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Os cigarros com sabor fazem mais mal do que os "convencionais"?
Não temos dúvida nenhuma disso! O aparelho respiratório, diferentemente da nossa digestão ou pele, não está preparado para absorver os aromatizantes contidos nesses tipos de cigarros, que irão agredir as mucosas dos brônquios e causar lesões difusas e imprevisíveis. Além disso, substâncias consideradas inertes podem transformar-se em tóxicas com a queima do tabaco, reação conhecida como pirólise, e ao serem inaladas essas novas substâncias irão agredir ainda mais nossas células e tecidos orgânicos. Com toda certeza, o somatório desses dois fatores torna os cigarros aromatizados mais agressivos e com maior potencial de danos à saúde humana.
Quais são os aditivos (ou substâncias) mais comuns encontrados nos cigarros com sabor e que não estão presentes em cigarros normais?
Diversos aditivos são incorporados nesses cigarros, como açúcares e flavorizantes como o mentol, mel, chocolate e a cereja, todos com o claro intuito de cativar jovens fumantes e manter o mercado consumidor em alta. A mais comum dessas substâncias é o mentol, que inicialmente foi utilizado com a intenção de disfarçar o sabor do cigarro, tornando-o mais palatável. Todavia, a adição do mentol interagindo com a nicotina dificulta ainda mais o abandono do tabagismo, mantendo maior número de consumidores, dando maior lucratividade para a indústria do tabaco. Esses aditivos fazem melhorar o sabor dos cigarros e aumentam a liberação da nicotina livre circulante, intensificando a liberação de dopamina e serotonina, que são os hormônios relacionados ao prazer, amplificando ainda mais a dependência.
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