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Lidando com o divórcio

Uma prática bastante comum para muitas pessoas que passaram por um processo de divórcio é tentar preencher o vazio deixado com um novo amor. Para a psicóloga, porém, nem sempre isso é positivo, apesar da possibilidade de novas experiências. "A substituição seja de sentimentos, de comportamentos ou de pessoas nem sempre é a melhor solução, já que pode 'tamponar' sentimentos ou situações que precisam ser vividas e superadas", afirma.

Outra forma bastante comum de muitas pessoas lidarem com a separação conjugal é dedicar-se mais ao trabalho, que pode dar mais prazer e qualidade de vida ao indivíduo. No entanto, não se pode depositar apenas no trabalho a possibilidade de preencher o vazio que surge com o divórcio, sendo necessário que a pessoa confronte seus medos e incertezas.

Sobre a importância do tempo no processo de superação, a psicóloga ressalta que muitas vezes o conflito do divórcio se acirra por anos e que, nesses casos, as pessoas não conseguem passar pelo processo de separação. Com isso, elas alimentam a ligação com o ex-cônjuge pelo tempo que o processo litigioso dura.

"O processo de recuperação emocional da crise gerada com o divórcio nem sempre é rápido, podendo levar algum tempo para que a outra parte possa ver seu ex-cônjuge como alguém independente, com vida própria e liberdade", completa Andréia.

 

 

Dra. Andréia Cardoso é psicóloga formada pela UFRJ. Possui mestrado e doutorado em Psicologia Social e especialização em Psicologia Jurídica pela UERJ. É professora da disciplina de Psicologia Jurídica nos cursos de Direito e de Psicologia na Universidade Veiga de Almeida. Faz atendimento clínico e ministra cursos e palestras sobre a temática.

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