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Perda de memória ou falta de atenção? Saiba qual é o seu problemaQual a diferença entre perder a memória e esquecer de algo porque não prestou atenção suficiente? Como saber o que está acontecendo com cada indivíduo?

Esquecer algo por não prestar atenção suficiente é extremamente comum e não significa necessariamente doença cerebral. Condições comuns na atualidade como ansiedade, sintomas depressivos, estresse, sono insatisfatório (insônia noturna/sonolência diurna) podem causar dificuldade de concentração e um desempenho aquém do esperado em memória. Geralmente é a própria pessoa que se queixa e o esquecimento, em geral, não interfere significativamente na vida sócio-ocupacional da pessoa.

Ao contrário, doenças cerebrais da memória cursam com uma grande dificuldade de reter informações novas, independente do grau de atenção. Assim, a pessoa começa esquecendo recados importantes, contas a pagar, gás aceso, etc., o que acaba interferindo no cotidiano. É comum esquecer também datas, como saber o dia do mês, o mês e o ano. A pessoa, em geral, não se dá conta da intensidade do problema e a queixa vem mais comumente de pessoas próximas.

A idade é um fator determinante para se preocupar se os lapsos de memória têm ou não significado patológico. O idoso, normalmente, tem um desempenho de memória ligeiramente inferior ao do adulto jovem e o ideal é que se compare seu desempenho com o de pessoas saudáveis da mesma idade/nível cultural. Assim, sugere-se que pessoas acima de 60 anos com queixas sejam avaliadas por neurologistas para avaliação do possível problema e, se necessário, realizar testes mais complexos de memória, atenção, orientação, linguagem, etc.

 

Técnicas de memorização de repetição e associação realmente funcionam?

A reabilitação neuropsicológica é um campo que está em crescimento e ganhando relativa consistência como terapia aceitável para tratamento de problemas cognitivos, como dificuldade de memória. Assim, é possível que técnicas de repetição/associação tragam benefícios para esses pacientes.

Pessoalmente, eu recomendo que a pessoa mantenha uma vida ativa, participando dos problemas/situações do dia a dia do mundo real, em situações concretas. Se necessário, nos casos de doença de Alzheimer, por exemplo, sob supervisão de um responsável ou terapeuta ocupacional. O que não é recomendado é que permaneça sem atividade, de forma passiva em relação à vida.

 

Anotar as coisas para não esquecer ao invés de forçar a mente a lembrar de algo é prejudicial à memória?

Acredito que não.

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