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Você tem vícios ou alguém na família que possa ter algum? Seja por bebidas, cigarro, drogas e até mesmo sexo, todos eles podem estar presentes sem serem notados e estão relacionados a hábitos repetitivos que degeneram ou causam prejuízo ao viciado e àqueles com quem convive.

Além dos vícios citados, um em particular tem crescido muito na nossa sociedade moderna, em que a busca de ascensão social é tão valorizada. É a adição ao trabalho ou workaholism, expressão americana que tem origem na palavra alcoholic (alcoólatra) e que é utilizada para designar uma pessoa viciada em trabalho.

"Trata-se de uma forma rígida de trabalhar que combina excesso e compulsão, associada a pouca capacidade de usufruir dos resultados obtidos com o mesmo. Ocorre uma irresistível necessidade ou impulso de trabalhar constantemente, atendendo mais a uma necessidade pessoal do que organizacional", explica a psicóloga Mary Sandra Carlotto.

O viciado em trabalho tem alterada a centralidade e a percepção do significado do trabalho, entendendo ser esse o elemento mais importante da sua vida. Em um primeiro momento, ele se distancia das atividades de lazer e situações sociais e, aos poucos, em sua fase mais grave, distancia-se da vida afetiva relacional e familiar. Suas ações passam a ser regidas por motivações centradas na competitividade e ascensão profissional, fazendo com que trabalhe cada vez mais além do solicitado e necessário.

Embora os adictos apresentem bom rendimento a curto prazo, suas expectativas cada vez mais elevadas os conduzem a metas cada vez mais elevadas e complexas, não raras vezes inalcançáveis, que originam uma sensação de fracasso constante e que podem ocasionar sentimentos de inadequação e baixa autoestima. Nesse caso, cresce a necessidade de controlar tarefas e pessoas, aumentando uma já existente dificuldade de delegar atribuições.

"Na medida em que aumenta o isolamento social, aumenta a dificuldade de interagir eficazmente com colegas e equipe de trabalho, principalmente pela acentuada ênfase nas tarefas em detrimento das relações interpessoais. Aos poucos, passam a apresentar problemas de saúde devido ao elevado nível de estresse, mas resistem a afastar-se do trabalho para a realização de tratamento médico ou psicológico, comportamento hoje definido como presentismo laboral", destaca Mary Sandra.

Tire algumas outras dúvidas sobre vício em trabalho e saiba mais sobre o problema.

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