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Idmed: O senhor acredita que atualmente os pacientes se tornaram mais críticos e exigentes quanto ao tipo de informações sobre doenças ou tratamentos, do que há 20 anos?

Guidi: Sem dúvida. A informação hoje vale ouro, principalmente quando atrelada à experiência. Vejo isso como saudável.

 

Idmed: Nestes novos tempos, como o médico deve acolher as informações que o paciente traz?

 

Guidi: Tenho como norma pessoal sugerir logo no começo da consulta que essa parte do atendimento seja feita no final. Não atropelo o processo médico de histórico clínico (que chamamos de anamnese) seguido de exame clínico, solicitação e/ou análise de exames laboratoriais e de imagens e, por fim, a checagem das informações que ele traz e as que posso fornecer e explicar, incluindo-se, então, a hipótese diagnóstica e conduta.

 

Idmed: Esse interesse dos pacientes em procurar informações na Internet se deve aos 15 minutos com o médico, tempo médio de uma consulta no Brasil?

Guidi: Essa história de 15 minutos realmente é o fim da picada. Tem muito a ver com a equação acima de A, B e C.

Não consigo fazer uma consulta em 15 minutos.

Talvez onde e quando isso ocorra as informações realmente sejam procuradas para suprir a escassez do que se pode transmitir em apenas 15 minutos. Isso é preocupante.

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