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A recente onda de protestos que tomou conta do Brasil em junho fez com que alguns setores do poder público reagissem para atender às reivindicações populares. Na área da saúde, uma das medidas anunciadas pelo governo foi a vinda de médicos estrangeiros para o país, que teria como objetivo solucionar em parte o déficit de profissionais em algumas regiões.
Apesar dos esforços governamentais, nem tudo é tão simples. Para trazer médicos de outros países para o Brasil, é necessário que esses profissionais passem por um exame capaz de validar diplomas obtidos fora do país, expedidos por Instituições de Ensino Superior Estrangeiras, o chamado Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, popularmente conhecido como Revalida.
"O Revalida foi instituído em março de 2011 e é resultado de um esforço conjunto dos Ministérios da Educação e da Saúde. Ele tem como objetivo estabelecer um processo de avaliação unificado e padronizado para validação dos diplomas médicos obtidos fora do país, utilizando parâmetros equivalentes aos exigidos para obtenção dos diplomas médicos no Brasil, os quais estão especificados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Medicina (DCNM)", explica a médica especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Fernanda Callegari.
Ainda segundo Fernanda, o exame é composto por duas etapas de avaliação. Na primeira, são aplicadas duas provas escritas, sendo uma objetiva e outra com questões discursivas. Para ser aprovado para a segunda etapa, o candidato deve atingir o índice de acerto mínimo de 80% das questões.
"Na segunda etapa é aplicada uma prova de habilidades clínicas, composta por 10 estações que reproduzem situações da prática médica cotidiana. Todos os candidatos são examinados exatamente nas mesmas condições, sendo solicitados a executarem tarefas específicas dentro de um intervalo de tempo determinado. Para ser aprovado nesta etapa, o candidato precisa ter índice de aproveitamento mínimo de 57,5%", completa a médica.
- Ant
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