Conheça a Medicina Tradicional Chinesa e suas práticas terapêuticas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelou, em meados de maio, que estuda uma regulamentação para os produtos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Atualmente ausentes do Regulamento Sanitário Brasileiro, esses produtos deverão ser testados nos próximos anos e podem inclusive ser proibidos, caso não sejam aprovados.

Apesar de estar em cheque no país, a Medicina Chinesa é tradicional. Com origem na Dinastia Han (206 a.C. a 520 d.C.), ela vem sendo praticada até hoje, embora com algumas adaptações na sua prática terapêutica, mas guardando muito do seu arcabouço teórico. Além disso, ela se caracteriza por entender o corpo de maneira integrada entre funcionamento corporal e emoções, tratando cada órgão como uma função orgânica e uma interferência nas emoções.

Para falar sobre a Medicina Tradicional Chinesa, convidamos a médica Claudia Ferreira, que estudou por anos a prática e é especialista em Acupuntura pela Sociedade Médica Brasileira. Confira e saiba mais sobre as diferenças dessa medicina para a que é praticada no Ocidente e é mais conhecida por nós.

Além da integração entre função e emoção, qual outra característica marcante da MTC?

Outra característica fundamental da teoria da medicina chinesa é a visão de integração com o todo. Assim, hábitos de vida, como alimentação, atividade física (em demasia ou falta de), excesso de trabalho, exposição a fatores climáticos, como frio, secura, calor, vento ou umidade, por exemplo, podem ser causas de desequilíbrios e doenças. Por isso, sua terapêutica é tão ampla. A concepção da saúde sendo resultado da harmonia dos órgãos internos com as emoções e da pessoa com o meio externo é muito importante. Cada pessoa é vista como um microcosmo inserido no cosmos. Tudo que acontece no meio externo tem reflexos no meio interno.