê", mas sim num quarto adequado para crianças de ambas as idades, mantendo as coisas das quais ela precisa, acrescentando os objetos de necessidade do bebê e transformando o quarto num lugar ainda mais interessante para ela, seja com uma decoração escolhida por ela ou um móvel só dela, como uma escrivaninha, por exemplo.

Mas é claro que, mesmo tomando todos esses cuidados, o ciúme vai aparecer! No entanto, ele não é de todo mau. É nessa convivência com o outro, dividindo o espaço e a atenção, que a criança aprende a viver em sociedade e se desenvolve emocional e socialmente. Para que a criança não se sinta excluída, pode-se pedir que ela seja paciente quando te chamar enquanto você está ocupada, garantindo que dará atenção a ela depois. E realmente fazê-lo, separando um tempinho só pra ela, seja para ler um livro, brincar ou pegar no colo e dar um pouco de carinho.

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