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Os cães não são considerados os melhores amigos do homem por acaso. Presentes em muitas residências brasileiras, esses animais de estimação fazem parte da família e compartilham da maioria dos momentos de alegria e também das tristezas, como ocorre em situações de desaparecimento ou morte.

"A perda de um animal pode ser sentida por todos, independentemente da faixa etária da pessoa. Tristeza, solidão, culpa, choro fácil, mudanças no sono, falta de apetite, falta de prazer, sensação de vazio e vontade de estar com quem se foi são sintomas frequentemente experimentados diante da morte de um companheiro querido. No entanto, o sentimento de luto pode ser mais intenso e prolongado na criança", explica a médica psiquiatra Valéria Pagnin.

A criança vive desde cedo em um mundo cercado por imagens de animais, seja em contos, filmes ou em desenhos animados. Esses animais, dotados de falas e virtudes humanas, ensinam conceitos como amizade, lealdade, moral e ética. Nos EUA, cerca de 3/4 da população infantil convivem com um animal de estimação e existem mais crianças convivendo em lares com pets do que em casas com ambos os genitores.

"As crianças que convivem apenas com um genitor, assim como as que não possuem irmãos, tendem a se ligar mais a estes companheiros. No mundo real, eles são percebidos como um irmãozinho ou um amigo especial e funcionam como um importante ponto de apoio para os mais tímidos e introvertidos. Eles ensinam a ter responsabilidade, bondade, cuidado e preocupação com outro ser vivo. Mais tarde, também vão ajudar a criança a entender o ciclo da vida e a lidar com as perdas, no momento do falecimento", destaca Valéria.

Entenda como funciona o luto na perda de animais de estimação e veja dicas de como superar essa dificuldade na entrevista completa com a médica psiquiatra.

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