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Tratamento das crises

Ao ter uma crise de asma, o paciente deve, primeiramente, afastar-se daquilo que causa o problema. Segundo o Dr. Bernardo, a medida profilática é mais da metade do caminho percorrido para o tratamento. "O que não adianta é você tratar a asma só no momento da crise. É a mesma coisa que entrar em uma casa que está pegando fogo: você apaga o incêndio, vira as costas e deixa o cano de gás furado. Vai pegar fogo de novo. O importante é fazer um tratamento preventivo, que deve ser realizado com os cuidados de higiene do ambiente, o que fazer dentro de casa ou no lugar onde está. Por fim se faz o uso de medicamentos, desde que com orientação médica", ressalta.

Com o tratamento profilático ou preventivo, a principal intenção é diminuir o número das crises de asma e fazer com que os espaços entre elas sejam cada vez maiores, até que deixem de existir. Caso se mantenham, as crises possivelmente terão menor intensidade e serão mais fáceis de serem revertidas por meio da medicação.

A medicação, aliás, pode ser feita de duas formas:

1- Uso contínuo: anti-inflamatórios e broncodilatadores de longa ação;

2- Medicamento de resgate: broncodilatadores de curta ação, que devem ser usados nos momentos de crise.

O anti-inflamatório usado para tratamento contínuo é o corticoide inalatório, enquanto o utilizado para as crises é aquele pela boca. Se não houver resposta à medicação, você deve procurar ajuda em um pronto-socorro.

 

 

Prof. Dr. Bernardo Kiertsman é professor adjunto de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É chefe do Serviço de Pneumologia Pediátrica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, membro do Departamento de Pneumologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Pediatria e diretor do Departamento de Pediatria da Associação Brasileira de Asmáticos - SP. 

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