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Você sabia que, desde o nascimento, todos os seres humanos apresentam bactérias no organismo? No entanto, não se preocupe: elas possuem a função de proteger contra outras bactérias mais agressivas e que causam doenças.
Quando o bebê está nascendo, entra em contato com as bactérias protetoras da mãe pelo canal do parto. Posteriormente, ele adquire outras através do ambiente e dos alimentos, desenvolvendo assim a sua própria proteção. Essas bactérias, que estão em vários locais do organismo, como nariz, boca, intestino, genitália e pele, são chamadas de microbiota normal.
A microbiota normal da pele é constituída por muitas bactérias de vários gêneros e espécies diferentes que podem permanecer protegendo o organismo por toda a vida. Ela impede que outras bactérias que causam doenças penetrem no organismo ou ocasionem problemas na própria pele.
Diferentemente da microbiota normal, a microbiota transitória ocorre quando há colonização da camada superficial da pele e a mesma sobrevive por curto período de tempo. Tais bactérias, que podem potencialmente causar doenças, são removidas pela higienização simples das mãos. Há ainda a microbiota residente, que se caracteriza pela colonização das camadas mais profundas da pele e que são de difícil remoção.
Por conter antimicrobianos na sua composição, os sabonetes bactericidas destroem as bactérias que causam doenças, mas também a microbiota normal. Além disso, esses produtos possuem efeito residual na pele, ou seja, após lavar as mãos, o antimicrobiano permanece agindo ainda sobre as bactérias. Esse efeito é desejado em profissionais da área de saúde em geral e em atividades que apresentem alto grau de contaminação, mas não é recomendado para as outras pessoas, pois pode interferir na microbiota normal da pele.
Quer saber mais sobre os sabonetes bactericidas e suas principais diferenças em relação ao sabonete comum? Tire algumas dúvidas com a farmacêutica e doutora em microbiologia Neusa Maria Osti.
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