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Alimentos e bebidas alcoólicas

A presença de alimentos no intestino pode afetar o metabolismo de alguns medicamentos, fazendo com que maiores quantidades cheguem ao sangue, podendo gerar efeitos tóxicos. Além disso, alguns alimentos podem impedir a absorção, como é o caso da tetraciclina quando administrada junto com leite ou outros alimentos que contenham cálcio.

"Há casos em que o alimento pode anular o efeito do medicamento, como é o caso de alguns anticoagulantes. A presença de alimentos no estômago também compromete a absorção de outros remédios, como hormônios da tireoide e antiácidos. Por isso, salvo recomendação do médico ou farmacêutico, é importante que os medicamentos sejam ingeridos com água, de preferência uma ou duas horas antes ou depois das refeições", afirma Silvia.

Outro ponto bastante discutido quanto à administração de remédios é o consumo de bebidas alcoólicas, que para muitos influencia no efeito desejado. Para a farmacêutica, dependendo do medicamento em questão, as bebidas não provocam grandes repercussões na ação, desde que ingeridas com bastante moderação.

"Minha opinião pessoal é que devemos consumir bebidas alcoólicas com moderação (não mais do que duas latas de cerveja) quando utilizamos medicamentos frequentemente ou de uso contínuo. Quando os medicamentos utilizados forem psicofármacos (antidepressivos, anticonvulsivantes, ansiolíticos, entre outros), sou contra o uso de bebidas alcoólicas, já que o álcool tem efeito depressor do sistema nervoso central, podendo causar efeitos como alterações da coordenação motora e confusão mental", ressalta.

De certa forma, a polêmica sobre a ingestão de álcool durante um tratamento diz respeito à diurese, que aumenta quando quantidades elevadas de bebida são ingeridas. Com isso, alguns antibióticos podem ser eliminados mais rapidamente, o que diminui a eficácia. Além disso, o álcool pode interagir com alguns fármacos, como os ansiolíticos (calmantes), potencializando o seu efeito.

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