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O cochilo não deve ultrapassar 90 minutos. O ideal é que dure de 20 a 40 minutos. O motivo é que períodos longos de cochilo levam ao que chamamos de inércia após o sono. É como se você acordasse mais cansado do que quando dormiu. Embora essa sensação melhore com o passar das horas, acaba prejudicando o reinício das atividades produtivas.

No entanto, o cochilo ainda é um tema controverso, já que não existem recomendações e definições claras sobre isso. Portanto, sua indicação dependerá de cada contexto clínico. Em um indivíduo idoso, por exemplo, que se sente bastante cansado durante o dia e tem uma redução importante de sua atividade motora, pode-se recomendar um cochilo após o almoço a fim de melhorar esses aspectos.

Existem também aqueles indivíduos que têm muita dificuldade para iniciar o sono à noite (insônia inicial) e para os quais um cochilo à tarde pode ser mais uma tortura que um alívio. No final das contas, os que aproveitam mais a soneca são as pessoas com uma latência bem curta para o sono, ou seja, tão logo a cabeça encosta no travesseiro, em pouquíssimos minutos já estão dormindo.

Vale lembrar que o cochilo é algo muito comum, fisiológico em recém-nascidos e crianças. Outra coisa interessante é lembrar que o cochilo seguido de um bom copo de café (com aproximadamente 200mg de cafeína) pode ser um aliado muito útil para aquelas pessoas com dificuldade para enfrentar uma segunda ou terceira jornada de trabalho.

 

 

Dr. André Felicio, neurologista, doutor em ciências pela UNIFESP, membro da Academia Brasileira de Neurologia e clinical fellow da University of British Columbia no Canadá (CRM 109665)

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