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O álcool provoca desidratação?
Sim, o álcool provoca desidratação, pois inibe a liberação de vasopressina, hormônio antidiurético (HAD, ou em inglês ADH) que é responsável por impedir a perda de água pelo organismo a fim de manter a hidratação corporal. Ou seja, a falta de HAD aumenta a diurese e causa desidratação, pois permite a eliminação de água pelos rins para a bexiga mesmo quando o nível de água no organismo está baixo. É por isso que se tem mais vontade de urinar quando se consome bebidas alcoólicas e que um dos sintomas mais característicos do dia seguinte a uma “bebedeira” seja a sede, um pedido do organismo para que o equilíbrio seja restabelecido. Além disso, o consumo exagerado de bebida alcoólica pode provocar vômitos e diarreia, acentuando a perda de líquido.
Como “curar” a bebedeira?
Prevenir é melhor que remediar (já dizia o velho ditado), porém, se a intoxicação aconteceu, deve-se avaliar o grau, uma vez que uma concentração alcoólica no sangue muito alta requer internação e cuidados especiais por uma equipe profissional.
Para “curar” a bebedeira, o tempo é um fator importante, pois o organismo geralmente metaboliza uma unidade de álcool por hora (se o consumo foi de 10 unidades, serão 10 horas para o organismo processar o álcool consumido). Pode-se fazer uso de analgésicos (de preferência, que sejam inibidores de prostaglandina e sem cafeína) para amenizar os sintomas da ressaca (dor de cabeça, por exemplo).
De qualquer forma, é importante ingerir líquido para hidratar o organismo (água, suco de frutas) e repor sais minerais e vitaminas (banana, bebidas esportivas) que foram eliminados pela micção frequente. Consumir alimentos ricos em cisteína (ovos) também pode auxiliar porque a cisteína é uma substância que ajuda a metabolizar o acetaldeído (substância tóxica resultante da quebra das moléculas de álcool no fígado). Ficar em ambiente tranquilo, ventilado e confortável.
Atenção: café, banho frio e “tomar um ar” não curam bebedeira.
Medidas de segurança recomendáveis: não deixe a pessoa embriagada sozinha, verifique seus sinais vitais, observe se não há risco de aspiração do vômito e se as vias aéreas estão desobstruídas e não hesite em procurar socorro.
