Risco de infarto no inverno aumenta 30%, indica estudo

Cuidado com os exageros

A alimentação é um dos fatores que podem contribuir para a prevenção de doenças cardíacas no inverno. Em relação a bebidas como chás e chocolate quente, por exemplo, o Dr. Zornoff acredita que o consumo de chocolate amargo auxilia na prevenção, assim como alguns chás, como o chá-verde. Já as bebidas alcoólicas como um todo, desde que consumidas com moderação, estão associadas à diminuição do risco de infarto.

Se por um lado comer bem está associado a um menor risco de infarto, por outro há o alerta: esse hábito deve ser praticado durante o ano todo e não apenas no inverno, quando as baixas temperaturas expõem as pessoas a uma maior chance de ter um problema cardíaco grave.

A prática de exercício físico também é um hábito que deve ser estimulado em todas as estações do ano e não somente no inverno. Porém, segundo o Dr. Zornoff, em dias mais frios alguns cuidados devem ser tomados. "Considerando que a exposição ao frio parece ser o maior determinante para o maior risco de infarto no inverno, a prática de exercícios deve ser feita, preferencialmente, em locais fechados, como academias e casas", ressalta.

Além de todas essas precauções, vale ressaltar a importância de se realizar um check-up para prevenir qualquer possibilidade de ataque cardíaco, com uma frequência que varia de acordo com diferentes fatores de risco, como aterosclerose, tabagismo, obesidade, histórico familiar, diabetes, dislipidemia, hipertensão arterial e eventuais sintomas de alerta, como, por exemplo, dor no peito aos esforços físicos.

Dr. Leonardo A. M. Zornoff é professor adjunto da Disciplina de Clínica Médica Geral do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Unesp de Botucatu-SP.