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Você já ouviu falar em disfagia orofaríngea? Esse sintoma, presente em qualquer faixa etária, tem como principal característica a dificuldade de deglutição, que pode comprometer o transporte do alimento, saliva e outras secreções durante o trajeto da boca até o estômago.

"Trata-se de um sintoma frequente e de grau variado, presente em muitas doenças de base. Doenças neurológicas, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), Traumatismo Cranioencefálico, Paralisia Cerebral, Doença de Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica, possuem alta incidência deste sintoma. Diferentes tipos de câncer de cabeça e pescoço também são fatores determinantes para desencadear esta sintomatologia, além de distintas etiologias presentes na fase neonatal e infância", explica a fonoaudióloga Roberta Gonçalves da Silva.

Ainda segundo a especialista, o termo disfagia orofaríngea limita-se a descrever a dificuldade de deglutição presente nas fases oral e faríngea da deglutição, sendo uma especialidade também da Fonoaudiologia. Já o outro termo da disfagia, a esofágica, é utilizado para descrever alterações presentes no trânsito esofagogástrico, e não são de diagnóstico ou tratamento fonoaudiológico.

Tire suas principais dúvidas sobre disfagia orofaríngea e saiba mais como são as suas principais formas de tratamento na entrevista completa com a fonoaudióloga.

 

Como se caracteriza a disfagia orofaríngea? Quais são os seus principais sintomas?

Ela caracteriza-se por sinais específicos que devem ser rastreados por todos os profissionais da área da saúde a fim de que o encaminhamento para o diagnóstico e a definição de condutas possa ser precoce. Os sintomas mais comuns são a presença de tosse e engasgos durante a deglutição de todos ou de algum alimento em específico, aumento do tempo de permanência de alimentos parados na cavidade oral, sensação de alimento parado na garganta, necessidade de ingerir líquidos para facilitar a deglutição, perda de peso, pneumonias frequentes, sensação de desconforto durante a alimentação mesmo sem a presença de tosse ou engasgo. Além disso, vários fatores preditivos, como as doenças de base, procedimentos necessários de intubação orotraqueal, traqueostomia, bem como diminuição do nível de consciência, são fortes marcadores de risco para o desenvolvimento desse sintoma, podendo inclusive provocar complicações pulmonares, nutricionais e de hidratação para o indivíduo disfágico.

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