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Apaixonado por esportes competitivos, música e viagens, o cardiologista pediátrico João Antônio Granzotti, há 40 anos na profissão, se divide entre o consultório e as aulas de pediatria e puericultura na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Nascido em Franca, interior paulista, o médico descobriu sua vocação através do irmão mais velho, também médico, e do incentivo de colegas de colegial que seguiram o mesmo destino.
Chefe da Divisão de Cardiologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da FMRUSP e especialista em cirurgias de cardiopatias congênitas, Granzotti acredita na facilidade que a Internet traz para a atualização do profissional. Em contrapartida desconfia da gama de informações presentes na rede. “Muita informação é pior do que nenhuma, pois o excesso traz confusão no diagnóstico e também no tratamento.”
Idmed: O senhor acredita que atualmente os pacientes se tornaram mais críticos e exigentes quanto ao tipo de informações sobre doenças ou tratamentos do que há 20 anos?
Granzotti: Eu notei poucas diferenças. Temos que respeitar as críticas e verificar se elas realmente procedem.
Idmed: O senhor sabe mensurar quantos pacientes já vêm informados da própria doença no consultório? Como consultar um paciente assim?
Granzotti: Em pediatria, na verdade a criança pouco sabe sobre ela mesma, assim a entrevista com a mãe deve ser sempre muito bem-feita, com detalhes sobre as queixas e a evolução da doença atual. O exame físico é indispensável para começar a raciocinar no diagnóstico. Quando o diagnóstico já vem pronto, devemos confirmar fazendo tudo de novo.
- Ant
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