Índice deste artigo:
Obesidade, diabetes, estresse e maior suscetibilidade para contrair doenças são alguns dos problemas que podem ser causados por distúrbios de sono. Estima-se que um terço da população da cidade de São Paulo tenha algum problema para dormir adequadamente.
Estudar os efeitos da privação de sono tem sido, desde 1995, o foco da pesquisa de Monica Andersen, professora do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ela coordena um trabalho de investigação dos efeitos da privação e da restrição de sono na função reprodutiva de ratos machos, que conta com o apoio Fapesp por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa - Regular.
Integrante do Centro de Estudos do Sono/Instituto do Sono, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) apoiados pela Fapesp, Monica apresentou resultados de seu trabalho com animais durante a 25ª Reunião da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE).
Na entrevista a seguir Monica resume resultados do laboratório que coordena e de outras pesquisas voltadas aos problemas do sono.
1 - De quantas horas de sono precisamos?
Não há uma resposta única. A média são oito horas diárias, mas uma pessoa pode ficar bem com quatro horas, enquanto outra precisará de dez. Chamamos os extremos de “pequenos dormidores” e “grandes dormidores”. Agora, se me perguntar de quantas horas você precisa, temos que ver primeiro como você acorda.
2- Pela manhã, quais são os sinais de uma noite bem-dormida?
Quem acorda abrindo a janela, de bom humor, dormiu a quantidade de que precisava. Quem acorda já cansado, com a sensação de que um caminhão passou por cima, ainda que tenha ficado na cama mais de nove horas, não teve um sono suficiente ou reparador.
- Ant
- Próx >>