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Médicos e pacientes: uma relação de confiança

Seja por uma dificuldade e falta de comunicação com o médico ou por uma comodidade, muitas pessoas recorrem à internet quando sentem algum mal-estar ou sintoma. Porém, Paulo Roberto alerta que o indivíduo busca informações e sentidos sem perceber diferenças entre estes.

"O médico tem o dever de manter seus pacientes informados sobre os detalhes do diagnóstico e do tratamento (informações), assim como explicitar o critério (sentidos) a partir dos quais adotou determinadas opções", completa o médico.

Em seu curso de Bioética na Escola de Medicina, Paulo Roberto revela que enfatiza de forma constante aos seus alunos que existe uma interlocução de "segunda ordem", posterior às consultas. Nesse caso, os médicos devem preservar contatos com seus pacientes para ajudar a orientá-los em suas buscas na internet, indicar comunidades virtuais que partilham o mesmo problema, entre outros deveres ligados às novas tecnologias.

"Se dessa interlocução surgir uma relação de confiança, baseada na cooperação e no mútuo esclarecimento, acho que muito dessa tensão entre médicos e pacientes mediada pela internet se esvaziaria", opina.

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