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A equitação, até pouco tempo atrás praticada apenas pelos apaixonados por cavalos, agora ganhou novos adeptos, que buscam pela equoterapia. Este, segundo termo sugerido pela ANDE (Associação Nacional de Equoterapia), é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando um desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou necessidades especiais.

Por ser um método de tratamento que permite a atuação de equipe interdisciplinar – em que não há hierarquia do saber, e sim um projeto comum que une diferentes disciplinas em torno do desenvolvimento do paciente –, o leque de opções é bastante variado. As indicações mais frequentes estão relacionadas a distúrbios motores, do movimento e do comportamento. Todavia, ela também tem sido utilizada com sucesso em problemas de aprendizagem e distúrbios emocionais menores. "O usual é que se observe uma idade mínima de três anos, momento em que o organismo já atingiu a maturidade necessária à estimulação que a equoterapia proporciona", explica o psicólogo Fernando Domingues Sodré. Porém, o método não é indicado para pessoas com alterações graves na coluna, com osteoporose ou transtorno convulsivo não controlado.

Nas aulas, a equipe estimula o paciente a desenvolver uma relação com o cavalo que leva à otimização das sessões e superação das dificuldades inerentes a cada caso. As sessões vão de circuitos de atividades a cinesioterapia, quando apenas o movimento é utilizado (no caso de quadriplegias – quando o paciente não possui o controle do movimento do pescoço, do tronco, dos membros superiores e inferiores – usamos a montaria dupla, isto é, um terapeuta monta junto com o paciente).

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