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Idmed: O senhor acredita que prontuários eletrônicos ou mesmo cartões com informações de saúde do paciente podem facilitar e agilizar consultas e atendimentos de emergência?
Guidi: Podem, desde que Protegidos suiçamente. O sigilo pessoal dessas informações é um dos pilares da liberdade individual. A idéia é muito simpática desde que esse cuidado seja tomado. Estamos às portas dos diagnósticos genéticos completos. A quem isso deve interessar? Quem deve ter acesso a esses dados? Como esses dados poderão ser usados para fins não médicos em prejuízo do paciente? De muitas maneiras: seguradoras vão querer saber de antemão o que aquele bebê terá de risco durante toda a sua vida. Trabalhos serão negados a funcionários que poderão adoecer, mesmo que em dez ou quinze anos.
É preciso muito cuidado nesse terreno: a tecnologia que fascina não pode ficar restrita aos profissionais de TI, deve envolver muitas outras profissões e principalmente uma discussão ética e legal desses limites.
Não devemos nos esquecer de que o domínio do átomo foi usado antes em Hiroshima e Nagasaki, antes de ser utilizado na Radioterapia, nos exames de Medicina Nuclear e assim por diante. Emblemático, não?
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