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Os medicamentos à base de paracetamol estão entre os mais vendidos no Brasil e no mundo e são indicados para o tratamento de febre e dores leves ou moderadas, especialmente com fraca ação anti-inflamatória. Apesar disso, alguns estudos têm colocado em cheque a segurança desse tipo de medicação.

Um recente levantamento feito pela organização ProPublica, dos Estados Unidos, mostrou que, entre os anos de 2001 e 2010, cerca de 150 americanos morreram por ano devido a intoxicações após o consumo de paracetamol. De acordo com o farmacêutico e professor da Universidade Federal do Piauí, Dr. Lívio César C. Nunes, tal relação pode realmente existir, mas algumas ressalvas devem ser feitas.

"O acetaminophen, como é conhecido o paracetamol nos EUA, é um dos fármacos mais utilizados no país, segundo o órgão regulador local. O uso indiscriminado de medicamentos oferece perigos à saúde do homem, mesmo com um medicamento como o paracetamol, que não é potencialmente tóxico, desde que seja usado sob as dosagens terapêuticas indicadas e tendo-se todo o cuidado com as interações medicamentosas", afirma Dr. Lívio Nunes.

Atualmente, várias são as indicações do paracetamol para adultos, entre elas dores associadas a gripes e resfriados comuns, dor de cabeça, dor de dente, dor nas costas e dores associadas a artrites e cólicas menstruais. Para o professor, uma associação entre baixo custo e eficácia é o principal fator que aumenta a procura pelo remédio.

"O medicamento tem início de efeito cerca de 15 a 30 minutos mais rápido do que o seu principal concorrente no Brasil, além de ser seguro em doses terapêuticas, possuir baixo custo e ser de venda livre, o que facilita o acesso. Nos EUA, até pouco tempo atrás, ele era o único antipirético e analgésico indicado, o que provocou falsa sensação de segurança", completa Dr. Lívio Nunes.

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