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É inegável que a "era do Google" trouxe um grande leque de facilidades na vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Por outro lado, há aqueles que contestam o uso dessa ferramenta na internet, com a alegação de que o nosso cérebro estaria tornando-se preguiçoso, já que as pesquisas estariam todas prontas na internet.

Independentemente de qual lado você está, é inegável que o acesso à informação na internet ficou cada vez mais facilitado com o desenvolvimento das ferramentas de busca. No entanto, ao buscar algo na rede, especialmente no que se refere a questões de saúde, é preciso estar atento à procedência daquilo que é informado e se existe embasamento para o mesmo.

"Há uma realidade complexa que envolve riscos e benefícios em um campo que parece ao mesmo tempo conter e estar contido em nosso cotidiano. A busca de informações na internet distributiva pode ajudar a identificar surtos de influenza, dengue, focos de malária e malefícios de medicamentos recém-comercializados. Por outro lado, não são raros os casos de conteúdos sobre saúde distorcidos por razões comerciais, publicação precipitada de notícias sem checagem de fontes ou mesmo charlatanismo", explica o médico e especialista em Bioética, Paulo Roberto Vasconcellos.

Embora o termo cybercondria exista desde os anos 2000, ele tornou-se mais usado apenas depois. Esse tipo de comportamento, que se caracteriza pela prática de chegar a conclusões apressadas (ou errôneas) durante a busca de algum assunto relacionado à saúde, em alguns aspectos assemelha-se à hipocondria, mas com características particulares da internet.

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