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Assim que o bebê nasce, ele já começa a usar os órgãos fonoarticulatórios, usando como meios o choro, o sorriso e as expressões faciais em geral. Com o tempo vai desenvolvendo a fala através do que ouve e tenta articular corretamente as palavras. Assim, entra no processo de comunicação para ouvir e ser ouvido.
Algumas crianças desenvolvem a fala com desenvoltura, porém outras apresentam certas dificuldades, que em geral passam despercebidas pela família, por serem muito sutis. Mas os problemas, se não detectados cedo, podem provocar distúrbios na fala, que só poderão ser corrigidos com a orientação de um fonoaudiólogo.
Um caso simples que pode ser resolvido, de preferência o mais cedo possível, é a língua presa, que anda sendo confundida com outros problemas articulatórios.
A fonoaudióloga Dra. Léslie Piccolotto Ferreira explica que a expressão "língua presa" está associada muitas vezes ao ceceio, que vem a ser a projeção da língua quando os sons que denominamos sibilantes (/s/ e /z/) são emitidos. Neste caso, a língua nem sempre se apresenta "presa", mas sim com certa flacidez. Durante a fala é comum que a língua seja vista durante a emissão dos sons, projetada entre os dentes.
A "língua presa" de fato é aquela que está restrita por um freio lingual curto (embaixo da língua) que impede a emissão principalmente dos sons que necessitam de ponta de língua elevada para serem emitidos, como o /l/ ou o /r/. Não se pode, contudo, generalizar, ou seja, nem sempre a dificuldade na emissão desses sons tem como causa um freio curto e, portanto, uma "língua presa". Nesses casos uma avaliação fonoaudiológica, com encaminhamento a outros profissionais, quando necessário, pode determinar melhor qual é o problema e que condutas seguir.
- Ant
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