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As férias escolares chegaram e as crianças estão a mil por hora. Videogame, bicicleta, bola e outros brinquedos fazem parte da diversão, mas que tal sair da rotina e levar as crianças para a cozinha? É isso mesmo, segundo a nutricionista Ana Vaz, isso ajuda no desenvolvimento da criança e também aumenta o vínculo familiar entre mães/avós/pai e criança. "O cozinhar pode ser um ato de amor em que a criança vê esta ação como uma forma de 'brincar' com quem está a ensiná-la", diz ela.
Outro ponto positivo é que o contato com os alimentos irá fazer com que a criança conheça as texturas dos mesmos, as cores, as formas, assim como os seus nomes. A matemática também é aprendida, uma vez que as quantidades dos alimentos permitem fazer somas, fazer conversão de medidas, trabalhar frações, entre outras coisas. "Também sabemos que os mais novos, quando em contato com um objeto, têm tendência de o levar à boca. Se no momento em que estamos ensinando a criança a trabalhar com os alimentos esse reflexo se verificar, por exemplo, no caso dos legumes, a probabilidade da criança os comer, posteriormente, na refeição é maior, pois aquele alimento terá um ambiente positivo à sua volta e sempre que a criança o vir irá comer de uma forma agradável", diz Ana. O mesmo se verifica em crianças maiores em relação à sopa, em que o consumo é maior quando é feita por elas.
Outro benefício importante para a criança é que ela se torna autônoma desde pequena, capaz de fazer as escolhas alimentares de forma saudável e positiva para a sua saúde. Segundo Ana, estudos afirmam que aqueles que aprendem a cozinhar mais cedo tornam-se adolescentes e adultos independentes em termos de alimentação, consumindo um leque variado de alimentos, tendo uma alimentação mais equilibrada. Outro benefício é que a criança aprende a ter responsabilidade no que diz respeito à execução da tarefa. Por outro lado, seguir o passo a passo de uma receita torna-as também rigorosas e organizadas.
De acordo com a nutricionista, as crianças já podem aprender a cozinhar a partir do momento em que elas têm autonomia para agarrar os alimentos e misturá-los. "Claro que não vamos iniciar o processo de ensino na cozinha com pratos muito elaborados, mas vamos ensinar a combinar os alimentos de forma gradual segundo o seu desenvolvimento", explica Ana.
Mas atenção: é preciso ter alguns cuidados. No que diz respeito a crianças menores, há que ter o cuidado com utensílios de corte, que funcionam à base de eletricidade e com recipientes e outros materiais de vidro, mantendo as crianças afastadas de tais utensílios, bem como do fogão ou do forno. Há que utilizar utensílios leves, sobretudo de plástico, para que as crianças possam transportá-los com total segurança. Manter o local em que a criança está sentada seguro, pois há tendência delas quererem subir nas cadeiras mais altas e caírem. Também é fundamental ensinar as noções básicas de higiene pessoal, dos alimentos e dos materiais. Assim, é importante mostrar para elas que é preciso lavar as mãos, prender os cabelos, lavar os alimentos e deixar a bancada da cozinha e os utensílios limpos.
- Ant
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